segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

Visto de turista canadense e Autorização Eletrônica de Viagem

Estou programando há um tempo já uma série de 3 posts sobre vir a turismo pro Canadá, pra ajudar quem quiser visitar a gente aqui, baseados nas experiências dos nossos visitantes de 2018! Vou compartilhar aqui no blog pra facilitar o acesso a informação para todos =D mas lembrando que todas as informações necessárias podem e devem ser procuradas no site do governo canadense ou do do VFS, aqui vou apenas relatar como foram os processos na prática. Inclusive, com o tempo, as informações do blog podem ficar desatualizadas, então, é sempre bom checar as fontes oficiais!

O primeiro passo para qualquer viagem no exterior é tirar o passaporte. No site da Polícia Federal tem todas as informações referentes a isso! Com o passaporte em mãos, o próximo passo é o visto (para os países que pedem).

No caso de viagens para o Canadá, os brasileiros precisam tirar o visto de turista OU a Autorização Eletrônica de Viagem (AEV em português ou ETA, em inglês). Não é todo mundo que pode solicitar o AEV, tem que cumprir alguns pré-requisitos. No site do governo canadense tem como você descobrir se você precisa de um visto ou de um AEV, mas, em linhas gerais, brasileiros com um visto americano válido ou cidadania de alguns países específicos não precisam de visto, só do AEV.

Atualmente, inclusive, muita gente tem preferido tirar o visto americano logo e pedir o AEV depois, do que pedir o visto canadense direto (principalmente porque muitos voos que vem pro Canadá podem ter que passar nos EUA primeiro, então, já teriam que tirar o visto americano de qualquer forma). O AEV é bem simples e dá pra fazer tudo online no site do governo canadense. Ou dá pra ir a algum dos VFS que eles ajudam também! O VFS é um Centro de Solicitação de Visto do Canadá (CVAC) e é a única empresa autorizada a apoiar o governo canadense no Brasil nos processos de visto, tanto na parte administrativa (recebimento de pedidos de visto, pagamento de taxas, coleta de biometria e fotos, etc...) quanto na parte de agendamentos. Eles estão localizados em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Recife e Porto Alegre.

Se você optar por tirar o AEV online, tem esse post da immi-canada bem detalhado sobre o processo e o resultado normalmente sai em poucas horas. Meu pai preferiu não fazer tudo online, optando por ir até um VFS, então, vou deixar aqui o relato dele:

"Se tiver visto americano válido, somente precisa preencher o formulário ETA online, imprimir e levar a um representante do Canadá - VFS (Grátis). A autorização para entrar no Canadá sai na hora. A autorização precisa ser impressa e levada junto com o passaporte para apresentar na entrada do Canadá. Ela serve somente pra entrada via aérea. Se a pessoa tiver intenção de visitar os EUA de carro durante a estadia no Canadá, deve solicitar a colocação do carimbo no passaporte, pois se apresentar só o ETA na entrada do Canadá, o carimbo do passaporte não é obrigatório. Também é possível ir ao VFS e eles preenchem o ETA e cobram R$50,00 pra isso. Fazem na hora e é bem simples"

Já minha tia e minha avó não tinham o visto americano, então, elas optaram por tirar o visto de turista  canadense. Depois de ler sobre isso na internet, vi que algumas pessoas que moram no Canadá escrevem uma carta-convite pra pessoa que vai visitar, pra ser enviada junto com os documentos e que pode ajudar na aprovação do visto. Baseado em alguns modelos que vi na internet e no site oficial do governo do Canadá, criei a minha própria carta e entreguei pra minha tia e minha avó mandarem junto com os documentos pra pedir o visto:

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Letter of Invitation to (name)

To Whom It May Concern:

My name is (name) and I would like to ask that you accept this letter as my letter of invitation to my (relative) (name), born in (month), (day) (year). S/he will be visiting me in (city), (province) during the (visiting month). S/he plans to stay from (month), (day) to (month), (day). She will stay at (where s/he plans to stay) during this time and s/he will be responsible for her own expenses. Currently s/he lives at (address), (city) - (province), (country) (Zip Code). Her/his phone number is +55 (phone number).

For your information, I have included the following information about myself:
Complete Name: 
Date of birth: 
Address: 
Job title: 
Status in Canada:

I live with (names) born in (month), (day) (year), who came with me as (status in Canada).

In the event that you require further information about me and/or my invitation to (name), feel free to contact me at telephone number +1 (phone number) or by email at (e-mail address).

Thank you in advance for taking time to consider my letter of invitation,

Respectfully,

(Sign)

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Não sei se a carta ajudou de alguma forma, mas os dois vistos foram aceitos sem problemas. Quando fui fazer a carta fiquei pensando se incluía mais detalhes pessoais ou da viagem (tipo, que era minha madrinha, iria passar meu aniver aqui ou coisas do tipo), mas optei por deixar essas informações de fora da carta. Vou deixar aqui o relato da minha tia sobre o visto e a compra das passagens:

"Para fazer meu visto para o Canadá solicitei via VFS. Preenchi os formulários e enviei, juntamente com os documentos, via Correios. Ah!! Enviei o passaporte junto. Não é complicado e em aproximadamente 20 dias recebi o passaporte em casa com o visto. Única coisa que estranhei foi a relação de documentos solicitados, que, além da declaração do IR e os últimos 3 holerites, tive que enviar os 3 últimos extratos bancários.
Não havia feito visto americano, então, tinha a opção de voo direto ou com conexão no México (Aeroméxico). Financeiramente a opção do México era melhor, mas tinha uma conexão de mais ou menos 8h.
Fiz a opção do voo direto. A Air Canadá dispões de 3 fileiras, que não é a executiva nem a econômica (mais ou menos poltronas 12, 13 e 14) que possuem maior espaçamento entre as poltronas. O preço é um pouco mais caro, mas achei que compensava em virtude de estar viajando com uma pessoa idosa. 
Creio que seja melhor fazer o visto americano, pois assim terá mais opções de voos e com melhores preços."

Ou seja, de maneira geral, não tem mistério nenhum tirar o visto ou o ETA/AEV! Só seguir as instruções do site do governo canadense ou do VFS, enviar os documentos pedidos e aguardar! Algumas pessoas podem ter o visto negado por algum motivo. Nesse caso, elas recebem uma carta com os motivos da recusa e podem ver os pontos a melhorar pra aplicar de novo. Outra opção é contratar uma empresa pra solicitar a ATIP, que mostra os detalhes da sua aplicação, com todas as informações do oficial sobre o seu caso. A immi-canada tem um post bem bacana com os detalhes do que fazer com um visto negado!

Espero que seja útil pra quem pretende tirar o visto! E boa sorte!
Até mais,
Mari! =D

quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

Credit score

Acho que o Credit Score é um dos assuntos mais confusos quando a gente muda pro Canadá. É um conceito que não existe tanto no Brasil (o mais próximo seria "ter o nome sujo"), mas que é muito importante e está vinculado por muitos achismos na internet ou que são passados de um amigo pra outro. Grande parte desse mistério se deve as empresas que fazem o cálculo desse número, que não deixam tão claro os critérios utilizados. Mas acho que finalmente consegui entender como funciona, então, resolvi fazer o post pra explicar!

Pra começar, o Credit Score é um valor que varia de 300 a 900 e determina basicamente o quão bom pagador você é. É calculado oficialmente por duas empresas: A Equifax e a TranUnion, mas geralmente as empresas de cartões de crédito/bancos oferecem uma estimativa grátis da sua conta. Ele é importante porque pode ser usado para você alugar apartamento (já ouvi histórias de pessoas recusadas para o aluguel por causa de um credit score ruim), fazer empréstimos (você pode ter vantagens na hora de pegar um empréstimo caso tenha um bom credit score) e lease de carros, por exemplo.

O que pega é que quando você é Newcomer, você não tem credit score algum (e nem sabe muito bem pra que ele serve nem como melhorar). Por isso o recomendado é já ir pensando nisso assim que chega, porque ele é um score que é construído ao longo do tempo e você nunca sabe quando vai precisar dele.

Para chegar a um valor, as empresas analisam o quão bom pagador você é (a.k.a, se você paga a suas contas em dia). Mas aí é que começa a confusão: bom pagador do quê? Como é essa análise? Como melhorar?

Quando você é Newcomer, no geral, a sua única forma de criar e melhorar um Credit Score é pelo cartão de crédito. Outros pagamentos que são considerados nesse cálculo são contas em geral (luz, College, aluguel, empréstimos...), mas, pra mim, nunca ficou muito claro como é que eles sabem que a conta é minha e etc... e mesmo já tendo ouvido muito sobre o assunto e pesquisado muito depois que a gente chegou, as informações sempre foram desencontradas e nunca achamos fontes muito boas ou claras. Só que na semana passada fomos ao banco tirar umas dúvidas, e uma delas foi sobre empréstimos. O atendente, depois de falar que a gente tinha que conversar com um consultor de empréstimos (que não era a área dele), falou do Credit Score e deu umas dicas muito interessantes sobre o assunto, já que ele já trabalhou como consultor de como melhorar Credit Score.

Primeiro, ele disse que as empresas analisam todos os seus pagamentos ligados ao seu SIN Number Pra gente foi um choque quando ele disse isso, porque assim que você pisa no Canadá e faz o SIN Number - que é equivalente ao CPF do Brasil - os atendentes deixam bem claro e repetem várias vezes que você não deve compartilhar o seu SIN Number com ninguém, além do banco e seu empregador. Mas faz sentido quando você pensa que essa foi uma das informações que nos pediram pra fazer nosso número de telefone (entre outras contas). Muita gente opta por não dar o SIN number nesses casos (já que é recomendação clara quando você faz o seu número no seu primeiro dia de Canadá), então, não sei dizer se tem outras coisas incluídas pra calcular o credit score (mas, segundo o moço do banco, é pelo SIN Number sim! <õ>)

Segundo, ele disse que não importa o quanto você gasta no cartão de crédito (mas ele recomendou gastar cerca de 70% do valor), desde que você pague em dia (mesmo que seja o valor mínimo do mês, também serve). Foi um alívio quando ele disse isso, porque acho que os maiores mitos são acerca do quanto gastar no cartão de crédito e como isso vai afetar seu Score. Muita gente acredita que não pode gastar mais da metade do limite, outros acham que tem que gastar o mínimo possível. A estratégia que eu e o Armando usamos desde que chegamos foi pagar absolutamente tudo com o cartão de crédito. A gente só paga no débito se o crédito não for aceito (por exemplo, se só aceita Visa e o nosso é Master). Temos acompanhado pelo aplicativo do banco o Credit Score desse cartão e ele sempre subiu, de pouquinho em pouquinho, todo mês. Notei que ele aumentou mais por mês quando o limite do cartão aumento, mas não tenho explicação para isso ainda.

Terceiro, ele disse que se você cancelar um cartão, o Credit Score daquele cartão não some (já falaram pra gente que se a gente cancelasse o cartão, o credit score diminuía). O que faz sentido, porque se você tivesse um Credit Score ruim em um cartão, seria só cancelá-lo e sua média geral iria melhorar. Mas não sei dizer se você cancelar um cartão, se vai diminuir o Score (tá vendo, as dúvidas só aumentam, mesmo agora que temos informações confiáveis! haha)

Quarto, ele recomendou não verificar o credit score nas empresas oficiais sempre, porque toda a vez que pede a análise, o credit score cai um pouco (segundo ele, 3 pontos). E sempre tomar cuidado quando for preencher um requerimento de Credit Score, pra não marcar que quer análises frequentes, que muita gente acaba fazendo isso por engano e o Score começa a cair. Mas ele recomendou checar pelo menos uma vez por ano.

O recomendado é ter um valor maior que 700, mas o ideal é acima de 800. Eu e Armando, com nossa estratégia de gastar tudo no crédito, chegamos recentemente (com menos de um ano de Canadá) na casa dos 700 pontos (segundo o aplicativo do cartão) e estamos ai na busca dos 800 \õ/ mas apesar do aplicativo do banco dar uma ideia geral do valor, acredito que não seja tão acertado quando você tem várias contas diferentes (no caso, entendo que ele só analisa o pagamento daquele cartão. Mas se você tem mais de um cartão ou paga as contas de luz, aluguel, etc... em dia, não acho que o aplicativo inclua isso no cálculo. Só vai dar pra saber o Credit Score real pedindo nas empresas oficiais mesmo).

Ahh! E a dica que nos deram quando fomos fazer o cartão de crédito é que é melhor fazer um diferente pra cada casal do que uma conta conjunta pros dois, porque ai cada um tem seu próprio histórico. Já ouvimos dizer que ter vários cartões de várias empresas também não é muito recomendado. Minha opinião pessoal, baseada no que o moço do banco falou, é que não importa quantos você tenha, desde que pague tudo em dia!

Até mais,
Mari! xD

PS: Se você tiver alguma informação confiável (se der, manda a fonte pra nóis), posta ai nos comentários que eu também quero saber!!

sábado, 22 de dezembro de 2018

A mudança!

Como eu disse há dois posts atrás, nos mudamos no dia 9. Nós alugamos um carro do Zipcar, um caminhão do U-Haul e subornamos algumas mãos extras com pizza para conseguirmos fazer tudo em cerca de 3h (considerando a distância percorrida entre o nosso apartamento antigo e o atual e a carga/descarga de coisas do apartamento - caminhão - apartamento).

Depois de termos alugado o apartamento e decidido a data da mudança, começamos a nos organizar. Nossa sorte é que uma semana antes da gente, a Lorena e o Marcel se mudaram, então, pegamos as caixas que eles usaram na mudança deles pra usar na nossa! \õ/ inclusive, pegamos algumas caixas com a Toronto Tool Library (para usarmos menos caixas de papelão = menos lixo no mundo \õ/) e também pegamos um Dolly super útil lá (não é o Dolly guaraná, vejam depois no vídeo! haha). 

Passamos a semana antes do dia da mudança encaixotando tudo (ou quase tudo). Decidimos que nossa mudança seria "mudança de preguiçoso", então, não colocamos nossas roupas em caixas/malas e nem tiramos as coisas de algumas gavetas (quando o móvel não ficasse pesado com a gaveta, como nosso móvel de roupas e os criados mudos, não mexemos em nada!). O único móvel que desmontamos no dia anterior foi a cama (tiramos as gavetas, mas deixamos montadas e com o conteúdo dentro. Só embalamos com um plástico de mudança pra não sujar/cair o que tinha dentro). Nossa maior dúvida foi se deixávamos os móveis com as gavetas (que poderiam abrir no transporte) ou tirávamos. Armando optou por deixarmos (pra não ficarmos com espaço morto no caminhão) e foi a melhor opção, de fato! Íamos prender as gavetas com fica, mas a fita que tínhamos era fraca demais e não fazia diferença no processo.

Atualização 10/01: situação da nossa sala um dia antes da mudança

Tendo em vista nossa péssima experiência com a limpeza do nosso primeiro apartamento, reservamos a noite anterior da mudança (sábado) para fazer a limpeza e evitarmos surpresas antes dos móveis chegarem (mas nossa sorte é que o apartamento novo não estava tão sujo como o primeiro \õ/). Chamamos os amigos e, enquanto a Tati e o André ajudavam o Armando e a Rosie com a limpeza, eu, a Corine e o Douglas entramos no Zipcar pra fazer o transporte de algumas coisas pequenas de carro. Nós pensamos em alugar um carro pela AVIS pro fim de semana, como tínhamos feito pra viajar em novembro, mas dessa vez estava mais barato alugar o Zipcar por algumas horas (das 18h às 22h30) do que o AVIS pelo fim de semana (acho que em novembro rolou alguma promoção louca pra gente ter conseguir alugar naquele preço!)

Minha ideia era fazer duas viagens de carro e conseguir levar o máximo de coisas pequenas possíveis pra facilitar a vida no dia seguinte. Mas eu não contava que o caminho entre os dois apartamentos iria ser tão enrolado e acabou que consegui fazer só uma viagem. 

Primeiro eu e o Armando passamos com o carro pra pegar a Tati e o André e levarmos os produtos de limpeza (devíamos ter nos programado pra levar cadeiras, copos e água também). Na volta, peguei a Corine e o Douglas e fomos pro apartamento antigo. Pegamos tudo o que conseguimos colocar dentro do carro (escolhemos um grande pra isso) e voltamos pro apartamento novo. Minha prioridade nesse transporte era a TV e as roupas (que estavam nos cabides. Optamos por não tirar dos cabides: só jogamos tudo por cima no final e foi isso!). 

Quando chegamos no apartamento novo, o time da limpeza já tinha acabado e nos ajudou a levar tudo pra cima, então, foi muito rápido. Tão rápido que eu nem precisei subir pra isso, já fui direto estacionar o carro no Pizza Pizza que tem atravessando a rua e fiquei esperando o pessoal lá. O único problema é que já eram quase 22h30 (a hora que ia acabar nosso aluguel), então, mandei mensagem pedindo pra estender o aluguel por mais uma hora (só é possível fazer isso se ninguém tiver alugado o carro depois de você!)

Comemos pizzas e pão de alho e tivemos que estender nosso Zipcar por mais uma hora! Deixamos cada um em sua respectiva casa (e pegar o Dolly e uma caixa extra da Toronto Tool Library que estavam na casa do André e da Tati) e voltamos pra casa. Estacionamos o Zipcar faltando 5 minutos pra acabar o aluguel, então, tiramos tudo o que tinha dentro do carro correndo e trancamos antes do tempo acabar! Ufa!

Andamos do estacionamento até em casa (a meia noite e meia, diga-se de passagem. Caminho sem encontros, super tranquilo!), terminamos de empacotar as coisas da cozinha (porque estávamos enrolando com isso, já que era a única parte da casa que ainda íamos usar) e fomos dormir!

No dia seguinte (ou seria no mesmo dia?) acordamos cedo pra colocar as coisas da geladeira no carrinho de compras e fomos buscar o caminhão U-Haul! Alugamos um que dizia no site que era pra apartamentos de um quarto. Chegamos lá pouco antes das 9h e estava fechado, com duas pessoas esperando. Quando abriu, entramos e esperamos a nossa vez. Na hora de pagar, a moça (meio grossa) disse que nosso cartão não foi aceito! Achamos muito estranho e tivemos que ligar pra companhia pra ver qual era o problema. Depois de perder alguns minutos no telefone, o atendente falou pro Armando que a moça tinha digitado a data de vencimento errada e por isso não foi aceito -.-' voltamos pra moça, explicamos o ocorrido, ela tentou de novo e, dessa vez, deu certo!! Mas esse pequeno problema não previsto acabou atrasando nossos esquemas.

Armando foi dirigindo (não precisa de carteira especial, a G2 funcionou de boas) o caminhão até o apartamento e a Corine e o Douglas já estavam lá esperando a gente pra colocar tudo pra dentro. O caminhão veio com um Dolly dentro (não sei se incluso ou se por erro deles). Levamos as coisas pra fora do apartamento e para dentro do caminhão. Por sorte estava um dia lindo e ensolarado, então, isso ajudou bastante na mudança! Não tenho ideia do que faríamos se estivesse chovendo <õ> acho que levamos uns 40 min nesse processo todo e fiquei surpresa como coube tudo CERTINHO no caminhão! 

Atualizado dia 10/01: Caminhoneiro

Uhull!

Fim da primeira parte da mudança!



Infelizmente o caminhão só tinha vaga pra 2 pessoas, então, eu e o Armando fomos no caminhão enquanto os incríveis Douglas e a Corine foram nos encontrar no nosso apartamento novo de transporte público. Mas ao chegarmos lá, a segunda equipe já estava a postos esperando pra tirarmos tudo do caminhão e colocarmos tudo dentro do apartamento! Nós tínhamos reservado o elevador das 10h da manhã até a 13h da tarde e chegamos quase meio dia, se não me engano. Enquanto o César, o Armando e o Fernando tiravam as coisas do caminhão e iam colocando no elevador, eu e a Mauren (e alguém que as vezes subia junto) tirávamos do elevador pra colocar no apartamento e começar a organizar as coisas enquanto esperávamos o processo. Eventualmente o Douglas e a Corine chegaram pra ajudar e conseguimos colocar tudo dentro do apartamento exatamente a 13h \õ/

Enquanto o Armando e Douglas foram comprar pizza pro nosso almoço, eu e a Corine ficamos organizando a cozinha e o banheiro e o super casal Mauren e Fernando montaram nossa cama <3 quando a pizza chegou, comemos e logo em seguida o Armando e o Douglas foram devolver o caminhão (tinha que estar de volta antes de 15h30) e levar o Dolly e as caixas pra Toronto Tool Library da St. Clair.

Quando os meninos chegaram (por volta das 18h), a maior parte das coisas já estava em ordem, com praticamente todas as caixas vazias (menos as que tinham coisas do Armando). Só sucesso!!

Agora, há cerca de duas semanas mudados, já estamos curtindo a casa nova, com direito a chegar cedo em casa e sair mais tarde pro trabalho! \õ/

Até mais,
Mari! xD

quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

Projeto 12 dias 7: Dezembro!

Depois de quase duas semanas de casa nova (e uma semana sem internet) estamos com tudo ajeitado já! Em breve farei um post sobre a mudança! xD mas enquanto isso, passei aqui pra deixar registrado o último dia do projeto!!

Tirei essas fotos no dia 7 de manhã, na volta do trabalho, mais ou menos às 9h. A temperatura era de mais ou menos -2 graus Celsius e a sensação térmica era de -6. As fotos mostram um começo de dezembro ensolarado, depois de um novembro beeeem nublado (e chuvoso!), com direito a bater o record de novembro com menos luz solar da história de Toronto. Dá pra notar nas fotos uma discreta tentativa de neve, mas sem muito vigor ainda (já adianto que, infelizmente, até o momento, esse dezembro decepcionou bastante no quesito neve. Ano passado tínhamos mais neve nessa época do ano. Em compensação, está bem menos frio também!). E aqui, vamos as fotos:




Só eu que gostei dessa foto?

Colocaram novas cestas de basquete \õ/ (que tinham tirado no mês anterior)




Só não devolveram minha árvore -.-'

E assim, o projeto chega ao fim!! Acho que dá pra ter uma noção mais ou menos de como as estações mudam a paisagem em um ano na cidade!! xD

Até mais,
Mari! xD

PS: Ficou curioso pra ver as fotos dos outros meses? Só clicar em Janeiro, Fevereiro, Março, Abril, Maio, Junho, Julho, Agosto, Setembro, Outubro e Novembro :D

domingo, 9 de dezembro de 2018

Procurando casas: Segunda temporada!

O ano chegou ao fim e, junto com ele, nosso contrato de aluguel! Nós poderíamos renová-lo se quiséssemos, mas, como estamos trabalhando muito longe do nosso lugar atual, resolvemos que queríamos morar mais perto do trabalho pra gastar menos tempo no transporte. Então, dois meses antes de acabar nosso contrato, informamos o dono do apartamento que iriamos sair.

Começamos nossas buscas de verdade no começo de novembro, apesar de antes disso já termos começado a dar umas olhadas por cima, especialmente na região que queríamos. Nosso objetivo era acha um lugar que ficasse tanto perto do meu trabalho quanto do trabalho do Armando e num preço não tão caro. Além disso, também estávamos querendo dois quartos. Nosso desafio ficou por conta da falta de tempo de ir olhar apartamentos (diferentemente da primeira busca, que tínhamos todo o tempo do mundo, mas não tanto dinheiro e nem conhecíamos nenhuma região. Agora, sabíamos onde é bom e ruim aqui, tínhamos como comprovar renda, mas não tínhamos tempo de fazer uma busca mais profunda).

Com a ajuda do Google maps, achamos a região ideal e, no começo de novembro, achamos um bom apartamento que queríamos mudar. Visitamos o local e a moça nos informou os documentos que precisávamos pra mudar: carta do empregador (informando salário, posição e se o contrato é temporário ou permanente), dois documentos do banco (um autorizando o débito automático e um cheque com o valor do primeiro e último aluguéis) e documentos de identidade.

Depois de ter Express Entry feelings de volta, pedimos nossas cartas pro empregador com as informações necessárias. A do Armando ficou pronta no mesmo dia. A minha, foi uma novela. Falei com a supervisora e ela disse pra entrar em contato com o RH, que, por acaso, não fica no Canadá. Então, só dá pra entrar em contato por e-mail. Mandei e-mail pra eles na segunda, na terça responderam que eu tinha que preencher um formulário. Mandei na terça e... nada. Na quinta reenviei o formulário e perguntei quanto tempo demorava pra ficar pronto. Na outra segunda mandei um modelo de carta de internet (bem simples. A pessoa ia gastar menos de dois minutos preenchendo). Na terça, liguei de novo pro apartamento que estávamos interessados, pra ver se ainda estava disponível. NÃO ESTAVA! Minha carta chegou na quarta-feira.

Começou a bater o desespero, porque já era fim de novembro e, tecnicamente, não teríamos onde morar a partir de primeiro de janeiro. Já pensando que ficaríamos sem teto e queimaríamos nossos móveis pra não morrer de frio. Mesmo considerando falar com o dono do nosso atual apartamento pra ficarmos mais tempo, retomamos a busca.

Dessa vez, tentamos fazer o cálculo financeiro do que valia a pena: ficar onde estamos e comprar dois carros (fora de cogitação); mudar pra perto de um dos dois trabalho e comprar um carro (possível, mas só se o aluguel fosse muito mais barato. Tipo, quase a mesma coisa que pagamos agora - $1500,00. Olhamos apartamentos em Markham, Vaughan e Richmond Hill, mas não achamos nenhum que valesse a pena nesse sentido); ou morar na região que já tínhamos pesquisado pagando um aluguel maior e continuar usando transporte público.

A diferença de buscar muito antes (como a gente já vinha olhando desde outubro), é que podem aparecer oportunidades que antes não tinha. Mas também, pode-se perder oportunidades que estão lá há mais tempo. No nosso caso, apareceram duas outras oportunidades boas, perto da região onde estávamos olhando. Então, no meu primeiro dia de férias, fomos lá olhar.

A empresa é a mesma que administra nosso atual prédio. Fomos no primeiro prédio, onde dizia no site que tinha um apartamento disponível pra primeiro de janeiro e a moça disse que ele não estava mais disponível! Mas que no outro prédio tinha um pra mudança imediata. Então, fomos lá olhar.

Apesar de estar reformado e com fogão e geladeira novos, o apartamento ainda tinha um ar meio velho (possivelmente por causa dos ventiladores de teto antigos haha, da sujeira e das portas dos guarda-roupas, mas estas serão trocadas ainda). Os quartos eram bem maiores do que o outro apartamento que tínhamos ido ver, bem como a sacada. A cozinha é menor do que a nossa atual (menos espaço pra limpar!! haha) e o banheiro é basicamente igual. Os armários também são menores do que o nosso agora. Mas o mais legal (e o que era mais importante pra gente, afinal de contas) foi a localização: temos um shopping disponível ao atravessar a rua (que já vimos que tem academia, Canadian Tire e mercado No Frills, além, óbvio, de Dollarama, Tim Hortons, McDonalds, Subway, uma padaria e vários restaurantes que poderemos usufruir sempre que estivermos com preguiça de cozinhar e lojas de roupas e sapatos, mas esses dois não são tão importantes). Atravessando a outra rua, temos Pizza Pizza, KFC e muitas outras lojinhas. Podemos pegar ônibus pro nossos trabalhos na avenida na frente de casa ou na que cruza ela, que fica ao lado do shopping, então, podemos andar no quentinho do shopping ao invés de caminhar (menos de 10 minutos, diga-se de passagem) no frio. Nessa avenida também podemos pegar ônibus pra ir pro metrô (menos de 10 minutos de distância), o que ainda nos dá um bom acesso a todo o resto de Toronto. Também temos um Community Center não muito longe.

Falamos que estávamos interessados, mas a moça disse que, como a entrada era imediata, até poderíamos aplicar pra primeiro de janeiro, mas, se alguém aparecesse pra entrar antes, eles dariam preferência. Depois de passear pelo shopping pra decidir, resolvemos alugar o apartamento pra primeiro de dezembro, pra não perdermos a oportunidade. Fomos ao banco (também só atravessar a rua) pra pegar os documentos de lá e voltamos pra aplicar. Enquanto estávamos esperando a nossa vez pra sermos atendidos, tinha uma outra pessoa lá peguntando sobre os apartamentos de 1 e 2 quartos disponíveis (ai que tensão!). Assim que ele saiu, preenchemos os documentos e ela disse que iria retornar até segunda com a resposta se fomos aceitos. 

Na sexta de manhã ela já nos ligou e disse que fomos aprovados! \õ/ combinamos de ir pegar as chaves e assinar os documentos do aluguel na sexta seguinte e, assim, acabamos com dois apartamentos alugados ao mesmo tempo por um mês (o nosso atual e o novo). Foi uma facada no orçamento, mas, tempos difíceis requerem atitudes desesperadas haha

A mudança está acontecendo neste momento (9 de dezembro) e, numa outra oportunidade, volto aqui pra dizer como foi!

Até mais,
Mari! xD

PS: Dicas aprendidas esse ano na busca de apartamentos:

- Já comece a busca com as cartas dos empregadores (ou outros comprovantes de trabalho/dinheiro) e cópias de documentos de identificação em mãos, para, assim que achar um apartamento interessante, já aplicar imediatamente.

- Não de desespere! Não precisa começar a procurar apartamentos muito antes! Uns 2 meses de antecedência ou menos é o ideal.

- Os sites, em geral, estão desatualizados. Tanto com relação a oportunidades disponíveis e, principalmente, com relação ao preço! Queria que ainda fosse igual antigamente, que tinha os anúncios reais nos classificados dos jornais (existe isso ainda?), ao invés de ter vários anúncios interessantes, mas esquecidos na internet que ninguém nunca atualiza. Dessa vez, usamos muito o walk score e os sites das empresas, direto. Mas também demos olhadas no Kijiji e no View it.

- Descobrimos a diferença entre rental e condo: o rental é um apartamento para alugar administrado por uma companhia; o condo, é um apartamento para alugar direto com o proprietário (ou com a ajuda de um agente imobiliário).

PS2: pra vocês terem uma ideia de como os preços de aluguéis aqui estão subindo loucamente. Em janeiro de 2018 começamos a morar onde estamos agora e pagávamos $1500,00 de aluguel, que, de todo mundo que chegou na mesma época que a gente, era o mais barato. Quando dissemos que íamos sair, o aluguel pro morador novo seria de $1700,00 para janeiro de 2019!

PS3: ficamos bem tristes de sair do nosso apartamento atual, porque a região é ótima e os preços são bem bons (descobrimos isso em várias ocasiões ao falar com as pessoas locais). Vou deixar a dica pra quem estiver vindo: moramos em East York, perto da Main Street Station. Mas se olhar relativamente perto de qualquer metrô da Danforth (até uns 10 minutos de caminhada de distância. Sugiro alugar algum lugar que tenha ponto de ônibus na porta, se não for muito perto do metrô), tem apartamentos (e mesmo casas!) em preços bem bons pra alugar. A região não parece uma cidade grande, mas é muito bem estruturada com tudo o que você precisa perto e com todas as vantagens de cidade grande (como, por exemplo, metrô). Tem fácil acesso ao centro de Toronto (pelo metrô) e toda a região leste da cidade, então, é bom pra quem tiver empregos nessas regiões.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

Um ano de Canadá! S2

Hoje faz um ano que chegamos aqui! Não dá nem pra acreditar como passou rápido! Mas ao mesmo tempo que às vezes parece que a gente chegou ontem aqui, também sentimos que vivemos a vida inteira do lado de cá já.

Foi um ano bastante intenso e de muitas mudanças, muitas coisas novas e muitos aprendizados. E é bom poder ver o quanto já avançamos com nossas vidas aqui. Agora nossas vidas já estão mais estabilizadas e entrando numa rotina. A maior conquista foi conseguirmos começar a fechar nossas contas! Acho que isso é o maior desafio pra quem chega!

Eu aprendi que trabalhar de noite não é tão ruim assim. Demora um pouco pra adaptar, mas depois que adapta, flui como se trabalhasse de dia. Já não tenho mais sono de noite durante a semana e no fim de semana tento dar uma esticada nos horários pra conseguir aproveitar o dia, então, está funcionando bem. Tão bem que às vezes eu me pergunto se um dia eu vou realmente querer mudar pra trabalhar de dia onde eu trabalho agora ou em outro lugar (porque o lugar onde eu trabalho é muito bom, as pessoas e os supervisores são muito legais e gente boa, o salário é bom o suficiente pra nós no momento e esse tipo de combinação pode ser difícil de achar de novo. O único desafio é o horário diferente, mas que já está adaptado e também tem suas vantagens, como dias da semana de folga onde eu posso fazer coisas - tipo voluntário e aulas - que eu não conseguiria caso trabalhasse em horário convencional e era uma coisa que me frustrava um pouco no Brasil: querer fazer coisas e não ter horário. Em compensação, com isso, minha vida tem ficado muito movimentada!)

Tivemos muitas experiências únicas e especiais e que vão ficar na memória. E, também com muita sorte, encontramos amigos tão bons quanto os que tínhamos no Brasil, que com certeza tem feito tudo ficar mil vezes mais fácil e divertido <3 (na verdade, antes de virmos, acho que esse era nosso maior medo e preocupação, mais ainda do que dinheiro: será que vamos encontrar gente legal e com os mesmos interesses que a gente?). E é muito bom ver que em um ano já conhecemos várias coisas aqui, já sabemos andar sem se perder, temos noção pra que lado fica cada coisa.

Às vezes a saudade ainda bate, mas nada que um whatsapp ou skype que não resolva. Ao mesmo tempo, a vontade de voltar pro Brasil é zero e, até o momento, temos certeza que fizemos a melhor decisão que podíamos ter feito em vir pra cá e começar uma vida nova (especialmente depois das eleições). Com certeza aqui temos oportunidades melhores pra tudo e uma qualidade de vida que jamais teríamos no Brasil. Vivemos num lugar maior, estamos os dois trabalhando em bons empregos regularizados certinho, com benefícios tipo plano de saúde e de aposentadoria, não temos preocupação nenhuma com segurança (mesmo eu voltando de madrugada ou indo trabalhar com transporte público quando está escuro) ou com qualquer outro absurdo que víamos diariamente no Brasil, a mídia aqui não tem tanto aquele sentimento negativo, de tragédia e de querer assustar a população igual é no Brasil (eles reportam coisas ruins, não se engane. Mas não tem aquela apelação de tragédia ou coitadismo. Fazem de uma forma mais profissional, avaliando todos os lados da situação e geralmente mostram soluções que estão sendo tomadas pra resolver o problema).

Mas às vezes também me pergunto se Toronto foi a melhor escolha. A cidade é ótima e tem muitas coisas legais e diferentes, o único problema é que é tão boa que todo o mundo (literalmente) quer vir pra cá, elevando o custo de vida aqui (a.k.a, preços dos alugueis), que é mais alto do que em outras cidades. O último ano foi marcado com Toronto sempre batendo recordes de aumento de preços de aluguéis e as expectativas é que as políticas recentes do mini Trump governador de Ontário não vão ajudar muito no controle, mas isso são cenas dos próximos capítulos. E o aluguel é o custo que come a maior parte do nosso salário (e de todas as outras pessoas), sem dúvida nenhuma. Por outro lado, não tenho certeza se teríamos conseguido os empregos que temos em outra cidade (e não teríamos como pagar um aluguel mais baixo sem emprego, né?) e com certeza não teríamos conhecido as pessoas que conhecemos aqui (que provavelmente vão ser a causa de ficarmos por aqui mesmo, no final das contas). E, no final das contas, mesmo com o aluguel caro, ainda temos conseguido guardar um dinheiro no final do mês, o que está ajudando a recuperar o que gastamos nos primeiros meses e até fazendo a gente pensar se não vale a pena investir numa casa num futuro próximo (pra fugirmos dos aluguéis caros), coisa que jamais pensávamos em fazer no Brasil.

Em nenhum momento o clima foi um problema pra gente aqui, é tudo questão de adaptação e se vestir apropriadamente. Achei até incrível todas as mudanças ao longo do ano, o que é muito mais legal do que todo dia ser sempre aquela mesma coisa de sol e calor ou sol e um pouco de frio. A vida fica mais dinâmica e faz você querer aproveitar cada momento daquela época. Exceto quando chove. As chuvas são um problema. Eu esperava que Toronto chovesse menos do que chove e nevasse mais do que neva, mas infelizmente estava enganada (ou será que foi só azar desse ano). E se eu já acho que Toronto choveu muito, imagina em Vancouver? <õ> (Toronto > Vancouver xD)

Agora que fizemos um ano aqui, acredito que os posts do blog vão ficar menos frequentes (talvez um ou dois por semana), tanto porque já não tem mais tanta novidade ou coisa diferente assim pra contar, quando porque cada vez mais eu temos menos tempo pra parar e escrever. Ao mesmo tempo, é divertido vir aqui escrever, então, ainda não sabemos bem como as coisas vão ficar! Mas por enquanto, ainda temos alguns posts planejados, então...

Até mais,
Mari e Armando! xD

domingo, 2 de dezembro de 2018

Fériaaasss!! \õ/ Lake Simcoe - The Briars

Como eu tinha 2 dias de férias pra usar esse ano, eu e o Armando decidimos fazer uma pequena Roadtrip pra algum lugar aqui por perto de Toronto. Minha ideia inicial era ir pro Algonquin Park (mais especificamente para o Couples Resort), mas ele fica mais de 3h de viagem daqui, então, acabamos cortando da lista (porque queríamos curtir nossa estadia e não ficar na estrada nas nossas curtas férias).

Começamos então a pesquisar alguns Resorts com pacotes de Get Away, fizemos uma listinha com 5 opções. Selecionamos o melhor pra entrar em contato pra alugar um quarto. Mandamos e-mail pro St. Anne Spa, mas eles responderam que já estavam lotados pro dia que a gente queria! Que o ideal é entrar em contato de 6 a 8 semanas antes da data pra achar vaga (e a gente começou a entrar em contato com cerca de 3 semanas antes da viagem)!! Então, fomos para as outras opções da lista.

Gostamos muito de dois lugares perto do Lake Simcoe, o quarto maior lago de Ontario e que fica a cerca de 1h de viagem de carro daqui. Mandamos e-mail pro Fern Resort e descobrimos que ele  também estava lotado pro fim de semana que queríamos. Mas dessa vez, por causa de um evento que ia ter na mesma data!! Ficamos bastante chocados e com medo de não achar um lugar pra viajar, já que em todos os lugares ouvíamos falar que novembro era o melhor mês pra viajar porque geralmente as cosias são mais baratas porque ninguém viaja, então, não esperávamos achar dois lugares lotados logo de cara!

Nossa próxima opção foi o The Briars que, por sorte, tinha quarto disponível pra quando a gente queria!!! \õ/ Não perdemos tempo em reservar =D escolhemos um pacote com café da manhã e jantar inclusos e pegamos um quarto com lareira dentro do próprio resort mesmo (eles também tem opções de chalés na beira do lago), porque pensamos que não seria muito boa ideia encarar o frio sempre que quiséssemos comer ou fazer coisas no Resort propriamente dito. O pacote pra duas noites, dias pessoas ficou por $951.23, sendo necessário um depósito de $200,00 pra confirmar a reserva.

Alugamos um carro pela AVIS. Pegamos uma promoção SENSACIONAL pelo cartão membership do Costco, que fez o aluguel de um carro estilo Golf por 3 dias ser de $100,00, com direito a motorista adicional. Ao chegarmos na sexta a noite pra pegar o carro, tivemos um Upgrade na hora de graça pra um Jeep Renegade pelo mesmo preço! Não fizemos o seguro de carro da companhia, porque nosso cartão de crédito tem esse benefício incluso, então, não tivemos nenhum acréscimo no valor!

Seguimos viagem rumo ao norte, pegando um pouco de trânsito na saída de Toronto, mas nada de mais. Chegamos no destino por volta das 20h da noite, que era o horário marcado pro nosso primeiro jantar. Descobrimos que no Briars também estava tendo um evento de alguma empresa (ou algum congresso, não sei dizer, mas tinha muita gente com crachá), além de uma comemoração familiar de 62 anos de casados de um casal (a gente chega lá!). Então, acho que éramos uns dos únicos hóspedes "aleatórios" de todo o resort.

A janta inclusa correspondia a uma entrada, prato principal, sobremesa e bebidas não alcoolicas. Pulamos a entrada e ficamos "só" com o prato principal, sobremesa e sucos, que já era o suficiente pra deixar a gente muito cheios! O valor da nossa refeição, se não tivesse inclusa no pacote, teria sido de mais de $88.00 (então, achamos que valeu a pena comprar o pacote com comida inclusa)

Depois saímos andando pelo prédio pra conhecer a área. A construção é muito arrumada e preservada, bem característica de casas antigas de 1800, com direito a escritório em frente a uma biblioteca, sala de visita com lareira crepitante (e um piano e um quebra-cabeça semi montado), salão de jogos (totó, pingue pongue, sinuca, dardos e um jogo que eu não sei o nome mas tem em todo lugar aqui), uma torre com vista pra toda a propriedade e piscina, hidromassagem e sauna internas.

Após uma boa noite de sono, acordamos cedo pra um café da manhã sensacional all you can eat típico canadense, com pacakes, french toast (finalmente descobri o que é isso haha), bacon, ovos, batatas (nunca entendi), torradas, croissant, frutas, yogurte, café, bolo, leite, suco e muitas outras coisas (se não tivesse incluso no pacote, sairia por $17,00 por pessoa)!

O Resort tem algumas coisas programadas para os hóspedes, então, aproveitamos pra ir pra caminhada pela propriedade com um guia às 11h da manhã. Como esperado, os hóspedes eram eu e o Armando haha então, lá fomos nós dois com a guia (que descobrimos que era a gerente do hotel) conhecer a região. Ela ficou bem feliz que a gente queria fazer o passeio e mostrou toda a área, explicando que antigamente a propriedade era bem maior, mas com o passar dos anos foram vendendo as terras e depois transformaram em Resort. Pouco depois de meio dia chegamos de volta no hotel e fomos fazer nosso primeiro boneco de neve canadense \õ/ xD (depois que o Armando conquistou o ginásio pokémon do hotel). Estava um dia bem agradável e não muito frio (a ponto de não precisar de luvar pra fazer o boneco de neve), apesar de ter chovido um pouco enquanto estávamos na caminhada.

Depois, entramos no hotel e fomos almoçar. Pedimos uma salada e um sanduíche com batata frita (dividimos todos os pratos) e chá e ficou por volta de $40.00 (que tivemos que pagar na hora). Durante a tarde, ficamos jogando um boardgame que levamos (tínhamos esperança de conhecer pessoas que quisessem jogar conosco, mas não achamos ninguém :( o legal é que o resort tem uma pequena seleção disponível pros hóspedes jogarem xD claro que basicamente é composto de scrabble e trivia, mas valeu a tentativa). Eu tinha a intenção de participar da atividade programada das 16h, que seria Yoga, mas como sabia que eu seria a única lá (já que o Armando não queria ir comigo) e como a jogatina estava boa, desisti e passamos a tarde toda jogando mesmo.

No começo da noite fomos pra piscina/hidromassagem/sauna e depois fomos nos arrumar pro jantar, já que quando reservamos o quarto nos disseram que sábado de noite teria uma festa com DJ e que não podia ir com qualquer roupa. Descemos pro jantar (incluso no pacote xD) e, depois de comer, fomos dar uma espiada na festa que estava tendo. Tinha meia dúzia de pessoas (mais velhas) dançando ao som do DJ, que estava basicamente tocando as músicas que meu pai sempre dizia que eram as que ele dançava nas festas quando ele saía pros bailes de Porecatu.

Resolvemos descer pro salão de jogos, onde passamos o resto da noite jogando pebolim, dardos e pingue pongue, até ficarmos cansados do dia e resolvermos ir dormir.

No nosso último dia, tínhamos agendado uma sessão de massagem para casais por $200,00 no spa do resort. Então, depois do café da manhã, nos encaminhamos pra lá. Tivemos nossa massagem relaxante, comemos uns cookies e voltamos pro quarto pra pegar nossas coisas pra irmos embora!!

Foi um excelente final de semana relaxante que a gente resolveu se dar de presente, depois de todo nosso esforço e economias ao longo dos últimos anos! Acho que foi um bom fechamento de um ciclo (primeiro ano de vida nova), pra começarmos um melhor ainda nas nossas vidas =D

Vista da janela

Blue Jay (acho que vai se tornar meu pássaro preferido <3)!

Que lugar aconchegante com lareira crepitante, um quebra-cabeça emocionante e um SPA relaxante! tá, parei xD (ahh, o Natal! <3)

Quebra-cabeça com as peças mais incríveis e desafiadoras que já vi!

Café da manhã canadense

=D

Fogueira que fica acesa de noite (e algumas pessoas estavam realmente sentadas ao redor conversando, mesmo com temperaturas negativas do lado de fora!)


Corredor
 
Caminhada

Riozinho semi-congelado
 
O Resort

Caminho da praia do Resort xD

Pronta pra piscina (sim, eu só escolhi esse quarto porque tinha lareira e roupão incluso hahah)

Canudo de papel!!!!!!!!!!!!!

Nosso primeiro boneco de neve canadense!

Boneco de neve em construção (foto fora de ordem)

Lake Simcoe

Jantar chique e romântico com uma vista incrível e uma comida sensacional <3

Até mais,
Mari! xD