quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

English Assessment no YMCA

Depois de 3 dias de uma mudança conturbada, que ainda não acabou e que irei comentar em um post em breve, fomos fazer o teste de inglês no YMCA, pois, a partir do resultado, poderíamos ser encaminhados para cursos do governo de inglês e/ou de colocação profissional.

Deixamos uns mocinhos instalando o aquecedor (sim, estava a maior friaca dentro do apartamento) e fomos ao YMCA do centro. Almoçamos perto da estação College e fomos fazer a prova, que é bem basicona. 

Primeiro teve um listening/speaking em que a moça colocava um áudio e depois fazia perguntas sobre o que eu tinha acabado de ouvir. No fim, ela fez uma pergunta que pedia minha opinião sobre morar na cidade ou no campo. Em seguida, ela me encaminhou pra uma sala pra fazer o writing (IELTS feelings). 

O writing é dividido em 3 partes. A primeira é copiar um textinho de nada (não entendi o porquê disso... se é pra ver seu tipo de letra ou se é pra pessoas com 0 inglês ou o que '-'), a segunda parte era pra falar de um momento importante da minha vida (do Armando foi pra descrever um lugar e dizer onde era, sensação que sentia, com quem estava) e a terceira foi pra falar sobre professores amigáveis x professores exigentes (do Armando era sobre morar na cidade x morar no campo). Tínhamos meia hora pra fazer, mas não tinha limite ou mínimo de palavras nem nada, então, peguei meus conhecimentos quase esquecidos do IELTS e escrevi. 

Depois, veio o reading, que nem se compara com o do IELTS. Eram questões de múltipla escolha (4 opções) sobre imagens ou textos, que iam aumentando a dificuldade ao longo da prova. Também tínhamos meia hora pra fazer (acho que eram 30 questões), mas em menos de 20 minutos eu já tinha acabado.

Aí a moça apareceu pra conversar de volta. Assinei uns papeis e ela disse meu resultado: 8 em cada uma das provas (acho que 8 é o máximo ~.^). Ela perguntou se eu queria falar com um especialista e eu disse que sim, então, fiquei lá esperando com o Armando para sermos chamados (e conhecemos um brasileiro que estava por lá também). 

A especialista nos chamou e confesso que fiquei um pouco decepcionada. Esperava que ela desse opções concretas de coisas que poderíamos fazer e tal (da primeira vez o moço tinha dito que precisávamos das notas para ele nos encaminhar pros cursos, então, imaginei que já faríamos matrícula e sair com um plano traçado), mas não foi beem assim. Ela perguntou nossas notas, viu nossas informações no nosso perfil lá e indicou o que achou que seria melhor pra gente.

Pro Armando, com a nota dele, ele poderia fazer logo um bridging program de engenharia (que basicamente é um curso pago que ajuda a tirar a licença pra trabalhar em engenharia), não precisaria fazer curso de línguas. O problema é que ele não pretende tirar a licença agora, por não ter experiência de trabalho. Então, ela imprimiu um papel com informações de trabalhos na área de engenharia que ele pode fazer sem ter a licença (que eu já tinha pesquisado na internet, mas vai ser bom ter isso impresso). Perguntamos sobre os cursos de inglês que o outro moço tinha sugerido (que eram de graça e que tinham um estágio não pago na sua área) e ela disse que pode ser uma opção pro Armando, que ele teria que ligar pros locais do curso pra se matricular (achei que ela daria alguma ajuda nisso, mas nada)

Pra mim, ela disse que os veterinários que ela conhece que chegaram, começaram com trabalho voluntário. Então, ela me deu uma lista de sites onde eu poderia achar voluntariado e disse pra eu procurar trabalhar de voluntária em hospitais veterinários (ou outros lugares de animais, tipo abrigos ou zoológico), que eles sempre querem/aceitam. O problema é que eu não sou da área da clínica, então, não sei bem como esse tipo de voluntariado poderia me ajudar a trabalhar num laboratório nem o que eu faria num hospital aqui (até onde eu sei, normalmente aqui não tem laboratório nas clínicas, ou quando tem quem trabalha no laboratório é o mesmo técnico que faz todo o resto e não alguém específico, mas vou pesquisar mais sobre isso. De qualquer forma, minha intenção não é tirar licença e eu disse pra ela, pelos motivos que eu já comentei num outro post, então, realmente não sei como essa sugestão poderia me ajudar). 

De qualquer forma, eu já tinha a intenção de fazer voluntariado, não com o objetivo de arranjar um emprego em veterinária com isso, mas pra ajudar a comunidade e como realização pessoal mesmo. Inclusive, já tentei me candidatar pra algumas vagas que eu vi, mas nunca tive retorno. Comentei com a moça e ela perguntou quem tinha revisado meu currículo aí eu disse "ninguém". Ela perguntou se eu tinha cover letter e eu fiquei em dúvida, porque pelas minhas pesquisas cada vaga que você aplica tem uma cover letter diferente e era o que eu vinha fazendo. Então eu não tinha uma cover letter fixa, mas já tinha feito várias. Ela tomou minha hesitação como um "não" e pegou uma lista de agências de emprego que poderiam me ajudar a fazer um resumé e uma cover letter, viu a que era mais perto da onde estou morando e me disse pra ir lá '-' então, um dia desses irei passar lá pra ver se eles podem me ajudar mais do que ela pôde. Além disso, ela disse que conseguir uma vaga de voluntário aqui pode ser tão difícil quanto achar emprego '-' como voluntariado não dá dinheiro e já temos conta a pagar aqui, não sei se vai ser uma opção no momento seguir a sugestão dela de voluntariado pra conseguir um emprego depois ~.^ (a não ser que eu tenha outro trabalho e um voluntariado, que já era minha intenção de fazer eventualmente mesmo)

Ahh! E eu também esperava poder fazer algum de curso de inglês, mesmo tendo ido bem nas provas, só pra praticar conversação mesmo e ir ganhando confiança (e conhecer pessoas). Mas aparentemente, só faz curso quem realmente precisa e pra eu ganhar confiança no meu nível só metendo as caras pra falar com pessoas aleatórias na rua mesmo <õ>

No geral, não foi uma perda de tempo ir ao YMCA. Fizemos o teste de nivelação de inglês (que era o primeiro passo pros cursos, principalmente pro Armando), a consultora nos forneceu algumas informações interessantes, deu sugestões do que podemos fazer pra trabalhar na área dos cursos que fizemos no Brasil e também nos inscrevemos em alguns workshops que vão ter esse mês (sobre resumé e como achar emprego. Vamos ver se serão bons). 

Eu fui lá esperando mais do que apenas sugestões, algo mais concreto, mas acho que não é essa a função do YMCA aqui. Eles te dão dicas e sugestões gerais do que você pode fazer, mas nada muito específico ou além disso. Não senti uma ajuda muito específica pro meu caso (laboratório veterinário), por exemplo. E também não senti que eles auxiliam na possibilidade de mudança de área, caso essa seja a intenção (o que até faz sentido, porque a gente foi selecionado pra vir como "trabalhador qualificado". Então, acho que a intenção é que você continue fazendo o que você já fazia e eles te ajudam/tentam ajudar com informações pra isso). Talvez numa época pré-internet eles fossem mais úteis, mas vamos aguardar as cenas dos próximos capítulos pra saber!

Espero que logo (tipo, amanhã) eu traga boas notícias sobre nossa mudança finalizada!
Até mais,
Mari! =D

2 comentários:

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