Mesmo o cara do banco, na nossa primeira visita no banco no ano passado, tendo falado de uma experiência ruim que ele teve com caras que representam empresas de empréstimo (porque ele disse que teve altas taxas escondidas e, no fundo, a empresa acaba pegando empréstimo com os bancos e cobrando taxa em cima, então, teoricamente, você paga mais caro no fim das contas do que se fizer diretamente com o banco), seguimos com a sugestão do Myles e gostamos do que ele nos disse. Com a aprovação dele, fomos na semana seguinte ver apartamentos!
Selecionamos 3 que eram perto, com um que tínhamos gostado muito e tínhamos certeza que compraríamos, e dois que marcamos pra ver só porque eram perto desse aí. Num sábado de manhã que eu tinha de folga em fevereiro, fomos lá olhá-los.
O Myles nos encontrou no primeiro deles: 3 quartos, um banheiro, recém reformado (possivelmente só pra venda). Depois disso, partimos pro segundo: 2 quartos, um banheiro, ocupado, mas bem cuidado e com uma reforma recente. O MESMO preço do primeiro que vimos. O Myles explicou pra gente que, apesar dos preços serem os mesmos, o primeiro ia ser tipo um "leilão" (que aparentemente é uma prática muito comum aqui). O preço é mais baixo do que o mercado e os compradores fazem ofertas, a maior delas leva. O segundo, já estava num preço mais justo. E tinha ainda a vantagem que a empresa que ele trabalha era a única autorizada a vender, então, a concorrência seria beeem menor e o preço provavelmente não mudaria muito.
Seguimos pro terceiro, que era o que tínhamos mais gostado pelas fotos e era mais barato. Ao chegar lá, uma decepção!! O apartamento estava bem mal cuidado, a disposição dos cômodos não favorecia e tinha uma varanda minúscula. Cortamos da lista na hora! O Myles perguntou se a gente ia querer fazer uma oferta pra um dos outros dois, ai dissemos que íamos pensar.
Demos uma caminhada nos arredores pra conhecer o que teríamos por perto e gostamos do que encontramos. Paramos num bar/restaurante pra almoçar e discutir o que faríamos. Ponderamos vários fatores. O preço era mais ou menos o que queríamos, a região era boa, todos os nossos critérios que estávamos procurando estavam presentes. Então, vimos que não tinha motivo pra não tentar. Ligamos pro Myles e dissemos que queríamos fazer a oferta nesse.
No domingo, ele mandou uns documentos pra assinar (mega urgentes) com a proposta. Depois de alguns ajustes (como a data de mudança e o preço), na sexta-feira já tínhamos a proposta feita e aceita (outro dia pra assinar um documentos correndo)! Na segunda-feira me dirigi ao prédio da empresa pra levar o dinheiro necessário pra "segurar" a proposta!
Depois dessa correria, agora era a parte burocrática a ser resolvida. O Myles também nos recomendou o advogado, que ia rever nossos documentos e fazer toda a parte burocrática. Por um tempo, ficamos meio que sem notícias por parte do Jordan (advogado) e do Zvika (broker). Foi uma época bem estranha pra mim, já que eu nunca passei por um processo desse nem tinha noção nenhuma do que aconteceria ou do que esperar. Ficamos meio que sem saber se já era pra ter tudo assinado ou não, se já era garantido 100% que o apartamento era nosso... Além disso, chegou o COVID e entramos em quarentena, então, acredito que os processos ficaram ainda mais enrolados, ainda mais a parte do broker. Depois de um e-mail perguntando como estava nosso processo, ele nos respondeu falando que estava enrolado por causa do COVID e que estava resolvendo os casos mais urgentes primeiro (ou seja, que iriam mudar antes), o nosso estava na fila. Então, não tinha muito o que fazer a não ser esperar.
Mais ou menos um mês antes da mudança (em maio), quando eu mandei outro e-mail perguntando "qual é mermão, preciso saber se vou mudar ou não" é que notamos que o processo movimentou novamente. Então, demos a notícia pra empresa do nosso aluguel que dali um mês estaríamos nos mudando!
Mais papeis assinados, conversa por Zoom com o Jordan e com o Zvika, tudo resolvido, o apartamento era oficialmente nosso!!! \õ/
Precisamos fazer a transferência do resto do dinheiro da entrada pro advogado, fomos no apartamento novo reservar o elevador, alugamos o caminhão e carros pra mudança, chamamos nossa mão de obra (reduzida devido ao COVID =( ) e, finalmente, no dia 6 de junho, chegamos na nossa nova casa! <3
Foi algo meio inesperado, pois não estávamos planejando tanto assim, mas que aconteceu tão rápido e sem estresse (quase) nenhum! Tudo se encaixou tão bem que é bem inacreditável pensar que de repente nós somos os donos de um apartamento em Toronto! <õ> a ficha só caiu depois que pegamos as chaves e abrimos as portas da nossa nova casa! O primeiro dia bateu um pânico do tipo: "O que foi que a gente fez? Por quê? Podíamos ficar de boas pagando nosso aluguel pro resto da vida, mas nããão, fomos inventar de comprar um apartamento". Mas no segundo dia o impacto passou e, na real, finalmente, nos sentimos realmente em casa! Não sei se é a região (que inclusive todo mundo que a gente fala faz cara feia porque é perto de uma outra região "famosa" pelos índices de violência. Mas pesquisamos muito antes de decidirmos a região pra mudar, e vimos que essa "fama" é algo que aconteceu nos anos 80 e desde então, melhorou muito. Os índices de violência agora são bem menores do que o que tínhamos no Brasil, então, a gente está beem no lucro aqui. Acredito que muita gente que acha aqui ruim, nunca nem pisou na área), ou se é porque o apartamento é nosso, ou porque é tudo o que a gente queria, mas estamos muito felizes com a nossa nova conquista! =D
Até mais,
Mari! xD
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