segunda-feira, 31 de julho de 2017

Eca report: IQAS (equivalência de diploma)

Enquanto estávamos nos preparando para nossa prova do IELTS, decidimos também iniciar o processamento da equivalência dos nossos diplomas (o Educational Credential Assessment, para os íntimos, ECA report).

Fica a dica: no site do CIC (site oficial do Canadá em que você encontra tudo de tudo o que precisa saber para ir pra lá. Recomendo lê-lo e relê-lo caso queira entrar em algum processo) tem tudo detalhado, mas vou contar como foi minha experiência.

Sempre víamos as pessoas falarem sobre o ECA em grupos do facebook (recomendo o SOS vistos e imigração para o Canadá) e quando eu lia os relatos, sempre achei meio confuso de entender como é o processo. Existem várias empresas que fazem essa equivalência, mas as mais comuns que eu vejo o pessoal contratando são o WES e o IQAS. Nos sites das empresas tem bem explicado como deve ser feito o processo, mas, como não queríamos ter chances de erros, contratamos uma empresa que nos auxiliou no processo: basicamente eles "mastigaram" tudo o que a gente precisava saber e, se ainda assim tivéssemos dúvida, eles respondiam. Eles recomendaram fazermos pelo IQAS, porque, segundo eles, como sou veterinária, eles equivalem o curso como "professional degree" (que dá mais pontos no Express Entry), enquanto o WES equivaleria como "bachelor degree".

Começamos o contato com a empresa em junho. Marcamos uma consulta pelo skype, onde nos foi explicado como funcionaria o processo. Mandamos nosso documentos para tradução juramentada (nossos diplomas e históricos da graduação, mestrado dele e residência minha. Não precisamos mandar o do curso técnico do Armando). Pedi orçamento para várias empresas em Brasília e acabei contratando a Carol Rossi. Recomendo muito o trabalho dela, ela é super rápida com as traduções e o preço é bom - foi a segunda mais barata que eu encontrei. Depois, preenchemos os formulários no site do IQAS para podermos mandar nossa aplicação.

As datas exatas ao longo do nosso processamento ficaram um pouco perdidas, mas, como não tínhamos tanta pressa já que nosso IELTS seria só em dezembro, a data final da aplicação foi dia 10 de novembro (pagamos 290,00 CAD). Agora, só faltava preparar os documentos para o envio. 

O envio dos documentos é a parte mais chatinha. Porque, teoricamente, nós tínhamos que enviar os nossos documentos em um envelope (cópias das traduções juramentadas, com um formulário que tem que ser preenchido e cópias dos documentos em português) e a universidade tem que enviar outros documentos (o histórico em português e um formulário assinado) em outro envelope, que tem que ser timbrado e com carimbos na aba de fechamento para "provar" que foram eles que fecharam e enviaram.

Se fosse só isso era fácil, mas como nós nos formamos em universidades públicas, então, por questões burocráticas e financeiras, é claro que eles não iriam enviar. O recomendado, nesses casos, foi nós irmos até a universidade, pedir para eles colocarem o histórico num envelope timbrado, junto com o formulário que o IQAS pede pra eles assinarem (que basicamente é pra comprovar que o documento é oficial) e carimbarem a aba do envelope depois de fechado. Depois disso, nós deveríamos enviar o envelope da universidade num malote diferente do envelope que a gente tem que enviar, pra dizer que foi a universidade que enviou, e não nós. Além disso, o envelope da universidade deveria ser enviado da mesma cidade em que ela fica (porque, afinal, foi "ela" quem enviou, então, eles podem achar estranho se for de cidade diferente). Viu como é chato?

Então, fomos atrás das universidades para termos nossos documentos. Achei que ia ser "fácil", mas quando cheguei lá e expliquei a situação na secretaria (que estava fazendo a equivalência do meu diploma no Canadá e eles pediam pra enviar os documentos dessa forma), o pessoal da secretaria achou meio esquisito e não quis assinar a folha que eu levei (que era em inglês e ninguém lá sabia inglês pra saber o que estavam assinando, mesmo eu explicando), que quem deveria assinar era a coordenadora do curso, mas ela só estaria lá num dia específico x, que eu teria que voltar depois. Mas sabendo que ela dava aula antes desse dia que eles falaram, fui lá pra tentar encontrar ela no intervalo. Deu certo! E ela  mal leu o documento, assinou e fiquei feliz com essa primeira vitória \õ/ (essa parte por si só já não é fácil, mas acrescente a isso ainda ter que pedir folga no trabalho todas as vezes que precisei ir a universidade pra resolver essas coisas e fica mais complexo o esquema ainda -.-')

Enviei meus documentos todos pela empresa DHL e no dia 01/12/2016 recebi um email do IQAS dizendo que eles os tinham recebido e que iriam processá-los. No dia 15/12/2016 eles me mandaram um tracking number dizendo que tinham enviado meus resultados pro meu endereço e que eu iria recebê-los em breve. O problema foi que eles colocaram meu endereço errado -.-' ao invés de colocarem "Brazil", colocaram "México"! Então, meus documentos deram uma passeada pelo México antes de alguém ver que o endereço não ficava no México e mandarem pro Brasil (e eu acompanhando pelo código de rastreio e não entendendo nada porque diabos estava rodando o México). Quando recebi a carta deles, vi que minha graduação contou mesmo como "professional degree", mas minha residência não contou como pós, porque eles consideram como programa de treinamento e eles não fazem esse tipo de equivalência (mas depois disso eu descobri que a pontuação do "professional degree" é a mesma de quem tem mestrado, então, nem iria fazer diferença se contasse como pós, já que mestrado dá mais pontos :) além disso, a residência pode ser usada como experiência de trabalho, por eu ter recebido bolsa).

Os documentos do Armando foram ainda mais chatos de conseguir. Como ele se formou no Rio, esperamos até nossa viagem marcada para o dia 15 de dezembro para irmos até a universidade dele pedir o histórico e a assinatura (torcendo pra não terem entrado de recesso e encontrarmos tudo fechado). Como a secretaria do mestrado e da graduação são diferentes, tivemos que passar nas duas para pedir os históricos. A assinatura foi ainda mais difícil, porque uma secretaria jogava pra outra, que jogou pra sessão de assuntos internacionais, que disse que não era lá. Rodamos a universidade inteira até que por fim ele pediu pro orientador do mestrado dele (que por acaso estava lá) e que também é o coordenador do mestrado e ele assinou o documento. Ufa! Foi difícil, mas conseguimos.

Então, procuramos uma DHL no Rio para podermos enviar a parte dos documentos da universidade dele (o envelope pessoal já tínhamos enviado junto com o meu de Brasília). Assim que receberam o malote da universidade, ele recebeu um email do IQAS avisando que iam começar o processamento dele. Colocaram o endereço de casa certo no resultado dele, então, ele recebeu sem problemas (antes de mim, inclusive!). O diploma de engenheiro contou como "Bachelor's of Science degree de 4 anos com foco em engenharia mecânica" e o mestrado equivaleu a um "master's degree" :D

Essa fase da documentação foi muito estressante e desgastante! Mas foi só o passo inicial para começarmos o processo mesmo.
Até mais!
Mari =D

sexta-feira, 28 de julho de 2017

A saga IELTS (parte 3): General Training

Na minha segunda tentativa do IELTS, como eu e o marido precisávamos de uma nota bem maior e estávamos com menos tempo de procurar na internet materiais de estudo, contratei umas aulas particulares para gente praticar. As aulas eram pelo skype e foram boas. A professora explicava cada dia um tipo de writing e passava um tema pra gente treinar durante a semana. Depois ela corrigia e dava o feedback pra gente (dizendo como poderíamos melhorar a nota. Porque não adianta escrever sem erros, não vai tirar 9. Existem outros fatores tão importante quanto isso). Além disso, ela passou uma lista enorme de exercícios que me ajudaram a relembrar regras gramaticais e vocabulário. Durante as aulas, ela também sempre fazia vários simulados do speaking, corrigindo e dando dicas de como melhorar. E também nos deu várias provas antigas (algumas eu já tinha feito da primeira vez que estudei, mas fiz de novo), para podermos ir praticando o listening e o reading.

Dessa vez, minha rotina de estudo era a seguinte. Acordava as 7h da manhã durante a semana (que era antes de começar a me arrumar pra ir trabalhar) pra poder fazer alguns exercícios gramaticais, provas antigas ou writing por 1h mais ou menos. Uma vez por semana a noite a gente tinha a aula com a professora. E no sábado ou no domingo eu fazia um simulado completo (fazia a prova nos moldes que seria no dia: listening, depois reading e depois writing, no tempo que eu teria no dia da prova). Além disso, uma nova regra foi instituída lá em casa e todos os filmes e seriados que fôssemos ver seria apenas em inglês com legenda em inglês, pra praticarmos. Eu nunca fui muito de ver séries, mas comecei a criar hábito para poder praticar. Também começamos a falar em inglês entre nós. Nossas aulas começaram no fim de julho e nossa prova foi dia 10 de dezembro.

Minhas notas do reading eram suficientes. Meu listening variava muito. Tinha provas que eu acertava 36, mas outras eu acertava 30, dependendo dos tipos de questões. Então, eu estava torcendo para no dia, a prova oficial ser parecida com uma das que eu acertava 36, ao invés de ser uma das que eu acertava 30 hahaha no começo meu writing variava em torno de 6,0 a 6,5, mas mais perto da prova eu estava conseguindo chegar no 7,0 (mas dependia do tema). Eu sentia que meu speaking estava melhorando, mas sempre pedia feedback da professora pra ver quanto seria a minha nota e etc... Acho que meu maior problema no speaking era parar pra tentar pensar numa resposta mais elaborada. Com isso, ficava com muitas pausas enquanto eu estava falando.

Recebemos o e-mail do Bristich Council com a data do Speaking. O Armando faria de manhã e eu de tarde. Não fiquei tão nervosa ou preocupada dessa vez porque eu tinha me preparado bem mais e sabia o que me esperava (mas ainda sim, fiquei um pouquinho ansiosa).

Nossas provas foram mais ou menos parecidas (principalmente a primeira parte. Mas quando ele saiu da prova eu não fiquei perguntando muito das questões pra não ficar esperando uma coisa e ser pega de surpresa depois). Me perguntaram sobre o local que eu moro, o que eu via da minha janela e depois começaram a falar de bolsas (pra ele, perguntaram sobre mochilas): o que eu considerava quando tinha que escolher uma, se eu gostava de usar. A parte dois foi pra descrever uma época very busy da minha vida (perguntava quando foi, porque era movimentada, o que eu fiz pra lidar com isso, como eu me senti). Na parte três a moça perguntou sobre a vida movimentada das pessoas, se eu achava que as pessoas trabalhavam melhor sob pressão, falar sobre advantages e disadvantages de trabalhar sobre pressão, como as empresas podem compensar funcionários quando trabalham muito, se o entertainment poderia ajudar as pessoas a lidar com o estresse, porque algumas pessoas não conseguem se distrair mesmo quando deveriam relaxar, se a tecnologia tem feito as pessoas ficarem mais estressadas.

Não sai muito confiante do speaking hehe acho que poderia ter feito melhor, mas não sei. Tentei usar algumas high level words (productivity, incentives, pay increments, perks, day off), mas na hora não lembrei de muitas mais. Falei "bad" duas vezes :/ e também não prestei atenção se usei muito "I think", mas acho que não. Com relação ao tempo verbal, não sei dizer se cometi muitos erros, mas tentei não parar tanto pra pensar nem nada assim pra tentar ganhar mais pontos na fluência. Acho que pelo menos nisso consegui ir bem.

No segundo dia saí beem mais confiante. A prova era exatamente o que eu esperava, o áudio estava muito bom, os temas do writing foram bons, então, achei que tinha ido bem.

Perto do natal vimos nossas notas online (já que estávamos viajando). Tirei 9 no reading e no listening\õ/, 7 no writing \õ/ e 6,5 (!!!) no speaking. Fiquei um pouco decepcionada com meu speaking, porque foi exatamente a mesma nota que eu tirei quando não estudei tanto!! Esperava que eu tivesse ido melhor. Considerei pedir revisão de nota, mas achei melhor não, porque não achava que tinha ido tão melhor assim a ponto de mudar a nota (mas depois de ter feito o perfil no Express Entry me arrependi de não ter pedido a revisão, porque meio ponto a mais no IELTS nos daria 50 pontos a mais no nosso perfil :/)

Quando voltamos das férias, nossas cartinhas estavam nos esperando com as nossas notas =)
Beijos,
Mari! =D

terça-feira, 25 de julho de 2017

A saga IELTS (parte 2): Primeira tentativa (Academic)

Comecei os estudos para essa prova fazendo uns simulados do reading e do listening em junho (a prova era no fim de agosto) com um material que eu consegui na internet, que era semelhante a prova. Desde o primeiro reading que eu fiz, meu nível estava mais que suficiente pra conseguir a nota que eu queria. O listening variava um pouco, mas com o treinamento melhorou. O grande problema era o speaking e o writting, pois precisava de alguém pra me corrigir e praticar junto, já que eu decidi me preparar sozinha mesmo. Então, contratei uma pessoa que me dava um feedback bom dos writings que eu escrevia (eu achava temas de provas antigas na internet e fazia). Como não tinha ninguém pra praticar o speaking, eu meio que deixei de lado a preparação dele. Mas foquei muito nele mais ou menos 2 semanas antes da prova, em que eu fazia uns simulados com meu namorado cronometrando o tempo, além de ver váários vídeos na internet de dicas pra ir bem na prova.

No facebook existe um grupo sobre o IELTS que o pessoal sempre posta dicas e sites que ajudam, então, vou colocar aqui as dicas que eu testei e gostei. Algumas pessoas também postam oferecendo seus serviços, como corrigir essays ou praticar speaking mesmo. Quando precisei contratar alguém, busquei lá os profissionais. Aqui estão uns links/sites interessantes:

Esse PDF achei muito bom pra ver como é o writting mesmo. Estrutura, modelos, tipos diferentes, vocabulários interessantes. Copiei todos os textos com os comentários pra praticar e fixar.

Emma tem uma série de vídeos no youtube e num site chamado engVid muito bons! Alguns ela dá dicas e tals. Mas de qualquer forma, dá pra praticar pelo menos um listening assistindo as aulas (assisti muitas aulas dela, principalmente dicas para o speaking).

Cerca de uma semana antes da prova, recebi um e-mail do pessoal do British Council me informando os locais e os horários das provas. Meu speaking fora marcado para o dia 27 de agosto as 8h40 da manhã e o resto dia 29 às 13h. Quando eu vi esse e-mail começou a bater o desespero hehe me senti despreparada, achando que podia ter praticado mais (especialmente o speaking), ter me esforçado mais e que a prova deveria ser um bicho de 7 cabeças. Só faltava uma semana e eu precisava recuperar o tempo perdido

Primeiramente me acalmei heheh e vi que não era tudo isso. Não precisava ficar me preocupando tanto assim e, se não conseguisse a nota desejada, me prepararia mais e faria de novo se fosse o caso. O que eu não podia é deixar o desespero tomar conta, que aí sim eu iria me dar mal

Uma boa dica da Emma (que eu espero que tenha me ajudado) é manter contato visual, parecer confiante, sorrir e não entrar em pânico. E foi isso o que eu foquei nos minutos antes da prova. Fiquei pensando que eu tinha estudado, que falo bem inglês (mesmo que não fosse tãão verdade assim) e respirava para me acalmar. Até que ajudou, na hora da prova não estava tão desesperada assim (e espero ter ganho um meio ponto por simpatia ;) hahaha apesar desse quesito não ser avaliado durante a avaliação hauhauah)

As perguntas e o estilo foram basicamente o que eu tinha me preparado: na primeira parte perguntou sobre como era minha casa, se tinha lojas perto, se eu recebia muitas visitas, coisas nesse sentido. A segunda parte era pra eu descrever uma situação em que eu tinha me perdido (o que aconteceu, como resolvi a situação, como me senti). Não sei quanto tempo falei, mas espero que 1'30'' mais ou menos. Depois começou a parte 3, sobre se perder e coisas de localização: mapas, gps... com isso entrou no assunto de tecnologia e por fim ela me perguntou sobre porque as pessoas gostavam de viajar.

No geral, os temas não foram difíceis e eu acho que não desviei de nenhuma pergunta. Mas depois que sai da prova tive a impressão de que usei muitas palavras "simples" tipo good, ou coisas assim. E me enrolei um pouco quando ia dar minha opinião as vezes (tipo quando ia falar "in my opinion", ou "as I see it". Eu sempre tentava mudar o conectivo, mas acho que me enrolei um pouco nisso, usando uns 2 diferentes na mesma pergunta). Também pensei que em algumas perguntas eu poderia ter evoluido mais (seguindo uma das dicas da Emma, que é dizer: Eu acho que existem 3 razões para x, listar as razões e concluir com "é por isso que eu acho x". Acho que poderia conseguir uma nota maior se tivesse feito isso. Mas na hora não dá nem pra pensar direito nisso, porque eu estava encarando meio que como uma conversa em inglês normal, então acabou que eu não usaria esse tipo de expressão normalmente. Consequentemente, não usei na prova. Talvez se eu tivesse praticado mais sairia mais naturalmente). Com relação a erros gramaticais, acho que não fiz nenhum muito tenso ou que chamasse muito a atenção... e acho que minha fluency foi boa (acho que não falei rápido ou devagar demais ~.^).

Depois disso, resolvi "relaxar" na sexta pra poder fazer a prova tranquila no sábado. O problema foi que eu comi fora nesse dia e a comida não me fez bem. Passei muito mal no sábado (até fui pro hospital), então, não consegui fazer o resto das habilidades =/ peguei um atestado com o médico e mandei email pro British Council explicando o caso e perguntando se poderia fazer o resto da prova na semana seguinte. Eles me responderam dizendo que não seria possível, mas que poderiam me devolver parte do dinheiro (tinha pago 500,00 reais e eles me devolveram 400,00).

Devido a esse incidente, resolvi ir mais devagar com os planos e fazer as coisas a medida que iam acontecendo. Mas tal foi minha surpresa quando depois do dia 13 de setembro (quando minhas notas iriam sair) eu recebo uma carta do British Council com minha nota do Speaking! Tirei 6,5 \õ/ (que era o que eu queria desde o começo, então, minha preparação valeu a pena hehe)

Beijos!
Mari =)

quarta-feira, 19 de julho de 2017

A saga IELTS (parte 1): iniciando e entendendo a prova

O primeiro passo real para a efetividade dos nossos planos de ir pro Canadá era conseguir uma boa nota no IELTS. Sem o inglês, não dá nem pra iniciar o processo. Desde o início dos nossos planos em 2015 eu fiz a prova do IELTS 3 vezes (ou duas e meia, eu diria), então, vou fazer um compilado do que aconteceu ao longo dessas três experiências em alguns posts.

É importante dizer que existem dois tipos de IELTS: Academic (que é pra quem quer ir estudando) e o General (para fins de imigração). O IELTS serve para medir o nível de inglês do candidato em cada uma das 4 habilidades (speaking, listening, writing e reading), dando uma nota que varia de 0 a 9 para cada uma (além de fazer uma média de todas, que é o Overall). As duas provas são semelhantes, a única diferença entre elas são o conteúdo/tema do reading e do writing.  O listening, reading e writing são feitos no mesmo dia (nessa ordem) em uma prova que dura mais ou menos 3h00 (mais ou menos 40 min pro listening, 1h pro reading e 1h pros dois textos do writing). O speaking é marcado em um dia separado (podendo acontecer até uma semana antes ou depois da prova escrita). O British Council manda por e-mail o dia do speaking cerca de duas semanas antes da data da prova escrita.

As notas do listening e do reading são de acordo com a quantidade de respostas certas para as 40 questões que cada habilidade avalia. Mas a nota não é regra de três (ou seja, se acertar tudo tira 9 e depois vai perdendo ponto pra cada resposta errada). Eles tem uma tabela que mostra quantas respostas certas correspondem a cada nota (que inclusive é diferente para o reading do academic e do general). Por exemplo, se você acertar 39 ou 40 no academic reading, sua nota será 9. Mas no general reading só tira 9 acertando 40. Se acertar 39, tira 8,5.

As notas do Speaking e do Writing são um pouco mais subjetivas, dependendo do avaliador, mas no site do British Council eles mostram como as notas são formadas (ex: quantidade de erros gramaticais, variabilidade de vocabulário e tempos verbais, entre outros), o que dá pra ter uma ideia do seu nível e do que precisa melhorar pra tirar uma boa nota. Inclusive, você pode cometer erros gramaticais e ainda sim ter uma boa nota (já que a gramática corresponde a apenas 1/4 da nota), então, não precisa ter um inglês sem erros pra ir bem.

Para fazer a prova, é necessário um bom conhecimento do inglês, mas, principalmente, tem que saber fazer a prova. Eu terminei meu curso de inglês há alguns anos e ao longo desse tempo não pratiquei muito (só as 2 vezes que eu tinha ido pros EUA, além de ler livros e artigos em inglês, ver filmes e ouvir músicas), mas ainda assim, considero meu nível de inglês bom (só um pouco enferrujado). Então decidi que precisava focar meus estudos nos moldes da prova e o resto ir lembrando aos poucos.

Como inicialmente a gente tinha pensado em ir estudando, marquei o IELTS academic para fazer a prova logo e não perder tempo de começar o processo (em 2015). Cheguei a fazer meu Speaking, mas no dia das outras habilidades eu passei muito mal e não consegui ir fazer a prova. Então, minha primeira tentativa foi FAIL (considerei como um sinal para ir mais devagar no processo haha até porque acho que não teríamos dinheiro suficiente naquela época). 

Depois disso, fizemos nossa consulta com a Immi, que abriu nossos olhos para o Express Entry. Então, eu e o Armando precisávamos da nota do IELTS General para fazer nosso perfil no programa. Fizemos nossa prova em dezembro de 2016.

Como eu ainda pretendo estudar no Canadá (porque minha profissão é regulamentada lá, então, preciso fazer uma prova específica pra exercê-la - mas isso é assunto pra outro post), fiz o IELTS Academic novamente (mas dessa vez de verdade haha) em maio de 2017.

Minha intensidade de estudo variou consideravelmente dependendo da prova que eu fiz, pois as notas que eu precisava eram muito diferentes. Da primeira vez que eu fiz, eu queria um 6,5 em cada band (habilidade). Da segunda, precisávamos de 8 no listening e 7 nos outros. Da terceira, precisava de Overall 6,5, com nenhuma nota abaixo de 6,0.

Nos próximos posts vou dizer um pouco mais como foi o processo de estudo, nossas notas, como foi a prova e o que mais eu achar interessante comentar sobre isso! =D
Até a próxima,
Mari! =D

domingo, 16 de julho de 2017

Novos planos!! =D

Finalmente vou começar a falar sobre o real motivo da minha volta ao blog: meus planos e processo que estou passando para ir morar no Canadá! 

Sempre tive vontade de passar um tempo morando no Canadá, mas nunca tive oportunidade até o momento. Por causa disso, sempre fiquei de olho em novidades que apareciam para ir para as bandas de lá nos quesitos intercâmbio e imigração. Apesar disso, nunca consegui me enquadrar em nenhuma das categorias de acordo com o que estava acontecendo na minha vida.

Aconteceu então que um dia (mais ou menos em 2014) meu atual marido (na época, namorado) foi a uma palestra que falava sobre oportunidades de emprego para pessoas na área de tecnologia/engenharia em Quebec, pois lá eles tem um programa para levar profissionais dessa área e estavam divulgando isso no Brasil. Ele se interessou e falou comigo, então, pensamos que poderia ser uma boa ideia tentarmos. 

Como ele viu a palestra sobre Quebec (província do Canadá onde se fala francês), decidimos começar a estudar francês (na verdade, eu já vinha fazendo francês há um tempo. Ele que começou do zero). Mas depois de eu estudar por 2,5 anos e ele cerca de 1 ano, vimos que iria levar muito tempo até termos um nível razoável para tentar o TEF (prova de validação de francês, obrigatória para imigração), então, como queríamos ir "logo", decidimos mudar os planos e ir para uma das províncias que falam inglês, pois já tínhamos uma base beem maior nessa língua.

Analisamos todas as nossas opções existentes na época e traçamos vários planos, para caso um ou outro não desse certo ao longo do caminho. Inicialmente (em 2015) pensamos que o melhor seria eu ir como estudante para um College e, com isso, ele teria um visto de trabalho (OWP). Mas decidimos também falar com especialistas, então, fizemos uma consultoria online com a Immi Canadá (empresa que trabalha com imigração) e, após a análise do nosso perfil, nos foi sugerido tentar o processo do Express Entry, que na época era um processo relativamente novo. 

O Express Entry, de maneira geral, é um processo que dá pontos para o perfil de cada pessoa/casal. Essa pontuação leva em conta nível de estudo, idade, experiência de trabalho, experiência canadense (trabalho e/ou estudo), nível de inglês, oferta de emprego, entre outros fatores (que podem mudar ao longo do tempo). De tempos em tempos (aleatoriamente) eles fazem uma chamada e as pessoas com a pontuação que eles chamam (ou maior) recebem um convite para aplicar pra o visto de residência permanente. As pessoas que recebem esse convite mandam os documentos em até 90 dias e eles analisam em até 6 meses para ver se terão o visto aprovado ou não.

Para criar nosso perfil e termos uma chance de sermos chamados (já que as chamadas na época estavam em torno dos 500 pontos, mas com tendências a diminuírem), precisaríamos fazer a equivalência dos nossos diplomas, tirar CLB 9 em todos os parâmetros do inglês (no IELTS general, isso corresponde a tirar nas provas: Listening: 8, Reading: 7, Speaking: 7 e Writing: 7), além de estarmos oficialmente casados. Como nosso casamento já estava marcado para 2016, então, inicialmente focamos em juntar dinheiro (que também é muito importante), para depois do casamento podermos dar os outros passos nessa empreitada.

Caso esse processo não desse certo, ou demorasse muito pra sair, nosso plano B continuaria sendo eu ir para estudar, enquanto ele poderia trabalhar.

Na chamada do dia 31 de maio de 2017 recebemos nosso tão esperado ITA (invitation to aplly, que é o convite para a aplicação para o visto de residência permanente) com 413 pontos, então, decidi vir aqui para relatar como está sendo esse processo desde o início até chegar o momento final (que ainda vai demorar um tempo). 

Vamos ver se tudo dará certo \õ/
Até mais,
Mari =D

PS: Meu objetivo aqui é apenas relatar minha experiência, meu processo, dificuldades no caminho, tempo de processamento, etc... enquanto espero uma resposta final e para ter guardado os perrengues que a gente passou até chegar no Canadá hehe Cada caso é um caso e o que funciona ou deu certo para gente pode não funcionar para o outros. Se você estiver começando o processo agora, recomendo muita pesquisa, porque as coisas de imigração estão em constante mudança e atualização, então, o que aconteceu comigo pode já ter mudado depois de um tempo =)

sexta-feira, 14 de julho de 2017

Custos da viagem para Assunção

Infelizmente não anotei todos os gastos certinho, mas tenho algumas notas fiscais com valores que vou compartilhar aqui, só pra ter uma noção:

Refeições: variou entre 33.000 guaranis e 160.000 guaranis (dependendo do restaurante)

Garrafa de água de 1 L: 8.000 guaranis

Uma casquinha no McDonalds: 3.500 guaranis

Tênis Outlet Adidas: 261.000 guaranis

Par de meias Outlet Adidas: 45.000 guaranis

Táxi: às vezes que pegamos pra andar dentro da cidade ficou na faixa de 21.000 a 25.000 guaranis

Hotel: 1.200.000 guaranis

Como disse anteriormente, trocamos 800,00 reais na casa de câmbio do aeroporto e conseguimos 1.122.800 guaranis. Esse dinheiro não foi suficiente para todos os gastos que tivemos no total, então, no último dia precisamos trocar mais um pouco. Trocamos mais 82 reais numa casa de câmbio no centro e deu 147.500 guaranis. Quanto mais dinheiro troca, às vezes eles dão um desconto e tals, mas já dá pra perceber que a taxa entre os dois foi muito diferente e que realmente não vale a pena trocar dinheiro no aeroporto :)

E assim, concluo meu passeio pro Paraguai =D agora posso começar a falar sobre planos mais interessantes...
Até mais,
Mari! =D




quinta-feira, 13 de julho de 2017

Curiosidades e impressões sobre Assunção/Paraguai

- Não tem semáforo na cidade. Normalmente, cada motorista para seu carro no cruzamento, dá uma olhada e passa se não tiver ninguém vindo. Apesar disso, não vimos trânsito ou congestionamentos (não sei se fomos numa época em que a cidade está mais vazia ou se é assim mesmo sempre). Também não vimos faixa de pedestre, então, era meio que "cada um por si" na hora de atravessar as ruas hehe e os motociclistas também não usavam capacete. No geral, não sei se é porque não conheço as leis de trânsito paraguaias, mas achei a cidade meio bagunçada nesse quesito.

- Uma coisa que me chamou muito a atenção foram os cheiros. Em todo lugar que a gente entrava tinha um cheiro/perfume diferente (desde o aeroporto até a lojinha da esquina).

- Na rua, vira e mexe, aparecia uma pessoa com um monte de chipa (comida típica do Paraguai) para vender. Comi uma num restaurante e achei bem parecido com o pão de queijo do Brasil, só que mais "duro" e num formato diferente ~.^

- No McDonald's as opções de sabor de sorvete são baunilha ou doce de leite (e não chocolate, como é no Brasil).

- Eles faziam propaganda de vender refrigerante de 600 mL, mas quando a gente foi reparar, na verdade, a garrafinha é de 500 mL (mas nos anúncios era sempre 600 mL haha).

- Ao longo das ruas Palma e Estrella tem várias lojas tocando músicas de sucesso. E o que eles tocavam lá era basicamente música brasileira: desde Mamonas Assassinas (sim! Eles tocam muito Mamonas lá!!) até pagode e marchinhas de carnaval. Eles também pegam o ritmo de músicas brasileiras e trocam as letras (igual no Brasil, que pegam o ritmo de músicas americanas e põem outra letra em cima). Além disso, também toca muito reggaeton e catchaca (que é uma música típica do Paraguai).

- Os prédios no centro tem uma aparência de mal conservados por fora, mas alguns são bem arrumados por dentro! (outros nem tanto hehe)

- A comida no geral era muito barata! Um restaurante chique, de excelente atendimento e excelente comida lá saia mais ou menos o mesmo preço que um restaurante self-service aqui (convertendo para reais). Os restaurantes equivalentes ao self service de lá então, muito barato! Tanto é que a gente achou que ia pro Paraguai comprar coisas, mas fomos lá é pra comer!

- Não sei se a cidade normalmente é perigosa ou se é rotina lá, mas caminhando pela cidade a gente sempre via um (ou mais) policial por perto. E eles realmente trabalham: em duas situações vi pessoas sendo multadas. A primeira, foi um cara que parou "rapidinho" em um local proibido, mas não teve chance, foi multado na hora! Inclusive, ele tentou se explicar com o guardinha, mas não teve jeito. Multa! Na outra, foi um cara que passou que nem um doido num cruzamento. O guardinha viu e pediu pra ele encostar o carro. Mas ele ignorou, saiu esbravejando e seguiu a viagem. Mas o guardinha não se intimidou e anotou as informações do carro!

- Tem muito ônibus velho e carro velho circulando pelas ruas!

- É muito comum ver as pessoas levando uma garrafinha pra tomar tererê onde quer que estejam. Vimos pessoas com essas garrafinhas nos shoppings, nas ruas, policias em serviço, nas lojas... enfim, reparem que eles estarão em todos os lugares! Além disso, sempre tem uma lojinha que vende essa garrafa com os mais variados modelos e desenhos.

- Não sabíamos falar espanhol e conseguimos nos comunicar bem com os nativos! =D

- O dinheiro do Paraguai é composto por 4 moedas e notas acima de 2.000 guaranis. 

- Em muitas lojas eles dão o preço das coisas em guarani e em dólar (e às vezes só em dólar), principalmente em lojas de eletrônicos. Isso fazia uma confusão na nossa cabeça na hora de pagar, porque às vezes tinha que ficar convertendo na hora e eles usam uma taxa louca quando é assim. Então, dependendo do que for comprar, pode valer a pena pagar em dólares.

- Tinha muito brasileiro na cidade!! Sei que estava tendo um simpósio na mesma época e alguns brasileiros estavam lá por isso (e nosso hotel estava lotado por isso também), mas em todo lugar que a gente via, sempre tinha um grupo de brasileiros!

- Em algumas lojinhas de eletrônicos tem aparelhos de vídeo game antigos a venda! Além de jogos para os mesmos <õ>

Até mais,
Mari =D

segunda-feira, 10 de julho de 2017

Quarto dia em Assunção (21/01/17)

Para aproveitar nosso último dia na cidade, fomos logo depois do café para um lugar que eu li em alguns blogs que parecia ser muito agradável para comer e passar algum tempo apreciando a cultura local: a Loma San Geronimo. Fomos novamente a pé num sol quente, passando por umas ruas meio esquisitas. Para chegar até lá tivemos que passar por um prédio militar e aproveitamos para pedir informações para eles de onde ficava. Eles indicaram que era só seguir mais um pouco a frente e disseram "Sorte" '-' a princípio achamos estranho, mas pensamos que talvez o "sorte" deles tivesse um sentido diferente de um "boa sorte" brasileiro e seguimos em frente. Depois de subir um morrinho difícil chegamos ao que parecia ser o local. 

Algumas coisas estavam parecidas com o que eu vi descrito em blogs, como casinhas coloridas e tinha até uma pintado "Bem vindo a Loma San Geronimo", mas a semelhança com o que eu vi era só essa. Não tinha lojinhas, nenhum local aberto para lanchar, nenhuma experiência cultural. Na verdade, a rua estava bem deserta. Como estávamos em muita gente, nos separamos para ver se tinha alguma coisa aberta, entramos nas ruelas que tinha, mas não encontramos nada além de lojas fechadas e locais parecendo mal conservados (a sensação que eu tive é que tentaram fazer dali um ponto turístico, mas por algum motivo não deu certo). Quando nos reunimos para decidir o que faríamos, uma pessoa passa na rua, para e fala em espanhol "Vocês não são daqui. Vão embora". E seguimos o conselho e fomos mesmo. Não sei se fomos num dia ou horário ruim (mas acredito que não, porque fomos no domingo de manhã em pleno janeiro férias! Se um local turístico não funciona nesse período, não sei o que deveria funcionar), mas não recomendo a atração.

Voltamos pelo mesmo caminho para o hotel e  perguntamos pro recepcionista onde tinha um restaurante típico paraguaio pra gente almoçar ali por perto. Ele recomendou um chamado Bolsi e seguimos o conselho dele. Mas depois que entramos, não sei se a comida que ele vende pode ser considerada "típica" do Paraguai, porque até bife a cavalo tinha lá heheh (apesar de ter alguns pratos específicos do Paraguai, a grande maioria eram pratos que encontramos por aqui também). O restaurante é a la carte e barato, se for considerar o padrão de atendimento e comida que tivemos (se estivesse no Brasil, seria um restaurante caríssimo, mas lá pagamos mais ou menos o equivalente a um almoço em um self service daqui).

Eles oferecem de entrada chipa e alguns pãezinhos deliciosos (que já seria suficiente para uma refeição). Os pratos são muito bem servidos e muito gostosos! Não tive do que reclamar, recomendo muito!

Exemplos dos pratos comidos (e dos pãezinhos deliciosos!)

A trupe (quase) toda
A tarde, decidimos passear em algum shopping, pra ver se valia a pena comprar alguma coisa. Resolvemos ir ao Shopping Mariscal, por ele ser um grande shopping (inclusive, o shopping tem duas partes, em lados diferentes da rua e pra ir de um lado para o outro tem que passar por uma passarela que passa por cima da rua). Neste shopping (mas acho que nos outros também) tem um ponto de atendimento ao cliente, onde dá pra pegar uns cupons de desconto para compras para turistas. São cupons de 10% de desconto para usar nas lojas. Andamos aquele shopping todo, mas não vimos nada que valesse muito a pena comprar. É um shopping como qualquer outro, com lojas de eletrônicos, roupas, sapatos, etc... 

Fomos e voltamos de táxi. Quando chegamos ao hotel descansamos um pouco e fomos comer num barzinho que tem ali por perto, com uma temática meio pirata (que eu não lembro o nome :/). Do lado de fora estava tendo um showzinho ao vivo, mas preferimos ficar do lado de dentro, que estava mais calmo. Novamente, a comida era barata (pedimos algumas porçõezinhas de coisas variadas) - e, para quem bebe cerveja, os preços também não eram ruins!


Depois disso, voltamos ao hotel e nos preparamos para partir no dia seguinte de volta ao Brasil!!
Beijos,
Mari!!

PS: nunca fique perto de alguém brincando num simulador de realidade virtual no meio do shopping, porque essa pessoa pode acabar quase beijando um desconhecido que estava passando (e nem saber disso!)

sexta-feira, 7 de julho de 2017

Terceiro dia em Assunção (20/01/2017)

Hoje foi o dia de turistar! Fizemos um tour a pé pelos pontos turísticos da cidade, passando pela Catedral, Palácio do Governo, Parlamento e indo até a Praça Uruguaia. Todos esses pontos ficam relativamente perto e conseguimos cobrir todos durante a manhã. Da praça Uruguaia (um local bastante agradável pra passar uma tarde, fazer um piquenique), pegamos a Mcal. Estigarribia para ir ao Panteón dos Heróis (um museu), mas estava fechada devido a uma reforma. Continuamos descendo pela Palma e, por coincidência, encontramos o resto da família na loja da Adidas fazendo a festa! Então, ficamos por lá (e aproveitamos pra comprar algumas coisas também hehe).






Fomos almoçar no restaurante La Esquina, mas chegamos meio tarde. Estava vazio, mas não tinha mais taanta variedade de comida. Depois de comer, as mulheres voltaram pro hotel para tomar banho, pegar as coisas e irmos ao Gran Hotel del Paraguay nos arrumarmos para o casamento. Os homens disseram que iam dar mais uma voltinha e depois iriam pra lá.

Pegamos um táxi num ponto de táxi bem em frente ao hotel que estávamos hospedados e fomos. No geral, os táxis de lá são carros bem antigos e o preço não tá tão caro assim. Alguns motoristas fazem um preço fixo (principalmente para o aeroporto), mas geralmente eles tem o taxímetro, que diz o preço da viagem. 

O Gran Hotel del Paraguay é muito bonito! Tem uma recepção enorme, com sofás pra ficar lá. Mais pra dentro, tem um jardim com uma fonte e até uma rede. Alguns quartos ficam ao redor desse jardim, outros no segundo andar. Também tem piscinas e um outro salão enorme (que é onde foi o casamento). O único problema é que fica um pouco longe do centro (mas nada que um táxi não resolva). Os quartos são um pouco menores do que onde eu fiquei, mas são bem organizados e arrumados.

Depois daquele nervosismo de algumas pessoas preocupadas se o resto do pessoal ia chegar a tempo (chegaram), de arrumar todo mundo e etc... fomos para o casamento em si. Tudo muito bonito e arrumado, a comida espetacular. Algumas diferenças com casamentos do Brasil é que o noivo e a noiva tem uma mesa só deles bem no centro; ao invés de jogar o buquê, a noiva joga um sapo de pelúcia (para se transformar num príncipe); e, na pista de dança, ao invés de ficarem grupinhos, as pessoas ficam alinhadas em duas filas, uma de frente pra outra! Tocou muito reggaeton, algumas músicas brasileiras e algumas músicas antigas. Foi uma boa festa =D

Voltamos tarde para o hotel e fomos logo dormir para podermos aproveitar nosso último dia!
Ate mais,
Mari =D

terça-feira, 4 de julho de 2017

Segundo dia em Assunção (19/01/17)

Depois de tomarmos um café reforçado no hotel, saímos mais uma vez para dar uma voltinha a pé, dessa vez com destino à Calle Palma e Calle Estrela, para fazermos compras (ou assim esperávamos). O começo (ou fim) dessas ruas fica bem próximo ao hotel que estávamos, então, o acesso foi super rápido. Elas são duas ruas paralelas conhecidas pelas lojas que tem nelas. Muitas lojinhas de todos os tipos: eletrônicos, roupas, sapatos (tem um outlet da Adidas, além de outras lojinhas não tão conhecidas. Entramos em uma que parecia mais um lugar de estoque do que de venda. Os preços até que não eram tão ruins, mas o lugar era esquisito), comida, câmbio (váárias. É onde recomendo trocar dinheiro), artigos para presentes, lojas com coisas típicas do Paraguai, lembrancinhas... acho que tem um pouco de tudo lá!

Além dessas lojinhas de rua, tem umas outras lojas que ficam dentro de uns prédios (que lembram um shopping, mas um pouco menos arrumado/organizado) e tem outros prédios com umas lojas em que cada andar vendem produtos diferentes (um só de roupa feminina, outro só roupa masculina, outro só sapatos, brinquedos, etc...). Alguns que a gente foi foram: Unicentro, Supercentro e Galeria Central. Um era mais voltado para artigos eletrônicos e os outros vendiam mais roupas ou coisas gerais. Mas nesses prédios tinha muita loja fechada, ainda mais quando estava mais afastado da entrada, não sei porque. 

No geral, não sei se porque o dólar estava meio alto na época que fomos ou se Assunção não é um bom local para compras mesmo (quando comparado às cidades do Paraguai que fazem fronteira com o Brasil, como a Ciudad del Este), não achamos que tinha muita coisa que valia a pena comprar lá. Acho que a única loja que estava com preços realmente bons era o Outlet da Adidas, além de algumas lojas de roupas que também estavam com uns preços razoáveis. Com relação a eletrônicos e jogos de vide game, o preço estava mais ou menos o mesmo do Brasil (sendo que no Brasil ainda dá pra dividir, etc...), então, preferimos não comprar lá.

Em uma dessas ruas também tem um posto de informações turísticas, onde dá pra pegar mapas e cupons de descontos pra usar nos shoppings. Nesse lugar também vendem alguns artesanatos e tem uma exposição de moedas de vários países!

Moedas de vários países =D
Nesse dia (e nos outros também) almoçamos num excelente restaurante chamado "La Esquina". Ele fica subindo uma das ruas que cortam a Estrella/Palma (não lembro agora o nome da rua). É um restaurante tipo self-service, mas um pouco diferente: você pega o tanto de acompanhamento que quiser e uma (ou mais) carnes. Aí o preço é de acordo com o tipo e a quantidade de carne que pego (cada uma tem um preço). A pessoa do caixa olha pro seu prato e fala qual o preço (mas tem uma tabela de preços pra ter uma noção também). De qualquer forma, acabou saindo muitoo barato. Além disso, quando os atendentes perceberam que éramos brasileiros, falaram o básico em português com a gente (especialmente os nomes dos sucos hehe porque não estávamos entendendo nada em espanhol). Todos foram muito atenciosos lá, a comida e o suco estavam gostosos (e era parecida com o do Brasil: arroz, salada, batata, macarrão), o ambiente era arrumado e agradável, então, recomendo muito comer lá! Só é um pouco cheio dependendo da hora que for (acho que a partir de meio dia e meia até uma e meia é a hora mais cheia), mas vale muito a pena!

Almoçando no restaurante La Esquina
A tarde o resto do pessoal da minha família iria chegar, então, no começo da tarde voltamos pro hotel para esperá-los. Depois que chegaram, fomos nos encontrar com o pessoal que estava hospedado no Gran Hotel del Paraguay e fomos jantar. Primeiro, demos uma olhada em um lugar onde tem vários barzinhos e coisas de comer de todo o tipo chamado Passeo Carmelitas. Era tipo um point da cidade, mas nenhum desses barzinhos nos agradou, então, atravessamos a rua e fomos no TGY Fridays =D a comida lá estava boa e era muito bem servida (acho que todos os pratos eram suficientes para duas pessoas comerem). O preço até que não estava tão caro assim também...

E assim terminou nosso segundo dia no Paraguai xD
Até mais,
Mari! ;)

domingo, 2 de julho de 2017

Primeiro dia em Assunção (18/01/2017)

Saímos cedo de Brasília com destino a São Paulo, onde seria nossa conexão. Como íamos ficar um tempo no aeroporto e tomar café da manhã lá, levamos algumas comidas porque sabíamos que comer no aeroporto é caro pra caramba (e é mesmo!). Então, levamos algumas coisitas para comermos enquanto esperamos.

Nosso café da manhã xD
 O voo pra Assunção saiu no horário e é super rápido (achei que era mais demorado, mas é mais ou menos o mesmo tempo de Brasília - São Paulo). Antes de sair do país eles passaram inseticida na aeronave. Ao chegar no Paraguai, passamos pelos oficiais, onde eles checam os documentos (como fomos com o passaporte, eles carimbaram. Quem vai com a identidade eles só conferem mesmo) e seguimos caminho. Antes de sair do aeroporto propriamente dito, tem uma casa de câmbio lá dentro mesmo. NÃO TROQUE DINHEIRO LÁ (a não ser que precise de um pouco pra pagar o táxi ou comer algo). A taxa deles é cara e tem vááárias outras casas de câmbio mais baratas no centro da cidade que valem muito mais a pena.

Como não sabíamos disso, acabamos trocando nosso dinheiro no aeroporto mesmo. Não sabíamos ao certo quanto iríamos gastar nos 4 dias, então, decidimos aleatoriamente trocar reais suficientes para termos um milhão de guaranis e podermos falar que fomos milionários pelo menos uma vez na vida xD (se não me engano, foi cerca de 800 reais que trocamos).

Milionários \õ/
Meu primo foi nos buscar no aeroporto e fomos almoçar em um shopping (não lembro mais o nome, mas foi um mais afastado da cidade). Depois ele nos deixou no hotel e foi resolver as coisas do casamento. Fizemos o check-in e perguntamos pro moço da recepção se ele tinha um mapa e como a gente fazia pra chegar na Costanera. Ele nos explicou e não perdemos tempo e fomos andando até lá!
Não é muito longe da onde ficamos, mas como era verão, estava muito quente e com sol, então, foi um pouco cansativo.

Mapa que o hotel deu
A Costanera é um dos pontos turísticos de Assunção, onde as pessoas vão pra andar de bike (tem vários lugares no próprio calçadão da Constanera que alugam), de barco ou de caiaque (quando fomos não tinha muitas opções de alugar coisas aquáticas, acho que porque o rio estava muito baixo) e lanchar (com alguns foodtrucks). Tem uma área de areia, onde tinha gente jogando bola e praticando exercícios físicos também. A região tem muito potencial para ficar bonita daqui alguns anos, mas quando fomos, tinha poucas opções de sombra (tinha um jardim com cara de ter sido feito recentemente, com árvores ainda em crescimento), o que foi ruim por ter sido um dia quente e ensolarado. Demos uma voltinha rápida por lá e depois fomos embora.

Vista da cidade e do parque na Costanera

Costanera :) (com o rio baixo)
Voltamos caminhando e conhecendo a área ao redor do hotel. Fomos procurar uma lojinha tipo um mercadinho, para comprar alguns suprimentos (tipo água, lanchinhos, etc...), para deixarmos reservado no hotel para emergências. No quarto tem um frigobar, onde pudemos guardar coisas. Achamos os preços dos produtos do mercadinho mais baratos do que os produtos equivalentes encontrados no Brasil.Tem muito produto que tem aqui e tem lá também.

Depois de toda essa caminhada, voltamos para o hotel para descansar para o próximo dia.

Até mais,
Mari =D

OBS: Os paraguaios não sabem passar informações de caminhos muito bem (ou tivemos azar e perguntamos só pra pessoas que não sabiam explicar). Quando estávamos saindo do aeroporto, precisamos pedir informações pra uma pessoa na rua sobre como chegava no shopping e as instruções foram, sem brincadeira: "siga o ônibus" e "vira onde todo mundo vira" '-' 

sábado, 1 de julho de 2017

Viagem ao Paraguai

Antes de falar dos novos projetos, vou começar contando minha experiência da viagem para o Paraguai que fiz em janeiro de 2017 (queria ter postado antes, mas estive meio sem tempo esses meses). Decidi escrever aqui minhas experiências, pois, além de querer deixar registrado, achei poucas informações (e algumas até meio equivocadas, que me fizeram passar por situações "complicadas") sobre turismo em Assunção, a capital do Paraguai, quando estava me preparando para ir a um casamento lá. Então, vamos começar!

A primeira coisa que precisamos fazer no planejamento para a viagem foi comprar as passagens. Como não tem voo direto daqui de Brasília, fizemos conexão em São Paulo (não são muitos vôos diários que tem. Fomos de Gol e os horários de viagem disponíveis eram por volta da hora do almoço e mais pro fim da tarde, tanto ida quanto volta). Apesar da Gol vender a passagem com a conexão junto, decidimos por comprá-las separadas (compramos o trecho Brasília-São Paulo da Avianca), porque saiu mais barato do que se comprássemos tudo por uma companhia só. Inclusive, como tínhamos certa flexibilidade de dias e horários, na volta, chegamos do Paraguai em São Paulo no domingo, mas só fomos embora na segunda as 16h, porque saía mais barato pagar um hotel (ficamos no Ibis Guarulhos, muito bom!) e viajar na segunda do que voltar pra Brasília no domingo mesmo!

Mas comprar as passagens de companhias diferentes foi um risco que corremos, porque se o voo da Avianca atrasasse, poderíamos perder o da Gol. Se fosse tudo da mesma companhia, acho que não teria tanto problema caso acontecesse isso (felizmente, os voos estavam todos no horário, então, não tivemos com o que preocupar).

Além disso, precisamos procurar um hotel para ficar. O casamento a que iríamos ia acontecer no Gran Hotel Del Paraguay (excelente hotel, mas caro e longe do centro, onde ficam os pontos turísticos). Como queríamos fazer tudo a pé, decidimos alugar um hotel no centro (e mais barato!). Usamos o site do Booking para a pesquisa e o aluguel. O procedimento para aluguel pelo site é muito simples e deu tudo certo! 

Inicialmente, queríamos ficar no hotel Bristol, que era bem localizado, num preço bom e um casal num outro blog ficou lá e gostou. Mas quando fomos alugar, ele já estava lotado :/ então, tivemos que procurar outro. Acabamos optando pelo Assuncion Palace, que também era bem localizado e num bom preço. O prédio é um pouco antigo, mas os quartos são bem arrumados (e enoormes). O café da manhã era muito bom, com opções de frutas, pães, bolos, leite, iogurte e eles ainda faziam ovo se pedisse. A equipe era muito simpática, mas não falam português. O que era um "problema" (pero no mucho), porque nem eu nem o marido falamos espanhol hehe perguntei se poderíamos nos comunicar em inglês e eles disseram pra falar em português mesmo que eles entendiam. E eles respondiam em espanhol e deu tudo certo! haha

Também pesquisamos algumas coisas na internet e fizemos um cronograma do que queríamos fazer em Assunção (mas que foi mudado ao longo dos dias).

Tabela que o marido fez no excel com a programação dia-a-dia
Depois do planejamento, vem a viagem em si, mas isso fica para o próximo post! ;)
Beijos,
Mari! =D