Enquanto estávamos nos preparando para nossa prova do IELTS, decidimos também iniciar o processamento da equivalência dos nossos diplomas (o Educational Credential Assessment, para os íntimos, ECA report).
Fica a dica: no site do CIC (site oficial do Canadá em que você encontra tudo de tudo o que precisa saber para ir pra lá. Recomendo lê-lo e relê-lo caso queira entrar em algum processo) tem tudo detalhado, mas vou contar como foi minha experiência.
Sempre víamos as pessoas falarem sobre o ECA em grupos do facebook (recomendo o SOS vistos e imigração para o Canadá) e quando eu lia os relatos, sempre achei meio confuso de entender como é o processo. Existem várias empresas que fazem essa equivalência, mas as mais comuns que eu vejo o pessoal contratando são o WES e o IQAS. Nos sites das empresas tem bem explicado como deve ser feito o processo, mas, como não queríamos ter chances de erros, contratamos uma empresa que nos auxiliou no processo: basicamente eles "mastigaram" tudo o que a gente precisava saber e, se ainda assim tivéssemos dúvida, eles respondiam. Eles recomendaram fazermos pelo IQAS, porque, segundo eles, como sou veterinária, eles equivalem o curso como "professional degree" (que dá mais pontos no Express Entry), enquanto o WES equivaleria como "bachelor degree".
Começamos o contato com a empresa em junho. Marcamos uma consulta pelo skype, onde nos foi explicado como funcionaria o processo. Mandamos nosso documentos para tradução juramentada (nossos diplomas e históricos da graduação, mestrado dele e residência minha. Não precisamos mandar o do curso técnico do Armando). Pedi orçamento para várias empresas em Brasília e acabei contratando a Carol Rossi. Recomendo muito o trabalho dela, ela é super rápida com as traduções e o preço é bom - foi a segunda mais barata que eu encontrei. Depois, preenchemos os formulários no site do IQAS para podermos mandar nossa aplicação.
As datas exatas ao longo do nosso processamento ficaram um pouco perdidas, mas, como não tínhamos tanta pressa já que nosso IELTS seria só em dezembro, a data final da aplicação foi dia 10 de novembro (pagamos 290,00 CAD). Agora, só faltava preparar os documentos para o envio.
O envio dos documentos é a parte mais chatinha. Porque, teoricamente, nós tínhamos que enviar os nossos documentos em um envelope (cópias das traduções juramentadas, com um formulário que tem que ser preenchido e cópias dos documentos em português) e a universidade tem que enviar outros documentos (o histórico em português e um formulário assinado) em outro envelope, que tem que ser timbrado e com carimbos na aba de fechamento para "provar" que foram eles que fecharam e enviaram.
Se fosse só isso era fácil, mas como nós nos formamos em universidades públicas, então, por questões burocráticas e financeiras, é claro que eles não iriam enviar. O recomendado, nesses casos, foi nós irmos até a universidade, pedir para eles colocarem o histórico num envelope timbrado, junto com o formulário que o IQAS pede pra eles assinarem (que basicamente é pra comprovar que o documento é oficial) e carimbarem a aba do envelope depois de fechado. Depois disso, nós deveríamos enviar o envelope da universidade num malote diferente do envelope que a gente tem que enviar, pra dizer que foi a universidade que enviou, e não nós. Além disso, o envelope da universidade deveria ser enviado da mesma cidade em que ela fica (porque, afinal, foi "ela" quem enviou, então, eles podem achar estranho se for de cidade diferente). Viu como é chato?
Se fosse só isso era fácil, mas como nós nos formamos em universidades públicas, então, por questões burocráticas e financeiras, é claro que eles não iriam enviar. O recomendado, nesses casos, foi nós irmos até a universidade, pedir para eles colocarem o histórico num envelope timbrado, junto com o formulário que o IQAS pede pra eles assinarem (que basicamente é pra comprovar que o documento é oficial) e carimbarem a aba do envelope depois de fechado. Depois disso, nós deveríamos enviar o envelope da universidade num malote diferente do envelope que a gente tem que enviar, pra dizer que foi a universidade que enviou, e não nós. Além disso, o envelope da universidade deveria ser enviado da mesma cidade em que ela fica (porque, afinal, foi "ela" quem enviou, então, eles podem achar estranho se for de cidade diferente). Viu como é chato?
Então, fomos atrás das universidades para termos nossos documentos. Achei que ia ser "fácil", mas quando cheguei lá e expliquei a situação na secretaria (que estava fazendo a equivalência do meu diploma no Canadá e eles pediam pra enviar os documentos dessa forma), o pessoal da secretaria achou meio esquisito e não quis assinar a folha que eu levei (que era em inglês e ninguém lá sabia inglês pra saber o que estavam assinando, mesmo eu explicando), que quem deveria assinar era a coordenadora do curso, mas ela só estaria lá num dia específico x, que eu teria que voltar depois. Mas sabendo que ela dava aula antes desse dia que eles falaram, fui lá pra tentar encontrar ela no intervalo. Deu certo! E ela mal leu o documento, assinou e fiquei feliz com essa primeira vitória \õ/ (essa parte por si só já não é fácil, mas acrescente a isso ainda ter que pedir folga no trabalho todas as vezes que precisei ir a universidade pra resolver essas coisas e fica mais complexo o esquema ainda -.-')
Enviei meus documentos todos pela empresa DHL e no dia 01/12/2016 recebi um email do IQAS dizendo que eles os tinham recebido e que iriam processá-los. No dia 15/12/2016 eles me mandaram um tracking number dizendo que tinham enviado meus resultados pro meu endereço e que eu iria recebê-los em breve. O problema foi que eles colocaram meu endereço errado -.-' ao invés de colocarem "Brazil", colocaram "México"! Então, meus documentos deram uma passeada pelo México antes de alguém ver que o endereço não ficava no México e mandarem pro Brasil (e eu acompanhando pelo código de rastreio e não entendendo nada porque diabos estava rodando o México). Quando recebi a carta deles, vi que minha graduação contou mesmo como "professional degree", mas minha residência não contou como pós, porque eles consideram como programa de treinamento e eles não fazem esse tipo de equivalência (mas depois disso eu descobri que a pontuação do "professional degree" é a mesma de quem tem mestrado, então, nem iria fazer diferença se contasse como pós, já que mestrado dá mais pontos :) além disso, a residência pode ser usada como experiência de trabalho, por eu ter recebido bolsa).
Os documentos do Armando foram ainda mais chatos de conseguir. Como ele se formou no Rio, esperamos até nossa viagem marcada para o dia 15 de dezembro para irmos até a universidade dele pedir o histórico e a assinatura (torcendo pra não terem entrado de recesso e encontrarmos tudo fechado). Como a secretaria do mestrado e da graduação são diferentes, tivemos que passar nas duas para pedir os históricos. A assinatura foi ainda mais difícil, porque uma secretaria jogava pra outra, que jogou pra sessão de assuntos internacionais, que disse que não era lá. Rodamos a universidade inteira até que por fim ele pediu pro orientador do mestrado dele (que por acaso estava lá) e que também é o coordenador do mestrado e ele assinou o documento. Ufa! Foi difícil, mas conseguimos.
Então, procuramos uma DHL no Rio para podermos enviar a parte dos documentos da universidade dele (o envelope pessoal já tínhamos enviado junto com o meu de Brasília). Assim que receberam o malote da universidade, ele recebeu um email do IQAS avisando que iam começar o processamento dele. Colocaram o endereço de casa certo no resultado dele, então, ele recebeu sem problemas (antes de mim, inclusive!). O diploma de engenheiro contou como "Bachelor's of Science degree de 4 anos com foco em engenharia mecânica" e o mestrado equivaleu a um "master's degree" :D
Essa fase da documentação foi muito estressante e desgastante! Mas foi só o passo inicial para começarmos o processo mesmo.
Até mais!
Mari =D
Os documentos do Armando foram ainda mais chatos de conseguir. Como ele se formou no Rio, esperamos até nossa viagem marcada para o dia 15 de dezembro para irmos até a universidade dele pedir o histórico e a assinatura (torcendo pra não terem entrado de recesso e encontrarmos tudo fechado). Como a secretaria do mestrado e da graduação são diferentes, tivemos que passar nas duas para pedir os históricos. A assinatura foi ainda mais difícil, porque uma secretaria jogava pra outra, que jogou pra sessão de assuntos internacionais, que disse que não era lá. Rodamos a universidade inteira até que por fim ele pediu pro orientador do mestrado dele (que por acaso estava lá) e que também é o coordenador do mestrado e ele assinou o documento. Ufa! Foi difícil, mas conseguimos.
Então, procuramos uma DHL no Rio para podermos enviar a parte dos documentos da universidade dele (o envelope pessoal já tínhamos enviado junto com o meu de Brasília). Assim que receberam o malote da universidade, ele recebeu um email do IQAS avisando que iam começar o processamento dele. Colocaram o endereço de casa certo no resultado dele, então, ele recebeu sem problemas (antes de mim, inclusive!). O diploma de engenheiro contou como "Bachelor's of Science degree de 4 anos com foco em engenharia mecânica" e o mestrado equivaleu a um "master's degree" :D
Essa fase da documentação foi muito estressante e desgastante! Mas foi só o passo inicial para começarmos o processo mesmo.
Até mais!
Mari =D