Compramos um apartamento!! \õ/ (final)

Claro que não podia faltar um videozinho pra mostrar o apartamento novo, então, aqui vai:

Até mais,

Mari! xD

PS: Super recomendo o Myles, o Jordan e o Zvika. Eles foram super profissionais e fizeram um processo bem tranquilo pro nosso lado. O Myles ligou no dia que pegamos as chaves pra dar parabéns e pedirmos algo de presente de casa nova que ele iria comprar (pedimos uma máquina de pão! hahah xD). A moça da administração do condomínio disse que o preço do Jordan não foi tão caro e que ele era muito bom, porque mandou nossos documentos diretamente pra ela (coisa que ela nunca tinha visto acontecer antes).

PS2: Em NENHUM momento nos pediram nosso Credit Score!!! Quem generalizou e disse que é necessário pra empréstimo não sabe muito sobre o assunto.

PS3: Quando eu estava pesquisando sobre opções de empréstimo de dinheiro, me deparei com a opção de alugar pra comprar (Rent to Own), que achei beem interessante e estava considerando seriamente caso o empréstimo não fosse aprovado. Fica ai a dica pra quem não tem dinheiro pra downpayment e que quer sair do aluguel logo! ;) opções existem, só planejar e se programar pra acontecer!

Compramos um apartamento!! \õ/ (parte 2)

Mesmo o cara do banco, na nossa primeira visita no banco no ano passado, tendo falado de uma experiência ruim que ele teve com caras que representam empresas de empréstimo (porque ele disse que teve altas taxas escondidas e, no fundo, a empresa acaba pegando empréstimo com os bancos e cobrando taxa em cima, então, teoricamente, você paga mais caro no fim das contas do que se fizer diretamente com o banco), seguimos com a sugestão do Myles e gostamos do que ele nos disse. Com a aprovação dele, fomos na semana seguinte ver apartamentos!

Selecionamos 3 que eram perto, com um que tínhamos gostado muito e tínhamos certeza que compraríamos, e dois que marcamos pra ver só porque eram perto desse aí. Num sábado de manhã que eu tinha de folga em fevereiro, fomos lá olhá-los.

O Myles nos encontrou no primeiro deles: 3 quartos, um banheiro, recém reformado (possivelmente só pra venda). Depois disso, partimos pro segundo: 2 quartos, um banheiro, ocupado, mas bem cuidado e com uma reforma recente. O MESMO preço do primeiro que vimos. O Myles explicou pra gente que, apesar dos preços serem os mesmos, o primeiro ia ser tipo um "leilão" (que aparentemente é uma prática muito comum aqui). O preço é mais baixo do que o mercado e os compradores fazem ofertas, a maior delas leva. O segundo, já estava num preço mais justo. E tinha ainda a vantagem que a empresa que ele trabalha era a única autorizada a vender, então, a concorrência seria beeem menor e o preço provavelmente não mudaria muito.

Seguimos pro terceiro, que era o que tínhamos mais gostado pelas fotos e era mais barato. Ao chegar lá, uma decepção!! O apartamento estava bem mal cuidado, a disposição dos cômodos não favorecia e tinha uma varanda minúscula. Cortamos da lista na hora! O Myles perguntou se a gente ia querer fazer uma oferta pra um dos outros dois, ai dissemos que íamos pensar.

Demos uma caminhada nos arredores pra conhecer o que teríamos por perto e gostamos do que encontramos. Paramos num bar/restaurante pra almoçar e discutir o que faríamos. Ponderamos vários fatores. O preço era mais ou menos o que queríamos, a região era boa, todos os nossos critérios que estávamos procurando estavam presentes. Então, vimos que não tinha motivo pra não tentar. Ligamos pro Myles e dissemos que queríamos fazer a oferta nesse.

No domingo, ele mandou uns documentos pra assinar (mega urgentes) com a proposta. Depois de alguns ajustes (como a data de mudança e o preço), na sexta-feira já tínhamos a proposta feita e aceita (outro dia pra assinar um documentos correndo)! Na segunda-feira me dirigi ao prédio da empresa pra levar o dinheiro necessário pra "segurar" a proposta!

Depois dessa correria, agora era a parte burocrática a ser resolvida. O Myles também nos recomendou o advogado, que ia rever nossos documentos e fazer toda a parte burocrática. Por um tempo, ficamos meio que sem notícias por parte do Jordan (advogado) e do Zvika (broker). Foi uma época bem estranha pra mim, já que eu nunca passei por um processo desse nem tinha noção nenhuma do que aconteceria ou do que esperar. Ficamos meio que sem saber se já era pra ter tudo assinado ou não, se já era garantido 100% que o apartamento era nosso... Além disso, chegou o COVID e entramos em quarentena, então, acredito que os processos ficaram ainda mais enrolados, ainda mais a parte do broker. Depois de um e-mail perguntando como estava nosso processo, ele nos respondeu falando que estava enrolado por causa do COVID e que estava resolvendo os casos mais urgentes primeiro (ou seja, que iriam mudar antes), o nosso estava na fila. Então, não tinha muito o que fazer a não ser esperar. 

Mais ou menos um mês antes da mudança (em maio), quando eu mandei outro e-mail perguntando "qual é mermão, preciso saber se vou mudar ou não" é que notamos que o processo movimentou novamente. Então, demos a notícia pra empresa do nosso aluguel que dali um mês estaríamos nos mudando!

Mais papeis assinados, conversa por Zoom com o Jordan e com o Zvika, tudo resolvido, o apartamento era oficialmente nosso!!! \õ/

Precisamos fazer a transferência do resto do dinheiro da entrada pro advogado, fomos no apartamento novo reservar o elevador, alugamos o caminhão e carros pra mudança, chamamos nossa mão de obra (reduzida devido ao COVID =( ) e, finalmente, no dia 6 de junho, chegamos na nossa nova casa! <3

Foi algo meio inesperado, pois não estávamos planejando tanto assim, mas que aconteceu tão rápido e sem estresse (quase) nenhum! Tudo se encaixou tão bem que é bem inacreditável pensar que de repente nós somos os donos de um apartamento em Toronto! <õ> a ficha só caiu depois que pegamos as chaves e abrimos as portas da nossa nova casa! O primeiro dia bateu um pânico do tipo: "O que foi que a gente fez? Por quê? Podíamos ficar de boas pagando nosso aluguel pro resto da vida, mas nããão, fomos inventar de comprar um apartamento". Mas no segundo dia o impacto passou e, na real, finalmente, nos sentimos realmente em casa! Não sei se é a região (que inclusive todo mundo que a gente fala faz cara feia porque é perto de uma outra região "famosa" pelos índices de violência. Mas pesquisamos muito antes de decidirmos a região pra mudar, e vimos que essa "fama" é algo que aconteceu nos anos 80 e desde então, melhorou muito. Os índices de violência agora são bem menores do que o que tínhamos no Brasil, então, a gente está beem no lucro aqui. Acredito que muita gente que acha aqui ruim, nunca nem pisou na área), ou se é porque o apartamento é nosso, ou porque é tudo o que a gente queria, mas estamos muito felizes com a nossa nova conquista! =D

Até mais,

Mari! xD

Compramos um apartamento!!! <õ> (parte 1)

Quem diria que um dia nas nossas vidas de Milennials compraríamos um apartamento!? Pois é, aconteceu beem mais cedo do que o esperado. Ainda é um feito meio inacreditável pra gente, mas vou tentar resumir um pouco.

Tudo começou quando nos mudamos pro nosso segundo apartamento, em que pagávamos 2100 dólares canadenses de aluguel por mês! Pra gente, isso é muito dinheiro jogado no vento. Vinte e quatro mil dólares por ano pra nada (depois de um tempo você começa a pensar em salário/gastos anuais aqui). Isso me incomodava muitooo! Então, no começo desse ano, depois que o Armando conseguiu o emprego dele, decidimos começar a ver isso ai.

Já tínhamos um dinheiro guardado, que fomos guardando enquanto nós dois estávamos trabalhando no ano passado, mais um pouco que sobrou do que trouxemos do Brasil e mais o que começamos a guardar quando ele achou o segundo emprego dele. Não era muito, mas já dava pra dar um down payment de uns 10% (dependendo do valor do apartamento que encontrássemos). O ideal seria dar 20% de entrada, porque ai a gente não precisava pagar o seguro obrigatório pra quando você dá menos de 20% de entrada. Porém, depois de fazermos as contas, vimos que valia a pena dar uma entrada menor e já comprar logo do que esperar juntar 20%. O valor do seguro ia ficar por volta de uns 10 mil a mais no preço do empréstimo. Por outro lado, se esperássemos pra juntar 20%, íamos demorar uns 2 anos pagando 2000 de aluguel, sem contar que a tendência dos preços dos apartamentos é aumentar (ou seja, a escolha era entre 48 mil "jogados fora" em aluguel até ter 20% ou 10 a 15 mil de seguro e já comprar logo). Obviamente, optamos pela segunda opção.

Comecamos meio que como meta o dinheiro que a gente tiver guardado usar pra uma entrada de 10% e o valor total mensal a pagar não ser muito maior do que o que a gente paga de aluguel atualmente (porque também não temos taanto dinheiro assim e não queríamos nos estrupiar pra pagar as mensalidades, além de ser bom ter uma folguinha, e eu também pretendia estudar, então, ia ter um gastinho a mais nesse sentido). Claro que isso limitou bastante o nosso orçamento, e com notícias quase diárias de preços absurdos de imóveis em Toronto só crescendo e Milenials não tendo capacidade financeira pra adquiri-los dava um desânimo, junto com ansiedade pra comprar logo antes que o preço aumentasse ainda mais!

Tentamos ver com um cara que faz análise financeira do nosso banco pra ver quanto que poderíamos pegar de empréstimo. A gente já tinha conversado com ele no ano passado e gostamos, então, queríamos uma análise detalhada. No entanto, tivemos uma dificuldade em encontrá-lo. Enquanto isso, já estávamos de olho em alguns apartamentos no site do Realtor. Esse site nos ajudou muito a dar um ânimo, porque não sabíamos se tinha imóvel mais barato, já que todas as notícias mostravam médias de preços de apartamento a 800.000 e subindo. Mas, explorando o site e limitando o preço dos imóveis mostrados pra algo que imáginávamos que seria o nosso orçamento, descobrimos que existem sim opções mais baratas que isso! O que faz sentido: se a média é 800 e a mídia vive divulgando apartamentos de um milhão ou mais, quer dizer que existem opções mais baratas, que trazem o preço da média pra baixo!!

Nossa casa ideal seria uma townhouse, que seria mais ou menos o equivalente a uma casa germinada pertencente a um condomínio. O motivo: o quintal geralmente é pequeno, mas grande o suficiente pra ter um espaço pra curtir e ter uma hortinha (acho que estou virando a doida das hortinhas haha) e o cachorro (que a gente não tem) brincar e fazer xixi. Porém, townhouse em Toronto é mais cara do que nosso orçamento permitia (mas se a gente tivesse ido com o plano de mudar pra uma cidade menor, seria o preço ideal pra gente!), então, tivemos que optar por apartamentos mesmo, que era basicamente o que sempre aparecia como opção no Realtor.

Notamos que os apartamentos em geral não ficavam muito tempo no site não. Os melhores às vezes sumiam em uma semana! Então, se gostássemos de um, já tínhamos que estar com tudo meio que no esquema pra já dar a entrada logo. Às vezes aparecia um que na descrição falava algo do tipo: ideal pra quem quer renovar, e que às vezes era mais barato. Consideramos a possibilidade, mas acabou que na época que começamos a colocar o plano pra frente, não tinha nenhum disponível.

O próximo passo, além do empréstimo, era falar com um Agente Imobiliário, que seria quem faria todo o processo pra gente. O Armando ficou responsável de encontrar um e, depois de pesquisar e olhar alguns apartamentos na internet, o Myles, que tem imoveis no site do Condos.ca (um outro site muito bom pra ver imóveis disponíveis), entrou em contato com ele e comecaram a trocar ideias. Eu tinha entrado em contato com uns agentes de prédios em contrução, pra ver se valeria a pena, e a resposta deles, depois que eu falava o preço que a gente estava buscando era "você tem que aumentar esse orçamento pra comprar algum lugar em Toronto". Aham. Tá bom. Como se desse pra aumentar orçamento assim, né?

Enfim, falamos com o Myles e ele fez um cadastro pra gente no site do Condos, e começamos a receber apartamentos com nossas especificações. Resolvemos procurar em uma região perto do trabalho do Armando, já que ele não pretende sair do dele e tao cedo eu não pretendo ficar no meu pra sempre. Consideramos comprar em outras cidades do GTA (tipo Vaughan, Markham, Richmond Hill ou até Aurora), pensando que seriam mais baratos. Pra nossa surpresa, não eram! A maioria dos apartamentos no nosso orçamento eram Bachelor (menor que um quarto) e não estávamos interessados nesses. Até tinha umas casas que poderiam entrar num orçamento mais apertado, mas as casas eram ridiculamente grandes (mais de 4 quartos), o que não servia pra gente também. Sem contar que, pra morar nessas cidades, precisariamos de dois carros, o que era outro gasto que nao queriamos ter por enquanto.

Apesar de ficarmos olhando o que ele nos mandava, não podíamos começar a propriamente ver, porque ainda não tinhamos a aprovação do financeiro. Explicamos a situação pra ele e ele perguntou se gostaríamos que ele sugerisse um Broker, que já trabalhou com ele. Falamos que tudo bem, afinal, não tínhamos nada a perder e o cara do banco estava enrolando a gente.

To be continued...

Mari! xD

Peripécias da quarentena: Corte de cabelo e hortinha - segunda temporada

Desde março, quando começaram a aumentar os casos de COVID aqui em Ontário, a província entrou em estado de emergência e colocou todo mundo em lockdown. Só podia sair pra serviços essenciais (produção e venda de comida, emergências médicas e farmácia, emergência veterinária, entre alguns outros). Todas as escolas fecharam inicialmente, depois transitaram pra um ensino online. Como meu trabalho foi considerado essencial, pouca coisa mudou pra mim. Já o Armando, começou a trabalhar de casa. O tempo meio que demorou a pegar no tranco da primavera/verão, o que ajudou a galera a sair pouco de casa. Quando fazia sol, as vezes a gente dava uma volta no jardim do prédio, só pra esticar um pouco a perna e o Armando conseguir fazer algo diferente. Comecei a ir de bike pro trabalho (consegui bater a marca de 100 horas de pedalada e mais de 2000 km =D) e as coisas ficaram bem paradas por um tempo.

Há algumas semanas, comecei a me incomodar com o tamanho do meu cabelo. Já estava chegando naquele momento que estava enroscando no aspirador de pó e a data do meu corte anual já tinha ido há muito tempo, com tudo fechado. Um dia, pedi pro Armando cortar meu cabelo haha foi um choque inicial, porque ficou mais curto do que eu esperava. Mas, incrivelmente, o resultado final ficou melhor do que quando fui no salão do ano passado. Agora estou com cerca de 8 inches de cabelo, sem saber o que fazer. Fui procurar pra doar, mas o lugar de Toronto que recebe disse que tem cabelos suficientes pra fazer peruca até 2022 <õ> tentei achar sites pra vender online, mas tem que pagar 15 dólares pra anunciar >.< eu quero pagar o anúncio se eu vender, não antes, sem garantia nenhuma. Ainda estou a procura do que fazer...

Corte quarentena

Não sei o que fazer com isso...

Além disso, comecei outro projeto de horta, já que no ano passado tive sucesso com meus tomates! \õ/ pesquisei algumas opções na internet e fui tentar crescer alface Romaine na água, vindo de resto de comida. O problema, é que sempre que eu achava instruções, eles paravam nos 15 dias, quando a folha ficava grandinha. Nenhum explicava o que fazer depois disso. Depois de muito procurar, achei um lugar que falava que dava pra plantar na terra, mas que não podia deixar muito, porque quando as folhas começavam a ter muitos "nervos" e uma cor verde escura ficavam ruins pra comer.

Primeiro dia

Uns dois dias depois, o da direita começou a crescer, mas o da esquerda não deu nenhum sinal

Adicionar legenda

Alguns dias depois, vi que o menor não ia crescer (provavelmente porque cortei muito), mas o da direita vinha a progredindo consideravelmente

Uhull!! A única coisa é que nos vídeos mostram uma raiz começando a nascer, mas eu nunca cheguei a ver nenhuma saindo do pé

Mais ou menos 13 dias depois, estava assim. Uns dos sites que eu vi sugeria fazer um sanduíche com as folhas que nasceram e é isso.

Num outro mostrou como colocar na terra, e foi isso o que eu tentei fazer, já que eu esperava ter beeem mais folhas antes de "colher"

Mas não muitos dias depois, vi que as folhas ficaram beem mais escuras e inervadas, e começou a nascer um "galho" do meio. Então, percebi que chegou ao ponto que não era mais bom pra comer :(

Agora tá assim...

Devo dizer que eu mesma nunca comi desse alface, desde que eu plantei ele, mas o Coffe e o Milk estão adorando a fonte de alface fresca! =D

Minha segunda tentativa foi plantar coisas da semente, então, comprei algumas no No Frills (pra ser mais exata: brocolis, espinafre e alface Iceberg) e plantei pra ver que que dá. Todos os lugares sugerem começar com um recipiente pequeno pra começar a nascer a planta e depois transferir pra um maior. Eu fiquei pensando o motivo disso, já que na natureza a semente cai na terra e nasce direto, não é? Então, parti pro modo hardcore e fiz assim mesmo. Peguei meus vasos do ano passado, tirei as plantas mortas (já que eles ficaram do lado de fora e, com a neve, as plantas todas morreram), coloquei mais terra nos que precisavam e coloquei 6 sementes de brocolis espalhadas pra ver que que nascia. E não é que nasceu? =D

Primeira a dar o ar da graça!

No total, 4 plantinhas nasceram!!

Sucessoo!!

Quando elas começaram a ficar num tamanho bom (recomendado quando aparecerem duas folhas "verdadeiras"), duas foram transferidas pra outros vasos, pra terem espaço suficiente pra crescerem!

Agora eles estão assim. Um pouco quebrados depois da mudança e dos ventos que bateram aqui nos últimos dias, mas continuam crescendo firmes e fortes. Sem sinal do brócolis até o momento

Os outros dois pezinhos. O vaso a esquerda foi uma tentativa falha de plantar espinafre da semente :(

Mas a grande estrela desse ano foi o morango! <3 desde o ano passado eu estava tentando plantar da semente. Tentei várias técnicas, desde secar elas no sol, fazer uma mini estufa com uma cobertura de plástico, plantar a fruta inteira, congelar e plantar, colocar na geladeira até começar a brotar e depois plantar. Nenhuma funcionou :( nadica. Nenhum sinal de vida. Não sei se os morangos tinham produto pra não nascer ou o que, mas sei que duas das vezes que coloquei no vaso nasceu fungo, mas nada de morango. Então, apelei. Fui na lojinha de jardim que abre sempre no começo da primavera e, assim que vi um pezinho de morango, comprei! xD Como já tinha algumas flores, em menos de um mês já colhi os primeiros morangos. E eles são beeem gostosos *-*

Tem flores rosas e brancas!

Não sei se dá pra perceber, mas o miolo da flor é um mini-morango! <3

O vaso veio com 3 pezinhos, que eu consegui identificar!

 Nascendo

Quase pronto pra colher!

Uhull!!

O legal do morango, segundo as más línguas, é que ele não morre definitivamente no inverno. Ele meio que adormece e no ano que vem dá flor e frutas de novo. Vamos ver se é verdade mesmo! E quando eu fui no centro de jardinagem, vi váárias plantinhas legais, tipo blueberry e outras, que eu queria comprar pra cultivar. Masss precisam de muito mais espaço que a minha varanda pode oferecer =( ai, só quando eu tiver um quintal de verdade mesmo!

Até mais,

Mari! xD

Crônica de Toronto: medos irracionais (awkward situation)

Noite estrelada, lua crescente no céu em uma forma clássica de C.

Saio de casa um pouco atrasada para ir ao trabalho. Uso casaco de moletom e ando apressada. Coloco o capuz, porque estão agradáveis 18 graus, com um ventinho que deixa minhas orelhas geladas. Corto o caminho pelo estacionamento do prédio, pra chegar ao ponto de ônibus mais rápido.

Pouco antes de chegar a calçaca, uma moça cruza meu caminho. Andamos no mesmo ritmo, ela uns 3 passos a minha frente.

Fico do outro lado da calçada, porque estamos em época de COVID e distanciamento social. Ela olha pra trás. Me encara com seus olhos azuis. Olha pra frente de novo.

Eu olho pra rua a direita, pra ver se o ônibus está vindo a distância. Percebo pela visão periféria que ela me encara novamente.

Será que está com medo de mim? Por quê? Será que é porque estou vestindo o capuz do casaco?

Ela volta a olhar pra frente. Penso em correr, caso o ônibus apareça ao longe. Mas isso só vai assustá-la ainda mais. Penso em falar: não se preocupa, não vou fazer nada com você. Mas acho que isso só vai assustá-la ainda mais. Não posso diminuir o ritmo da caminhada, pois a qualquer momento o ônibus iria passar.

Pela terceira vez, ela olha pra trás e me encara.

O que eu fiz pra ela estar tão desconfiada de mim? Será que se eu realmente quisesse fazer algo, estaria andando atrás dela, tão perto, esse tempo todo? Já não teria feito algo a essa altura?

Pela terceira vez ela olha pra frente. E corre.

Agora está a uns 10 passos a minha frente. Sigo aliviada, pelo menos ela vai parar de ficar me encarando. Será que se tivesse um carro de polícia por perto, ela teria corrido até eles pedindo ajuda, mesmo eu não tendo feito absolutamente nada? Imagino como seria a situação, eles me parando pra ver meus documentos, e eu com pressa querendo chegar ao trabalho na hora.

Na esquina, ela segue pra um lado, eu, para o outro. Ufa. Ameaça passada. Posso seguir meu caminho até o trabalho tranquila. Me pergunto se, ao chegar em casa, ela não vai contar pra família que foi "perseguida" na rua a noite. Pode até usar adjetivos como "pessoa mal encarada". Eu esperaria esse comportamento no Rio de Janeiro, não em Toronto. Mesmo a noite. Será que ela já sofreu algo? Ou será que é só mais um medo irracional devido às notícias divulgadas ou a uma história que ouviu da prima do amigo da vizinha? Penso em todas as vezes que fiquei com medo de andar na rua, ou desviei meu caminho quando via alguém vindo em minha direção. Com certeza, poucas vezes era uma ameaça real. Até que pondo devemos ter medo das pessoas a nossa volta?

Até mais,

Mari!

PS:Passo um tempo sem vir aqui postar, e, quando volto, descubro que atualizaram o sistema -.-' há quase 10 anos eu tenho esse blog e nunca vi uma atuaçização que mudou tanto o Layout. Eu estava até feliz pesando que eles nunca iam atualizar, já que é um site antigo e talvez ninguém mais usasse e nem se lembrassem da existência dele, além de mim haha ach o que estava enganada e terei que reaprender a mexer de novo <õ> -.-'