segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

Existe Natal Canadense?

Fiz uma pequena pesquisa de mercado com alguns colegas de trabalho sobre como é o Natal canadense deles, já pensando em incorporar alguma coisa no nosso Natal. Para minha surpresa, todas as pessoas que eu perguntei (duas) me deram respostas que eu não esperava.

As duas são canadenses, mas de segunda ou terceira geração. Então, basicamente, a resposta que elas me deram era que o Natal era de acordo com a origem da família. Por exemplo, uma tem família filipina, então, o Natal era comemorado com um grande presunto temperado com mel e outros temperos, e cada um da família trazia um prato e ficava por isso mesmo. Nos dias seguintes eles fazem vários pratos variados pra comer os restos desse presunto enorme (o famoso prato francês: resté dontè, ou o chinês qui sobro di onti).

A outra tem avó italiana, então, o Natal é basicamente um rosbife com massa caseira (e eu que tenho família italiana também tinha rosbife no Natal, mas nunca tive massa. Que ideia mais genial!!). Quando eu perguntei se eles assitem filmes de natal (o que aparentemente também é tradição aqui), ela me disse que sim, que eles sempre deixam um ligado no fundo xD

Minha conclusão, baseada nessa pequena pesquisa totalmente tendenciosa, é que talvez até exista um Natal tradicional canadense, mas que deve acontecer mais no interior, onde só tem canadense raiz. Porém, devido a grande imigração, isso se perde ou fica misturado com o que cada um comemora na sua própria família, dependendo da sua própria tradição. Então, talvez pode-se dizer que o Natal típico canadense é comemorar baseado nas tradições particulares da sua família (?). Apesar de querer incorporar algumas tradições locais (como fizemos no Thanksgiving com peru, cranberry sauce, batatas, stuffing e torta de maçã), acho que ficaremos com o Natal mais abrasileirado por enquanto (mas sem faltar o ugly sweater)! No fim das contas, o que conta mesmo é se reunir com as pessoas queridas na sua vida e passar um momento agradável, não importa o cardápio.

Nosso café da manhã/brunch no dia do Natal xD


Aproveitando a folga (do Armando) pra sermos os donos da pista!!

Feliz Natal a todos!!

Mari! =D


quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

Documentos pra cidadania enviados!

 Na semana passada, coloquei a meta que queria enviar os documentos pra cidadania até domingo. Então, e o Armando começamos a juntar o que precisávamos pra isso!

O site do governo canadense tem várias páginas que explicam como faz. São tantas que eu fiquei até meio confusa, porque um dia eu entrava em uma, no outro entrava em outra e agora estou tentando achar o que eu entrei primeiro pra postar aqui e não acho mais <õ> maasss todas contém mais ou menos as mesmas informações (então por que tantas páginas, governo? Facilita nossa vida aí!). Por exemplo, hoje achei essa página, que achei beem didática e explica direitinho (mas tem essa outra, que basicamente diz a mesma coisa, mas não é tão bonitinha). Na semana passada, usei essa pra baixar os documentos e informações que precisávamos. No fim, não importa muito por onde se chega na informação, desde que seja a oficial!

Seguindo as informações encontradas, imprimi o Checklist e fui preenchendo e tirando cópia dos documentos necessários, que foram: o formulário da aplicação (demorado de preencher, mas sem muito mistério), duas fotos, cópia dos passaportes, cópia da identidade, cópia do resultado do teste de inglês (usei o mesmo que apliquei pra Residência Permanente, já que não faz diferença do tempo que fez a prova), comprovante do pagamento das taxas e o Checklist em si.

Eu e o Armando aplicamos juntos, então, mandamos tudo no mesmo envelope (sim, atualmente não existe aplicação online, quem sabe no futuro abram essa opção) pra Sydney em Nova Scotia no domingo dia 13. Nossa parte está feita, agora é aguardar atualizações do governo e o agendamento da prova.

Na semana passada aproveitei e já pedi o livro que eles recomendam estudar pra prova. Ele é de graça e já chegou ontem aqui em casa! Depois de cerca de 3 meses da prova (segundo esse site aqui), teremos a cerimônia de juramento e tals. Considerando que o processo demora 1 ano, acredito que devemos fazer a prova lá pra setembro. Então, é sentar e esperar mesmo.

Todos os agendamentos são feitos pelo próprio governo... pelo que eu entendi do que diz nos sites, basicamente eles vão enviar uma data dali uma a duas semanas pra você comparecer e fazer a prova e, depois de um tempo, mesmo esquema pro juramento. Não tem muita opção pra gente escolher. Vamos ver como vai ser!

Até mais,

Mari! xD

quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

The Porch e Colonel Samuel Smith Ice Trails

Um pouco antes de entrarmos em lockdown de novo, tivemos a oportunidade de conhecer o The Porch. A propaganda que me pegou chama o lugar de "Sky Skate". Fiquei curiosa, chamamos os amigos, marcamos um horário, pagamos a taxa (33 dólares o casal) e fomos.

O lugar fica no centro da cidade, meio difícil de estacionar (problemas de carro em cidade grande -.-') e, quando vi os prédios enooormeees (por que fazem prédios assim?), minhas pernas já ficaram moles pensando que teria que subir até a cobertura deles pra patinar <õ> começamos a andar pela rua (eu pensando na maneira mais educada desistir haha) e encontramos o prédio que fica o The Porch mesmo e veio o alívio: só tem 3 andares ^^'

Descobri que o The Porch, na verdade, é um pub, que monta uma pequena pista de patinação na cobertura pro pessoal patinar. O lugar é beem bonitinho. Fomos colocados numa mesa no centro da pista de patinação, com direito a fogueira, que a garçonete disse que dava pra fazer s'mores (assar marshmallow pra comer num sanduiche de bolacha e chocolate).

Colocamos nossos patins e caímos na pista (não literalmente xD). Mas foi um pouco decepcionante, porque a pista não escorregava. Era de parafina, segundo o Armando, e beeem ruim de patinar. A vista é bem bonita, pra compensar. No geral, foi uma patinação fail, mas valeu a experiência pela companhia, comida, vista e por ser o primeiro lugar aberto pra patinar na cidade e a gente estava com muitaaa vontade de ir!!

Nessa pista é obrigatório usar capacete, e eles emprestam caso as pessoas, tipo nóis, não tenham

E eu achando que ia patinar no prédio da frente <õ>

A decoração estava beeem bonitinha!

Tudo pronto pra patinar!

A pista é esse pequeno espaço branco no chão e compreendia em uma voltinha mixuruca. Mas a vista da CN Tower estava incrível!

Infelizmente, O lockdown chegou mais uma vez em Toronto :'( mas, para a felicidade geral da nação, o prefeito deixou liberarem as pistas de patinação da cidade, com limite de capacidade, pra que as pessoas tenham um lugar pra se exercitar ao ar livre no frio, já que basicamente tudo o mais está fechado.

Entrei no site que ele compartilhou pra ver mais informações e, depois de muito fuçar, achei onde eu poderia fazer a reserva. Só que todos os horários do fim de semana estavam em "lista de reserva". Coloquei meu nome na lista e mandei pros meus amigos fazerem o mesmo e, no dia, a gente ia lá ver no que que dava. O papel que imprimi não dizia nada que estávamos na lista de reserva, though. Só dizia que estava reservado...

Saímos meio atrasados de casa no domingo de manhã e eu já estava certa de que chegaríamos e não teria mais vaga. Encontramos nossos amigos no caminho e fomos falar com os responsáveis, que estavam sentados numa mesa com uma folha de papel pra anotar nome, telefone, etc... Só tinha mais dois espaços livres naquela lista! Sorte que o casal contava como um, então, basicamente, preenchemos os últimos lugares. Enquanto colocávamos os patins, vi outras pessoas chegando e sendo mandadas embora, porque já estava lotado (pros padrões COVID). Nem acreditei que conseguimos!!!!! \õ/

Essa pista é do tipo trilha e é muitooo massa. É maior do que a trilha que fomos no Bentway no começo do ano (quando o COVID não era um problema... saudades dessa época </3) e fica num espaço com árvores mesmo. O bom de ter limite de 25 pessoas é que não ficou cheio mesmo, com crianças passando na sua frente e tals, o que foi bom pra ir no nosso ritmo. Ainda assim, sempre tem aquelas pessoas que com certeza nascer com o patins no pé e a gente fica invejando, querendo um dia patinar naquele nível!

Como estou meio devagar com fotos e filmes ultimamente, tive sorte que o João (ou Joal, segundo a reserva dele xD) gravou uma volta completa na pista! =D


Estamos mega animados pra continuar patinando. Vamos ver se conseguimos agendar mais vezes, ainda mais agora que temos patins, já que a maioria dos lugares não aluga. Além disso, o plano é mais ousado ainda agora que temos carro ^^' tem algumas dessas pistas/trilhas em cidades mais pro norte que parecem ser ainda mais legais, e que gostaríamos muito de visitar (vai dizer que não dá vontade depois de ver isso e isso?). Com sorte, o Covid deixa até lá *cruza os dedos*

Até mais,
Mari! xD

PS: ficamos em dúvida se o Zamboni passa na pista do Colonel Samuel Smith e descobrimos que SIM!! <õ>

sábado, 12 de dezembro de 2020

Peripécias com o carro novo <õ>

Depois de quase 3 meses de carro novo, já conseguimos coletar algumas histórias pra contar! No geral, muitas coisas ficaram mais fáceis ou rápidas (uma ida ao mercado não precisa mais ser planejada com tanta antecedência, e não tem mais tanta dificuldade de ir pros lugares), mas confesso que sinto falta de andar de ônibus/metrô/bike por ai. Inclusive, uma amiga bem me disse, "existe um Canadá quando você não tem carro, e um outro totalmente diferente quando se tem carro". Não posso dizer que concordo 100%, mas com certeza muitas coisas mudaram e já aconteceram desde que compramos o carro. 

Primeiro, começamos a fazer Uber Eats de casal. Eu e o Armando saímos um dia no fim de semana e ficamos rodando por cerca de 3h entregando comida e ganhando dinheiro \õ/ fazemos entre 5 e 10 entregas (dependendo do quanto rodamos) e ganhamos uma média de $50.00 CAD por saída. É meio viciante haha como um jogo de video game, você aceita a entrega e tem que completar aquele objetivo. Quando completa, ganha a recompensa (dinheiros \õ/). Outras vantagens são que acabamos conhecendo a cidade e vamos aprendendo a rodar por aí! A vantagem de fazer de casal é que, enquanto um entrega (a pessoa com aplicativo ativo), o outro fica de piloto de fuga, o que facilita pra não ter que estacionar mesmo. Na única vez que tentamos entregar no centro da cidade isso ajudou muito, porque eu pude ficar rodando o quarteirão, já que não tinha vaga pra parar, enquanto o Armando entregava (essa entrega em particular foi bem ruim e decidimos nunca mais entregar no centro, porque é muito caos e não tem espaço pra nada! Nesse dia vimos vários ciclistas entregando também, o que deve ser uma opção beeem mais interessante pra essa região da cidade).

Segundo, já tivemos que fazer duas visitas ao mecânico (da concessionária). A primeira, pra trocar pro pneu de inverno. Fui no começo de novembro, quando já estava tendo as primeiras previsões de neve. Fui logo pra evitar pegar muita muvuca mais pra frente, além de que não queri ser pega desprevinida, já que onde eu trabalho tem mais chance de nevar que em Toronto. A segunda, foi porque não estava saindo água no limpador traseiro. Acabamos vendo a água vazando perto do pneu do passageiro. Nas duas vezes, agendamos online. Cheguei na hora marcada e entrei no prédio com o carro. O mecânico veio, pegou minhas informações e conferiu no sistema. Depois, sem falar muita coisa, me levou pra um atendente dentro do prédio, que foi com quem eu falei mesmo. Na primeira, só disse que queria trocar o pneu. Na segunda, achei estranho, e perguntei pro mecânico se ele não queria que eu mostrasse o que aconteceu. Ele me disse pra falar com o atendente. Falei. E umas 2h depois ele me chamou e disse que o carro estava pronto. Pediu desculpas pela demora, mas eles tiveram que abrir pra poder reconectar um cano que escapou. E fim. Eles entregaram um papel dizendo o que foi feito, peguei minhas chaves e fui embora. Não paguei nada nenhuma das vezes (a primeira por causa das vantagens que ganhamos por ter comprado o carro lá, a segunda porque estava na garantia). Achei bem estranho não precisar pagar e até sai me sentindo meio mal por isso, apesar de que na verdade tudo já meio que "estava pago" pela garantia e tals. Podia pelo menos ter dado umas gorgetas pro mecânico... mas como, se mal vi a cara do rapaz?

Por fim, ganhei minha primeira multa -.-' Estava eu indo pro trabalho tranquila, quando, de repente, do nada, surge um policial atrás de mim, e toca a sirene. Entrei em pânico. Será que estava sendo parada ou será que ele queria espaço pra passar (aqui todos os carros tem que parar quando passa um carro com sirene)? No fim, descobri que estava sendo parada mesmo (primeira vez na vida) e eu nem sabia o porquê! <õ> o policial, muuito lentamente, desce do carro e vem na minha janela e fala que eu não parei na placa de "Stop". Eu fiquei confusa, porque achei que tinha parado. O policial disse que estava tudo gravado me vídeo, que se eu quisesse poderia recorrer, mas que ele iria aplicar a multa -.-' checou meus documentos (documento do carro, seguro e carteira de motorista), voltou pro carro dele, demorou mais um tanto e voltou com minha multa de $110.00 CAD <õ> obviamente cheguei atrasada no trabalho e bastante chateada com a multa. Acabei dando uma olhada em como recorrer, mas achei muito trabalho pra pouca coisa e resolvi pagar logo. Mas, uma coisa ele conseguiu: toda vez agora eu lembro de parar naquela bendita (e única!) placa de "Pare" no meu caminho! Ou seja, é bom SEMPRE seguir as leis de trânsito, porque nunca se sabe quando vai ter um policial a paisana só esperando um pequeno deslize pra ir atrás de você. E, devo dizer que toda semana vejo alguns policiais parando a galera mesmo. Só acho sacanagem eles não verem todas as vezes que eu sigo as regras, por exemplo, como devo ser uma das únicas na rua que anda na velocidade da pista. Via de regra, TODO mundo anda acima (inclusive esses dias um carro ficou me jogando luz alta porque ele queria ir rápido e eu estava na velocidade da pista de 60 km/h. Obviamente que eu achei engraçado e nem esquentei minha cabeça com isso hahah)

Drive safe,
Mari! xD

segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

Comemorando 3 anos de Canadá!

Dia 5 de dezembro fez 3 anos que aterrissamos aqui! Não dá pra acreditar como passou rápido. E, ao mesmo tempo que parece que foi ontem, temos a impressão que já vivemos muito mais do que isso aqui.

Com certeza, quando chegamos, nunca iríamos imaginar que chegaríamos onde chegamos em tão pouco tempo. Comprar uma casa? Comprar um carro? Ter gerbil? Não estavam nos nossos planos há 3 anos atrás nem se tivéssemos ficado no Brasil. Aterrisamos num mundo novo com milhares de novas possibilidades.

Felizmente todas as nossas expectativas de quando chegamos foram superadas e tudo tem sido melhor do que o planejado! Desde meu emprego de madrugada (quem diria que eu sobreviveria por 2 anos? Quem disse que não era possível achar emprego na área? Quem esperava ganhar mais do que o salário mínimo logo que chegou?), até a paz de andar na rua sem preocupação (dá pra voltar andando ou de bike tranquilamente às 5h da manhã ;) minha maior preocupação era os coiotes, guaxinins e gambás no caminho), passando pelos passeios, pelas pessoas, pelo frio (quem liga se está -30 ou quando você mal consegue ver 1 m de distância por causa de neblina ou neve? xD mas sério... é indescritível a sensação de ver a neve caindo em câmera lenta, tudo parece tranquilo e calmo quando está branquinho, e tem váááárias atividades pra aproveitar no frio), pelo calor (dá pra curtir praia aqui também!), pelas preocupações com dinheiro (no fim das contas, só ficamos no negativo mesmo nos primeiros meses, antes do Armando começar a trabalhar), eu não mudaria nada, porque tudo levou a chegarmos onde estamos. E, com certeza, ainda temos muito pela frente, mas levo comigo a certeza de que estamos no melhor lugar que poderíamos estar!

Além disso, oficialmente, a partir de hoje, baseado nas leis atuais, podemos aplicar pra nos tornarmos canadenses! <3 Claro que precisamos desembolsar ai belos $1200 CAD, fazer mais umas provinhas e esperar mais ou menos um ano (pelo menos, é o tempo previsto no momento), mas é só um pequeno esforço pra finalizar um processo que começou lá em 2016! Na prática, a maior diferença é que vamos poder votar aqui. Mas no fundo, é uma sensação de "agora eu sou dessa terra também" ou de "esse lugar me acolheu". E pode deixar que vou contar por aqui a medida que o processo for andando! ;D

Oficialmente também (apesar de que há umas divergências de opinião aqui), pelas leis brasileiras (aqui está a informação no site do consulado), não poderemos continuar com a nacionalidade brasileira se formos adquirir a canadense. Maas ninguém vem caçar você pra perder a nacionalidade, é mais se der algum ruim e eles forem analisar seu histórico e ver que está lá, perde a nacionalidade. Opcionalmente, a pessoa pode se voluntariar pra perder a nacionalidade. O que também é meio asusstador, por pensamentos do tipo "essa é minha origem e eu vou perder ela (?)". Parece que uma parte importante da sua vida vai ser apagada. E tem todas as implicações de que sua família está toda lá, ai sempre que for visitar, vai ter que ter visto de turista. O que é muito louco de se pensar (e eu nem sei como fazer <õ>). A única outra coisa que muda é que não irei mais precisar votar pra presidente do Brasil (o que por um lado é bom, porque ai não vou mais precisar ficar me mantendo informada do que acontece lá, mas por outro é ruim, porque atualmente é meio que a única forma de tentar ajudar de algum jeito a situação. Se bem que minha 'ajuda' não adiantou nada em nenhuma das eleições, então, não sei se vale a pena). Ainda existe um processo de pedir a nacionalidade de volta, mas tem que revogar a nova nacionalidade adquirida.

Divagações a parte, vamos aproveitar pra comemorar de uma forma bem canadense essa conquista (pena que com o COVID não dá pra fazer muita coisa, mas a gente faz o que dá!)! 


Até mais,

Mari! xD

sexta-feira, 4 de dezembro de 2020

Comprando um carro no Canadá!! <õ>

Depois de muito esforço da minha parte para não comprar um carro, finalmente surgiu a necessidade de um. Tentei me esforçar ao máximo pra não precisar, já que, no geral, Toronto é uma cidade bastante acessivel de transporte público (e esse foi um dos motivos de termos vindo pra cá), e eu estava tentando introduzir a bike pra ir pros lugares (o que, além de divertido e super saudável, é muito possível por causa das ciclovias e ruas não tão movimentadas). Porém, meu novo emprego acabou ficando um pouco distante demais (22.5 km por trecho ainda dava pra fazer em uma hora de bike, o que eu achava ótimo já que ainda fazia exercícios, mas o novo trabalho são 38 km aí fica um pouco pesado!), além de ser em outra cidade com transporte público não tão bom (eu demoraria umas 2h de ônibus), então, precisamos realmente comprar um carro.

Minha sorte é que o Armando sempre quis comprar um e estava ligado já em valores, promoções e carros mais recomendados. Muitas das marcas que eram comuns no Brasil, não são aqui. Sem contar que, além de mais marcas, aqui a gente encontra modelos diferentes dos vendidos no Brasil, então, nossa referência era zero. Conversando com pessoas que moram aqui há mais tempo, as marcas que ele considerou melhores (por causa da disponibilidade e preço de conserto) foram, na ordem: Hyundai, Honda, Toyota e Mazda.

Alguns dos critérios que achamos que seriam importantes devido as condições climáticas (lê-se: inverno com neve) pra encontrar no carro foram: 4x4, alto, com aquecimento no volante e nos bancos (faz toda a diferença quando o carro está estacionado fora). Da minha parte, eu queria muito um carro elétrico, ou pelo menos híbrido. Maaasss infelizmente os preços não são muito acessíveis e acabaram ficando bem fora do nosso orçamento =( então, tivemos que optar por um poluidor de gasolina e teremos que compensar plantando muita árvore ao longo da vida ^^'

Considerando que nossa necessidade de carro foi de "nenhuma" para "pra ontem", assim que fui contratada e dei meu aviso prévio de duas semanas no trabalho antigo, Armando já olhou o que tinha a melhor oferta baseado nos nossos critérios e foi assim que acabamos comprando um Tucson da Hyundai. Na época, eles estavam com uma promoção de 0% de juros, que podia dividir o valor do carro em suaves prestações por 8 anos. Era isso mesmo o que estávamos querendo! 

Então, o Armando entrou em contato com o vendedor da concessionária pra marcarmos um encontro pra venda. Como já sabíamos o que queríamos, o vendedor nem perdeu tempo. Só mostrou os modelos (desde a versão básica, até a ultra mega power com bancos de couro e teto solar), e optamos pelo que tinha o valor mais acessível pra gente. Só tinha mais um em estoque, e só poderíamos pegar dali uma semana. Demos os $1000.00 pedidos pra segurar o carro, enquanto eles iam analisar nossos documentos pra saber se seríamos aprovados para o financiamento. Uns 3 dias depois ligaram falando que estava tudo certo! Agora era só fazer o seguro, dar a entrada e terminar de assinar os papéis.

Pegamos o resto do (pouco) dinheiro que conseguimos guardar depois do (feliz) rombo no orçamento feito pela entrada da casa, e demos de entrada no carro, pra conseguirmos que as parcelas diminuíssem um pouco pra caber melhor no bolso. Agora, estamos pagando cerca de  $165,00 CAD a cada duas semanas. A concessionária ainda nos deu os pneus de inverno (que nos custariam mais de $1200 CAD), revisões de graça e garantia de 3 ou 5 anos, dependendo do item (que foi um dos motivos de não querermos um carro usado: não queremos surpresa no orçamento por um bom tempo).

Com os papeis da aprovação, tivemos que encontrar um seguro de carro (que é obrigatório e você só pode tirar o carro da loja depois que manda pra eles o comprovante). Eles analisam vários fatores pra determinar o valor que vamos pagar, como o histórico da carteira de motorista. Escolhemos o do TD, que o Armando tem desconto por causa do trabalho e que é o mesmo que pagamos pro seguro da casa. Além disso, esse foi o que tivemos o contato mais fácil, os outros foram meio enrolados, e estávamos precisando com urgência. Pagamos cerca de $300.00 por mês <õ> sorte que a gasolina aqui é barato, geralmente fica perto de $1.00 por litro, então, acaba que não sai tão caro essa parte!

Por ter todas essas etapas antes de sair com o carro, precisei alugar um outro por uns dias pra ir nos primeiros dias de trabalho, mas na quarta-feira já conseguimos pegar o nosso mesmo! =D

Depois disso, só faltou comprar acessórios/itens de necessidade, como: tapetes, kit de emergência (que tem coberta para aquecer, caso o carro quebre a estrada no frio!!!), líquido pra limpar os vidros no inverno, removedor de gelo dos vidros (pra quando neva e o carro está do lado de fora), paradinha pra guardar os pneus extras quando não estão sendo usados (que bom que temos um storage!!)...

Duas coisas que achei impressionantes aqui: eu pensava que meu carro era grande, mas, ao andar na rua, percebi que ele é pequeno quando comparado aos carros ao redor; e que as vagas dos prédios e na rua em geral são bem grandes, porque não ficamos apertados em nenhum momento (com excessão de quando fomos ao shopping Yorkdale, que tinha umas vagas bem pequenas).

Até mais,
Mari! xD

segunda-feira, 9 de novembro de 2020

E minha hortinha de 2020?

Bom, desde o fim da primavera tenho cuidado das minhas plantinhas. E devo dizer que estão vivas até agora hahaha uhull!! No entanto, foi meio desapontador os resultados até agora.

Depois do alface crescido dos restos, resolvi plantar alface da semente. Então, peguei umas que a gente tinha comprado e plantei. Nasceram 4, mas nenhum cresceu muito mais que isso e foram morrendo ao longo do tempo. Agora só tem um meio capenga. Acho que plantei na época errada e eles pegaram muito sol no verão... não sei. Ano que vem tentarei de novo. 

Que decepção!

Não nasceu mais morango, apesar de que algumas florzinhas apareceram depois da primeira leva de morango. Mas todas elas secaram. Acho que estava muito quente, ou talvez não coloquei adubo suficiente. Pelo menos, a plantinha está viva ainda! Inclusive, fui regar hoje e achei uma flor solitária! Não acho que ela vai virar morango, porque já está meio seca, mas é um progresso!!

Última florzinha do ano! Será?

E meus brócolis, cresceram muito! Mas não nasceu um nadinha de brócolis :( estou com as 4 plantas aqui, só no aguardo de algo acontecer haha

Até tá nascendo mini plantas onde caiu antigos galhos, mas o brócolis vegetal, nem sinal!

Enoormees!

Cade meu brócoliss??? D:

Também decidi plantar uma cenoura do resto bem no fim do verão. Me surpreendi que nasceu algo!!! Só não sei como ver se e quando está bom pra colher! ^^' aliás, com não estava nem esperando ela crescer, até plantei em um vaso que o tamanho nem vai ser tão bom se ela chegar no full potential!

Quem diria!

Ano que vem vou tentar alugar um pedaço de terra com a prefeitura (se não for muito caro) e ver se faço minha horta na terra mesmo pra ver de qual é =D

Inclusive, o site da prefeitura tem uma sessão sobre crescer plantas na varanda com muitos links interessantes de empresas que aparenttemente podem ajudar nisso. Quem sabe não dou uma olhada no futuro :D

Também achei o site Fruit Picker interessante sobre colher frutas! Aparentemente você paga 10 dólares por season, pra poder colher o que tiver produzido de lugares específicos. Pena que a season de 2020 já acabou. Vai ficar pra projeto de 2021! 

Até mais,

Mari! xD

terça-feira, 3 de novembro de 2020

Histórias inspiradoras de imigração

Toda história de imigração é incrível. E nenhuma é fácil. Requer muito planejamento, paciência, perseverança, criatividade, coragem, otimismo... enfim, uma variedade de habilidades que você não aprende na escola. E muitas você vai desenvolvendo durante o processo no meio do caos e dos perrengues e das frustrações ao longo do caminho. Quando você passa por algumas situações, você entende que imigração não é pra qualquer um, mesmo querendo que todos os seus amigos e familiares venham também. Entende porque muita gente volta, mesmo aqui sendo um dos melhores países do mundo. Entende porque muitos casais se separam quando chegam aqui, já que, além das situações cotidianas de casal, ainda tem a carga das mudanças ao redor sem o suporte e o conforto que antes existia. 

Alguns processos são mais diretos, outros demoram mais, mesmo que os dois sejam extremamente similares. E alguns são extremamentes impressionantes e inspiradores, tanto pela forma como foram planejados ou o tamanho da coragem que foi necessária pra colocar em prática. Eu tive a sorte de conhecer duas histórias que, quando eu ouvi, fiquei de boca aberta como aconteceram. E resolvi pedir para as pessoas pra poder contar aqui, pra mostrar que é possível sim, não importa o quão difícil pareça!

A primeira história a gente teve a sorte de acompanhar desde o começo. O casal chegou um pouco antes da gente pra fazer um college de um ano com co-op, que seria uma especialização pra Monica. Enquanto isso, Elvira iria trabalhar pra sustentar a casa. O detalhe: tinham o dinheiro contado. Pagaram o primeiro semestre do College do Brasil, e tinham o dinheiro pra comprovar que conseguiriam sobreviver um ano, mais o resto do ano do College (que é o que a imigração pede, mas que não é de fato suficiente pra sobreviver aqui). Elas deixaram um dinheiro no Brasil para uma emergência e, caso não precisassem dele, usariam pra aplicar pra residência permanente. Então, no fim das contas, ainda precisariam juntar o dinheiro pra um semestre de College.

Assim que chegaram, começaram a procurar emprego. Elvira começou a trabalhar numa fábrica de fazer nuggets, e depois de um mês, achou uma vaga temporária numa empresa de seguros, mas que pagava menos. Ela acabou conseguindo um emprego permanente depois nessa empresa, mas, ainda assim, precisava trabalhar durante a semana nessa empresa de seguros e no fim de semana em fábricas, que geralmente pagam mais, pra conseguir fechar a conta. Quando Monica chegou na fase do co-op (tipo um estágio) do curso, precisaram comprar um carro. Então, Elvira precisou trabalhar por um tempo na empresa de seguros e numa sorveteria durante a semana e, nos fins de semana, em fábricas. Até que ela conseguiu subir na empresa de seguros, pra uma vaga parecida com o que ela fazia no Brasil.

Depois que começou o curso, Monica descobriu que conseguir o co-op não era tão simples quanto parecia. Teria que ficar entre os 5 melhores da classe pra conseguir. Então, elas decidiram que ela iria focar só nos estudos pra conseguir uma das vagas (ela ainda tentou trabalhar por um tempo nos fins de semana numa padaria, mas ficou puxado manter o ritmo de estudos e trabalho). Com muito esforço e dedicação, conseguiu o co-op! Passou o tempo do co-op trabalhando por aqui e, depois disso, conseguiu um emprego numa empresa e aplicaram pro visto de trabalho pós college de 3 anos. Depois de 3 meses de aplicado, receberam a resposta positiva. 

Com o visto aprovado, foi o momento de buscar a residência permanente, se não, teriam que voltar no fim do visto de trabalho. Elas queriam aplicar o mais rápido possível, pois a nota estava subindo (momentos de tensão). Mas primeiro, precisavam ter um ano de trabalho completo pra conseguir entrar nos critérios e ter uma boa pontuação. Com o ano de trabalho completo, chegou o grande desafio: IELTS. Ansiedade e preocupação vão e vem. Contrataram professor particular pra ajudar a estudar (sim, mesmo com anos de Canadá e estudado em College, IELTS não é brinquedo não). As duas fizeram a prova e conseguiram a nota que precisavam. Mandaram os documentos só da Monica e... conseguiram ser chamadas!! \õ/ receberam o convite pra aplicar pro PR em 8 de janeiro e 5 de junho a aprovação saiu! Próximo passo, começaram a ver uma casa pra comprar! Quando que você iria imaginar que, depois de 3 anos no Canadá, chegando pra fazer College com dinheiro contado, alguém poderia ter conseguido comprar uma casa? Pois é. Acontece :)

A segunda história impressiona pelo planejamento. Julia queria mudar pros EUA, mas Ethan Hunt (referência do Missão Impossível) não queria sair do Brasil. Ethan só começou a querer vir pro Canadá começou depois de uma viagem pros EUA pra conhecer o terreno. O problema: Ethan não tinha um nível de inglês suficiente. Começou a estudar inglês para conseguir nota pra entrar num College. Muita gente teria desistido aqui. Eles decidiram fazer a própria prova de inglês do College pra conseguir ser aprovados.

College encontrado, faltava a comprovação de renda. Pro College é necessário uma quantia grande de dinheiro, que eles teriam quando saíssem do emprego, mas não tinham no momento da aplicação de visto. Então, Ethan teve a ideia de pegar um empréstimo com o valor que eles receberiam quando pedissem demissão pra poderem ter a comprovação. Seria só um "adianto" de um dinheiro que eles já tinham. Julia ficou em desespero, quando viu o empréstimo que teriam que pagar caso não desse certo.

Durante o processo de aplicação de visto, contrataram uma empresa pra ajudar e a pessoa disse que eles não seriam aprovados. Pensa que desistiram? "Julia, acha outra empresa que essa não vai funcionar não". Acharam outra empresa e aplicaram. Deu certo! Depois que chegaram, Julia logo achou emprego com o que tinha experiência e começou a trabalhar. Primeiro em uma empresa que estava meio enrolada pra pagar os salários, mas depois em uma melhor, que os ajudou pra aplicar pro processo de imigração e agora eles estão esperando o PR chegar! Eu fiquei chocada com as sacadas que eles tiveram durante o processo e perseverança de não desistir no 'não' da primeira empresa que contrataram!

Quer dizer que eu quero que você pegue um empréstimo e venha? Não. Que large tudo e venha sem dinheiro algum? Não. Que venha ilegal e veja no que dá? Definitivamente NÃO!!! Maaass o que dá pra tirar dessas histórias é que sim, é possível. Não importa se você está meio apertado de grana ou se recebeu um (ou vários) não's. Tem que pensar fora da caixa e achar o caminho que se encaixa no seu perfil, histórico e habilidades.

Durante todo o processo, planejamento é importante. Assim como criatividade pra pensar em saídas pros problemas que aparecem e estar preparado pra mudar o planejamento se necessário. Determinação e perseverança pra pesquisar e entender os processos de imigraçã, o que encaixa no seu perfil e qual caminho seguir. Coragem pra, mesmo quando a situação não for ideal, enfrentar mesmo assim. Otimismo, pra não desistir no primeiro 'não'. Paciência pra esperar o processamento dos vistos. E, talvez o principal, muita, mas muita vontade de fazer dar certo!

E aí, sua história de imigração também é incrível? Conheceu alguém com uma história assim também? Conta aí nos comentários pra inspirar mais gente também! :)

Até mais,

Mari!

PS: Os nomes foram editados para preservar a identidade das pessoas xD

terça-feira, 27 de outubro de 2020

Schams

É... nem tudo são flores por aqui também não e temos que ficar sempre de olho no que acontece ao nosso redor. Quem está aqui com certeza já recebeu várias ligações em chinês/japonês/coreano/vaisaberquelíngaéaquela. Eu não tenho ideia do que se trata, mas sempre desligo assim que começam a falar diferente. Ou soube da história de pessoas na Índia que foram presas por se passarem por agentes canadenses do ano passado

Outras ligações e mensagens de celular muito comuns recentemente são pessoas se passando pelo CRA (imposto de renda) ou outras coisas do governo. Eu recebi uma mensagem dessas um dia, falando pra entrar no link. Teve outra vez que até me deixaram uma mensagem de voz "se você não retornar essa ligação, sofrerá consequências terríveis", ou uma outra que dizia "Pressione 1 depois do sinal para evitar as consequências". Eu me pergunto que consequências seriam essas haha e não entendi essa do pressionar 1 (fiquei até tomando cuidado pra não chegar nem perto do número 1 quando fui deletar a mensagem). Como já somos treinados pra isso do Brasil, só ignoramos, mas ainda deve ter gente que cai.

Porém, passei por uma situação que quaaase cai. Durante minha busca de empregos, eu estava mandando pra várias vagas e oportunidades diferentes. Aplicava muito pra vagas do Indeed, mas algumas interessantes do LinkedIn também. Passei muitooo tempo sem respostas, e ficava extremamente feliz e criando altas expectativas quando eu tinha algum retorno. Uma das vagas que me retornaram era pra um trabalho remoto de Data Entry. Mandaram um Link pra preencher, que seria uma 'pré-entrevista', já que por causa do COVID não estavam fazendo entrevistas pessoais. Eu sempre fico suspeita com essa coisa de link, mas como eu tinha preenchido a vaga e o e-mail e tudo o mais parecia real, cliquei. O link encaminhava pra um site com o logo da empresa e tudo parecia certinho. As perguntas eram bem perguntas de entrevista de emprego "Me conta uma situação que você teve que resolver um problema com um colega" e coisas assim. Preenchi tudo de boas, e não lembro de ter pedido nenhuma informação pessoal. 

No dia seguinte, eles me respondem dizendo que eu passei pela entrevista e que seria contratada. Claro que eu fiquei muito feliz! Finalmente tinha achado um emprego!! Tremendo, reli o e-mail que tinha recebido e comecei a ficar com uma pulga atrás da orelha: mas eu não fiz entrevista nenhuma. Só aquele formulário online. Achei estranho. Ai, notei que o salário que dizia na vaga que eu apliquei estava muitoo diferente do salário que els ofereceram (35 por hora pra ser data entry??? Hum...). Além disso, dizia que eu teria que ir pra Vancouver pro treinamento (mas por que, se a empresa é de Ontario, com sede em Ontario?). Re-abri o link que eles mandaram, parecia real. Mas, procurei no google o site real da empresa, e notei algumas diferenças. Também tentei achar a pessoa que assinou o e-mail da contratação no Linkedin ou no Google, e não achei ninguém na empresa com esse nome. Achei essa história muito esquisita, então, fiz a única coisa que poderia e liguei pra um dos contatos que dizia no site que eu achei no Google, não no link que me mandaram. A ligação estava péssima, mas entendi que a vaga realmente existiu, mas que a pessoa já tinha sido contratada e estava em treinamento! Fiquei chocada como o esquema foi tão bem bolado, e obviamente muito decepcionada pela vaga não ter sido real e não conseguir essa vaga maravilhosa de trabalhar em casa com salário de 35 por hora :(

Um outro esquema que aconteceu com a gente, foi quando o Armando estava procurando emprego no ano passado. Ele se cadastrou num site pra dar aulas particulares, em que você cria seu perfil e os pais entram em contato pra marcar as aulas. Uma pessoa logo entrou em contato com ele querendo aulas particulares pro filho e eles marcaram quantas que iria precisar e quanto seria o pagamento. Então, o cara disse mandou um cheque pro nosso endereço, pois iria viajar e queria fazer o pagamento antes. Achamos isso muitoo esquisito e suspeito, pois já tínhamos ouvido várias histórias de gente que recebe cheque sem fundo e depois que deposita, a pessoa que mandou pede pra sacar o dinheiro. A pessoa acaba sacando o dinheiro dela mesma e nunca recebe o dinheiro do cheque. Ainda mais suspeito quando ele diz que o valor do cheque está errado (maior do que deveria) porque o advogado somou o pagamento da aula com o da babá, então, o Armando teria que depositar o cheque, sacar o dinheiro em excesso e dar pra babá no dia da aula. Obviamente que essa história estava extremamente mal contada, então, ele não repondeu e reportou no site anti-fraudes do governo. A gente até recebeu o cheque do cara, mas nunca depositamos pra saber se era sem fundo ou não haha

O último esquema é de um amigo nosso que foi comprar um carro. Ele começou a busca online, e o objetico era pagar o carro a vista (usado) e só ficar com a parcela do seguro. Mas ele não estava gostando dos carros que estava encontrando. Procura vai, procura vem, foi numa concessionária que o cara conseguiu vender bem o peixe. O carro era 2011, com uma quilometragem ok, custando $6000 CAD, em que ele poderia dar uma quantia de entrada e financiar o resto, que ia ficar com parcela baixa. Alguns problemas de ferrugem e o vidro trincado, que o vendedor disse que iria arrumar. Além disso, uma revisão do carro teria que ser feita antes de poder rodar com ele, que é obrigatório aqui, e o vendedor disse que ofereceria de graça, pois conhecia um mecânico que faria isso. Combinaram do vendedor ligar pra ele em 2 dias, quando tivesse a papelada pronta pra ele poder assinar e tals. Dois dias depois ele não ligou, três dias depois, nada. Meu amigo tentou entrar em contato com ele, mas não conseguia encontrá-lo e começou a achar meio estranho. Na sexta, ele foi lá e encontrou o vendedor pessoalmente, que disse que já estava com a papelada pronta. Durante esses dias sem contato, meu amigo já estava olhando outros carros e ficou com um pé atrás desse cara. Como já estava lá, ele deu os $1000 CAD pra 'segurar' a compra mesmo assim e o vendedor disse que fariam um financiamento com o banco, que daria uma taxa menor  (mas quando meu amigo foi pesquisar mesmo, a taxa que ele ofereceu era muito mais alta do que o normal), pro meu amigo voltar 1h da tarde pra fechar o negócio. 

Quando meu amigo voltou, o vendedor disse que o financiamento seria com uma financeira x. Meu amigo perguntou as taxas e quanto ficaria a parcela, e o cara disse pra ele não se preocupar com isso, que seria pouco. Meu amigo insistiu querendo saber os valores e o vendedor disse que não conseguiram fazer pelo banco, que quando isso acontece eles vão pra essa financeira e que a taxa de juros era 15% (!!!). O carro que era 6 mil a vista passou a ser 15 mil financiado. Carioca como é, ele viu que não estava certo. O vendedor chamou um Uber, pra levar meu amigo na financeira pra poderem assinar os documentos. Durante o caminho, meu amigo procurou na internet reviews sobre o lugar, e encontrou que o cara fazia esquemas, que o mecânico era golpista e só maqueava o carro, mas que tinha vários problemas e geralmente dava defeito depois, e que eles não queriam arrumar. Também procurou informação sobre a financeira, que na verdade era só um cara que te emprestava dinheiro a parcelas baixas, mas com juros altos. O carro iria ficar no nome desse cara e, no final do período, ele ainda teria que pagar 5000 pro cara pra liberar o carro pra ele. Na financeira, ele recebeu uma página pra assinar e achou essas informações lá, mas quando perguntou, o cara só falava que eram taxas normais, pra não se preocupar. Meu amigo pediu pra ler o contrato, e o cara deu só mais uma página, e disse que era muito grande, pro meu amigo só assinar que estava tudo certo. Meu amigo pediu pra levar o contrato pra um advogado ler, e o cara achou ruim. Meu amigo argumentou que nada do que estava no contrato era o que tinha sido dito. Mas ainda assim, ficou com um pé atrás, já que, como imigrante, a gente fica sempre inseguro como funcionam as coisas por aqui. Depois, ele achou uma outra loja com um vendedor brasileiro, que foi uma experiência muito melhor e ele acabou comprando o carro! \õ/

Essas histórias às vezes são um choque pra quem acabou de chegar, achando que o Canadá é perfeito, sem nenhum problema. Mas bandido tem em todo lugar. A impressão que eu tenho, no entanto, é que aqui é beeeem menos comum e que essas pessoas sofrem as consequências, eventualmente. Não ficam impunes, como é a impressão que eu tinha no Brasil. O negócio é ficar sempre ligado, e denunciar, se possível (porque a polícia não vai atrás se não souber que está acontecendo, não é?).

Até mais,
Mari! xD

terça-feira, 20 de outubro de 2020

Toronto Household Hazardous Waste: como descartar corretamente o seu lixo em Toronto!

Uma coisa interessante aqui em Toronto é que eles se preocupam muito com o lixo. Além de vários programas de como descartar de forma correta (teve uma vez um evento no nosso prédio antigo), fornecer materiais pra você deixar em casa pra serem guias de descarte (eu sigo um que tenho pregado na geladeira), eles ainda fornecem muitas informações e locais de coleta pra lixo"perigoso", como medicamentos, oleo, baterias, e outros. Toda essa informação pode ser encontrada no site da cidade, mas vou colocar aqui o que eu já aprendi.

Resumidamente, o lixo deve ser dividido em 3: reciclável (mais ou menos parecido com o do Brasil), orgânico (em geral, produtos que se degradam na natureza, como restos de comida) e "garbage" (que seria o lixo que não se enquadra em nenhuma das outras categorias, como plásticos pretos - por algum motivo eles não conseguem reciclar - ou aquele pó que fica dentro do aspirador depois de limpar a casa). Mesmo com toda essa informação, ainda dá pra ficar um pouco confuso, ainda mais quando o seu prédio não tem um espaço claro pra descarte de garbage e orgânicos, mas a gente faz o nosso melhor no dia-a-dia. Em alguns dias certos, o caminhão vem e coleta o lixo do prédio ou das casas, que deixam as latas de lixo na frente e os caminhões só passam recolhendo. Por causa disso, um grande problema que se tem aqui são os guaxinins, que tem o costume de revirar e comer o lixo, quando as latas e conteiners ficam fora de casa de noite. Eles são seres super simpáticos, e um pouco assustadores quando se é pego de surpresa, que rondam a cidade durante a noite, junto com os gambás, coelhos, coiotes e raposas <3 inclusive, existem lixeiras produzidas para serem a prova de guaxinim e várias dicas no site da organização que cuida da vida selvagem de Toronto. Mas eles são muito espertos e já conseguiram vencer alguns dos mecanismos criados pra impedi-los de chegar no lixo.

Um coite avistado um dia desses durante o dia numa das minhas andadas de bike xD

Uma coisa curiosa que teve campanha nos trens de metro no ano passado pra ensinar a galera a descartar corretamente é com relação a roupas. Elas não devem ser jogadas no lixo reciclável (porque as máquinas não conseguem separá-las e acabam quebrando)! Uma opção é usar um dos pontos de coleta de doação de roupas que tem espalhados pela cidade (é sério, tem vários, todos ligados a uma organização como forma de doação, como o Diabetes Canada! Com certeza tem um perto da sua casa ou pelo seu caminho), ou levar em algum evento de trocas/doação de roupas ou levar em um brechó, como o Value Village. Até onde eu sei, eles vão separar as roupas que podem ser usadas/vendidas e dar um fim apropriado as que não podem mais ser usadas, o que inclui doar pra outros países (a CBC fez um artigo bastante interessante sobre isso em 2018, que basicamente conclui que não tem uma solução fácil pra o descarte de roupas e que o ideal é as pessoas terem um consumo consciente).

Com relação aos lixos perigosos, existem duas opções: levar um dia que tiver evento de coleta perto da sua casa, ou levar nos pontos de coleta fixos. O site da cidade fornece todo o tipo de informação, inclusive quando e onde vão ter eventos itinerários de coleta ou o que cada ponto de coleta recebe. Como eu tinha uns remédios vencidos e um pouco de oleo que já estavam esperando ser levados há muuuuito tempo resolvi criar vergonha na cara ir um dia desses em um dos pontos de coleta fixo pra finalmente levar isso!

Pegamos um dia que tínhamos alugado um carro nas férias (sim, minhas férias renderam muito haha), colocamos tudo o que queríamos levar em uma caixa e fomos. O lugar que fomos na Victoria Park é meio que um galpão gigante bem sinalizado, pra mostrar onde ir pra levar o seu lixo. Fomos até o local indicado, tinha um portãozão aberto com uma mesa. Colocamos nosso lixo na mesa e tocamos uma campanhia. Um moço apareceu, olhou, falou que estava tudo certo e fomos embora! Bem tranquilo e saímos com a sensação de que estávamos fazendo a coisa certa :) também tive a sensação de ser a única pessoa no mundo que já fez isso. Então, aqui fica a dica pra espalhar a ideia e quem sabe mais pessoas descartarem seu lixo corretamente e ajudar o meio ambiente!! :D

"We don't need a handful of people doing zero waste perfectly. We need millions of people doing it imperfectly."  - Anne Marie Bonneau, Zero Waste Chef 

(Tradução livre: a gente não precisa de algumas pessoas reduzindo a produção de lixo perfeitamente. A gente precisa de milhões fazendo isso imperfeitamente)

Até mais,

Mari! xD

segunda-feira, 12 de outubro de 2020

Conhecendo o Thomson Memorial Park

Fomos convidados pra uma festinha no Thomson Memorial Park no começo de outubro. Finalmente tive a oportunidade ideal pra tirar umas fotos pra registrar mais uma vez como as árvores ficam lindas nessa época do ano!! E aqui vai o resultado:



Minha cara ficou estranha, mas é a única que dá pra ver as folhas amarelas

Outra com a cara estranha, mas o laranja ficou ótimo! *-*

Adorei essa florzinha rosa-branca! Parece que foi pintada a mão!

Ahh, o outono!

Várias cores ao mesmo tempo na mesma árvore!


Por que umas mudam de cor e outras não? Por que algumas são amarelas, outras laranja e outras vermelhas? Para mais informações, achei esse site interessante

O pessoal fica tão fanático pra ver as cores do outono, que tem uma sessão especial no site dos parques que mostra quais os melhores pra verem as cores em qual época!

Até mais,

Mari! xD

sexta-feira, 9 de outubro de 2020

Niagara no outono (de 2019)

Já faz quase um ano que tiramos essas fotos! haha fomos conhecer Niagara Falls e Niagara-on-the-lake com a minha família! Eu estava procurando um video que achei que meu pai tinha gravado desse dia pra editar, mas achei só um que não mostrava muito, então, vão só as fotos mesmo!

Tiramos em um dia de novembro de 2019. Como dá pra ver, estava friiiiooo, mas o problema era o vento! Ventou muitoo esse dia! Mas ainda assim, conseguimos aproveitar!





Nas ruas de Niagara-on-the-Lake


Niagara Falls

Aproveitando as atividades indoor de Niagara



Dia nublado!

AimeudeusoKingKongestavaatacando!

O que é que se faz quando está frio? Chocolate quente e comfort food! =D Essa foto foi do Sunset Grill, que achamos que era um lugar pequeno e caseiro de Niagara-on-the-Lake, mas descobrimos que é uma rede e tem várias lojas em Toronto <õ>

Detalhe da propaganda do BK incorporada no prédio turístico ao lado

É pra ganhaaaarrr!!

Casinhas de Niagara-on-the-Lake



Será que estava todo mundo com frio?


EUA do outro lado do rio!

Essa era uma exposição artística (?) que estava tendo em Niagara e não entendemos nada. Claramente minha mãe e minha prima estavam brincando na parada xD


Dá pra ver Toronto ao fundo! O que é uma surpresa, porque o dia nem estava tão bonito assim!

Como meu pai gosta de vinho, paramos em uma das vinículas entre Niagada-on-the-Lake e Niagara Falls pra ele conhecer. Essa região é bastante famosa pela produção de uvas e vinhos, mas, como não conhecemos nada, paramos em uma das lojinhas na estrada (tem várias). Foi bem interessante. Eles oferecem passeio guiado pela propriedade (não fizemos) e degustação de vinho, que consiste em pagar uma taxa (achei barato, mas não lembro quanto) e você pode provar alguns dos sabores que eles oferecem. Achei uma proposta bem interessante. Juntamente com isso, eles tem uma lojinha de produtos artesanais e outras comidas locais, como geleias, maple syrup e outros.

Até mais,
Mari! xD

quinta-feira, 1 de outubro de 2020

Vale a pena sair do emprego pra fazer Uber Eats de bike?

 Faz um bom tempo que eu não venho aqui, eu sei! Mas minha rotina nos últimos meses foi meio frenética, apesar do COVID ter parado tudo. Eu estava trabalhando, fazendo aulas e procurando emprego. Tecnicamente, isso corresponde a ter 3 empregos, então, eu estava meio estressada. Maaaass agora acho que as coisas acalmaram um pouco (ou pelo menos, temporariamente), então, vou tentar compensar o tempo perdido!

Eu já vinha mandando currículos desde o começo do ano, com pouco sucesso de retorno. Como estava realmente cansando de trabalhar a noite, estava meio desesperada pra sair, querendo qualquer coisa que aparecesse. Conversando com algumas pessoas, me surgiu a ideia de fazer Uber Eats. Nessas conversas, fiquei sabendo que eles tem a modalidade de fazer a pé e de bicicleta. Pensei que com a minha bike elétrica ia ser molinho e, como durante as minhas férias teve um pequeno período de uma semana em que eu estava livre, mas o Armando estava trabalhando, resolvi fazer Uber Eats de bike pra ver de qual é. E se pá, já voltar das férias pedindo demissão (meu objetivo inicial era nem voltar das férias, mas esse objetivo não foi achieved por motivos de ninguém queria me contratar haha)

Fui indicada por uma amiga pra fazer o Uber, peguei minha bike e fui. Meu objetivo era fazer pelo menos 50 viagens, pra ela conseguir o valor de indicação. Como eu tinha 5 dias, teria que fazer 10 entregas por dia. Não consegui ir todos os dias que eu queria, nem fazer as 50 viagens. No total, trabalhei 4 dias, fiz 23 viagens e $155.5 CAD. Algumas observações que eu fiz durante esse período:

No primeiro dia eu só fui pra conhecer o app mesmo e como funciona. Depois descobri que sai numa hora ruim (meio da tarde) e que estava numa área ruim. Depois de mais ou menos 3h na rua, voltei pra casa e as 5 pm e descobri que das 5 as 8 eles dão um bônus de entrega. Descansei um pouco em casa e sai pra ver de qual era esse bônus (na viagem mais longa do dia, em que eu tive que levar duas pizzas numa área que a rua estava reformando. Foi bastante estressante, porque eu amarrei a pizza no banco de trás da bike e tive que ir devagar pra ela não cair. Mas no fim, ainda ganhei tips em dinheiro E pelo app!)

Depois disso, só saia no horário do almoço, das 11h as 2h, pra ganhar o bônus (menor que o da noite) e ter mais entregas! Meu planejamento era sair de casa pedalando com o app ligado em direção ao centro, que dizem que é a melhor área pra entrega. Com o app ligado, assim que eu recebia uma chamada já ia pegando e indo de acordo com o que o app chamava, então, acabou que nunca cheguei ao centro de verdade! Porque, depois da primeira entrega, o app não para de apitar e eu sempre aceitava. Até que eu descobri como recusar os pedidos, então, eu sempre recusava pizza e café (porque eu não sabia como levaria o copo na bike!) <õ> mas já aconteceu de eu aceitar ou recusar pedidos sem querer, da forma como o app é estruturado (eu cliquei na tela pra "fechar" o dia bem na hora que fui chamada, nisso acertei o botão de aceitar e tive que fazer a entrega cansada haha)

No terceiro dia consegui uma mochila de entrega emprestada, e melhorou muito minha vida (antes eu usava uma mochila normal)! Fiz alguns pedidos duplos (você pega dois pedidos no mesmo lugar e entrega) e foi bem bom! Inclusive porque teve um pedido do Burguer King que tinha copo (o motivo de eu estar recusando os cafés, mas não pensei nos fast food! Apesar de que o BK foi o único que veio com o copo deles mesmo)

No geral, achei uma experiência bastante divertida. Meio que dá um motivo pra pedalar, e ainda tem o incentivo do dinheiro. E ainda conheci muitos caminhos e ruas da cidade! Mas não achei que valeria a pena largar meu emprego pra fazer isso. Eu me cansava muito! E minha bicicleta definitivamente não aguentou o tranco: no primeiro dia o guidão ficou solto/mole (fácil de arrumar quando cheguei em casa, mas muito perigoso durante as entregas e a volta - percebi que valeria a pena ter um kit de emergência comigo), depois a corrente começou a soltar (inclusive na avenida mais perigosa que eu peguei depois de ter gasto 10 minutos andando num shopping pra poder achar o restaurante de fazer a entrega - como assim você pega coisa em shopping??) e no último dia a bateria morreu na metade (ainda tentei recarregar em casa e ir de novo pra testar, com o mesmo problema. Acabei tendo que trocar a bateria por 400 pilas. Maas acho que foi mais de desgaste natural mesmo, afinal, a bike tem mais de 1 ano e meio e já pedalou mais de 3000 km de -5 a 35 graus). 

Tem gente que consegue fazer mais de 100 dólares por dia só fazendo entregas a pé por mais ou menos 6h. Achei impressionante, porque não tive o mesmo retorno de bike, sendo que ainda ficava muito cansada, mesmo com a bike elétrica (mas eu também não usava a bike na potência máxima)! E achei o aplicativo meio zoado pra me mostrar os caminhos. Como eu coloquei que estava de bike, achei que ele ia calcular distâncias baseadas nisso, como por exemplo, não me dar entregas muito longe ou colocar caminhos bike friendly. Mas ele me mandava entregas com uns 5 km e ainda me mandava por avenidas movimentadas ou me mandava das a volta no quarteirão como se eu estivesse de carro, sendo que eu poderia só atravessar uma esquina. Claro que dá pra aceitar/recusar pedidos porque ele te mostra todo o trajeto assim que aparece o pedido, mas eu acho que não usei tanto a ponto de pegar as manhas e os esquemas.

Depois disso, considerei seriamente comprar um carro e fazer Uber de levar pessoas mesmo. Conversei com uma amiga que fez Uber por um tempo pra perguntar como foi e... ela acabou me indicando pra uma vaga na empresa que ela trabalha e agora eu consegui o tão sonhado emprego de segunda a sexta num horário que me permite dormir de noite <3

Muito louco como as coisas acontecem da forma que você menos espera. Não importa o quanto planejou ou o que você queria (mandar currículos ou mudar de área), as oportunidades aparecem e você tem que estar pronto pra receber de braços abertos! No fim, minha carreira mudou um pouco, mas não pra onde eu tinha imaginado que mudaria. E agora, além de aproveitar o momento, já estou tentando pensar em qual pode ser meu próximo passo (se é que eu devo dar algum)

Até mais,

Mari! xD

segunda-feira, 10 de agosto de 2020

Férias: St. Catherines Lakeside Park!

Depois de voltarmos da nossa Roadtrip pro oeste, ainda tínhamos mais uns dias de carro alugado, então, resolvemos aproveitar as coisas aqui por perto mesmo!

Depois de uma dica de uma amiga pelo Insta que foi pra Sunset Beach em St. Catherines, resolvemos seguir a tendência e ir pra lá também na segunda-feira. Pouco mais de uma hora de Toronto, chegamos ao Lakeside Park. Não fomos a Sunset porque no site dizia que ela não estava própria pro banho, enquanto a Lakeside estava, e não poderíamos ter escolhido melhor!

Não sei se porque era segunda-feira ou se é porque a praia é menor mesmo e não tem tanta informação online (thank god!), mas o ambiente estava super agradável, bem familiar, cheio de crianças e idosos, e não muito cheio (inclusive uma mãe ficava falando toda hora pro filho pra não chegar muito perto das pessoas por causa do COVID)! O parque e a praia se msituram, então, tem umas árvores com sombras bem boas na praia, que ajudaram bastante pra nos proteger do sol!

Essa praia é toooooda de areia! E eu fiquei surpresa como uma praia do Lake Ontario pode ser frio-agradável e não frio-congelante (às vezes que eu fui em lagos em Toronto, a água era sempre beem friaa. Maasss pode ser que seja a época do ano também...). A única coisa é que a Lakeside é beeeeem rasinha. Mas bem rasinha mesmo. Tem que andar um monte pra começar a água a ficar na altura da cintura. O legal é que a água é beem clarinha e conseguimos ver o fundo com os óculos de piscina (mas não tem nenhum peixe!).

Ficamos algumas horas ali e depois voltamos pra Toronto! =D



A cidade de St. Catherines fica bem pertinho de Niagara Falls, mas nunca tínhamos ido nela. Inclusive, a cidade é super agradável com cara de interior e não com cara de turística, o que na verdade me deu muita vontade de morar lá e poder curtir essa praia a qualquer momento (quem sabe quando me aposentar, hein?)!

Até mais,
Mari! xD