Mas afinal: o que é ser Residente Permanente do Canadá?

Depois das várias perguntas que me fizeram quando recebemos nosso visto de Residente Permanente (do tipo, vocês vão poder estudar, trabalhar, quando voltam, etc...) eu fui atrás pra ver exatamente o que significa ser um residente permanente. Decidi me informar no site do CIC (a bíblia para o Canadá! Já disse e repito!) e descobri que eu tinha umas ideias erradas sobre esse tipo de visto!

Pelas minhas pesquisas, ser um residente permanente é ser cidadão de outro país, mas autorizado a morar no Canadá de forma permanente. Os residentes permanentes podem ter os mesmos benefícios de cidadães canadenses (como cobertura do sistema de saúde e pagar taxa de aluno doméstico nos Colleges, para citar alguns exemplos); podem morar, estudar ou trabalhar em qualquer lugar do Canadá; podem aplicar para a Cidadania Canadense (após completar os requisitos que eles pedem, que não sei exatamente quais são no momento. O que eu sei é que tem que ter morado alguns anos no Canadá e fazer uma prova sobre cultura, história e politica canadense); e estão protegidos pela legislação canadense.

Além disso, os residentes permanentes não podem votar nem concorrer a vagas de emprego de alto nível de segurança.

Mas, para mim, a maior "novidade" foi saber que não se perde o status de residente permanente, a não ser que se tenha algum processo judicial, que se renuncie ao status de residente permanente, que uma ordem de remoção seja feita ou que se torne cidadão canadense! :) Não sei porquê, mas eu achava que teríamos que ficar renovando o status de tanto em tanto tempo. Menos mal!! :D além disso, quando se é residente permanente, é obrigatório morar no Canadá por pelo menos 2 anos num período de 5 anos, se não o status pode ser perdido.

Achei muito reveladoras essas informações (tiradas todas do site do CIC) :)
Até mais,
Mari! =D

Enviando os passaportes

Decidimos enviar os passaportes pelo VFS, ao invés de enviar pelos Correios ou outra empresa de transporte (estava pensando em enviar pelo DHL), pois pensamos que o preço que íamos pagar pra eles ia ser quase o mesmo pro VFS, sendo que o VFS já é a própria empresa responsável pelos vistos. 

No início eu fiquei em dúvida se eles faziam esse tipo de serviço, porque o site é meio vago e eles dizem que não fazem serviços de Express Entry. Mas no e-mail do CIC eles recomendam mandar pelo VFS! Tentei ligar (falei com a secretária eletrônica e ela disse que eles não fazem serviços relacionados ao Express Entry) e mandar e-mail (sem resposta) pra ter mais informações. Depois de um tempo revirando o site achei num cantinho obscuro um link dizendo "pediram seu passaporte?", onde eu cliquei e descobri que poderia mandar por eles. 

Li 500 mil vezes o e-mail que com o pedido dos passaportes pra não esquecer de mandar nada do que eles pedem. Tiramos as fotos de acordo com o que pediram no link do e-mail com as orientações (o mocinho da loja até ficou medindo o tamanho das nossas cabeças na foto). E ontem fui ao Brasília Shopping ao VFS de Brasília. 

E, com surpresa, a pessoa que me atendeu disse que as fotos não estavam de acordo com o que eles pedem!! E, segundo essa pessoa, ninguém nunca leva fotos de acordo com o pedido. Ela perguntou se eu não queria tirar as fotos lá mesmo (pagando 12 reais pela foto). Comentei que era estranho, porque eu fiz tudo seguindo as orientações do e-mail do CIC e mostrei pra ela as informações impressas. Ela mediu a foto e disse que realmente estava de acordo com o que tinha lá, mas que quando eles (VFS) tiram a foto, fazem só do pescoço pra cima deixando a cabeça bem grande pra dar pra ver coisas pra biometria. Eu decidi manter as fotos que eu tirei no estúdio fotográfico mesmo (porque achei que eles só estavam querendo pegar meu dinheiro. Muito estranha essa história). A pessoa disse que se estiverem errada, eles só notificam pra mandar outra. Então tá sussa.

Porém, não consegui enviar ontem porque faltou o Armando assinar uns papeis do VFS autorizando o envio (eu achei que era só pra eu assinar, já que eu sou a aplicante principal). Então, imprimimos essa autorização hoje, ele assinou e fui lá novamente. Entreguei os documentos, eles preencheram no computador as informações, paguei a taxa (R$200,60) e eles me entregaram um código pra acompanhar pelo site deles o processamento. Também me deram o código de rastreio pra acompanhar o pedido quando for enviado pra minha casa :)

Segundo a pessoa, amanhã já vai estar tudo em São Paulo! A previsão de processamento é de 10 a 15 dias. E então, será enviado de volta \õ/

Até mais,

Mari =D

Pediram nossos passaportes \õ/

É com muita alegria que venho aqui informar que pediram nossos passaportes!! \õ/ NEM ACREDITO!!! Finalmente, depois de tanto tempo de preparação e planejamento, conseguimos \õ/ agora podemos começar a planejar coisas mais práticas, tipo passagens e lugar pra ficar nos primeiros dias e o que precisaremos fazer, documentos, despedidas e etc...!!! Agora tem tanta coisa pra planejar =D

Mas primeiro gostaria de agradecer a todas as pessoas que ajudaram ou participaram do projeto, de alguma forma, especialmente: a minha família e a do Armando (por todo o apoio e suporte), a immi-canadá (que ajudou desde o começo do projeto. Sem eles possivelmente não teríamos conseguido, tanto na questão do planejamento, quanto na parte burocrática, com as mudanças do nosso perfil e tudo o mais) e aos amigos (que ficaram torcendo e mandando energias positivas :D)

Ainda precisamos enviar nosso passaportes pro VAC de São Paulo, para que nossos vistos sejam devidamente carimbados/colados. Para isso, precisamos tirar uma foto com as especificações do CIC e mandar junto com o passaporte num envelope para eles. Quero ver onde que tira foto assim aqui em Brasília. Aliás, bem que podia ter como pegar o visto em Brasília ao invés de mandar o passaporte pra São Paulo, né? :/ hahaha

Depois que tiver os passaportes em mãos, vou fazer uma timeline bem completa pra postar aqui!

Até mais,

Mari!!! =D

413 no Express Entry!!!! <õ>

Depois que fiz meu IELTS e ainda estávamos esperando ver a nota pra poder dar entrada no College; enquanto ainda estávamos esquentando a cabeça pra conseguir os contratos de trabalho e a carta do banco pro OINP (eu estava quase desistindo do OINP nessa época, por causa da falta dos contratos :/); enquanto estávamos (pelo menos, eu estava) "sofrendo" a cada semana pra saber se teria um novo draw e qual a pontuação; no dia 31 de maio, tivemos a imensa  surpresa e felicidade de ter acontecido mesmo um draw. Pontuação: 413!!! \õ/ novamente, veio aquele pensamento de "Conseguimos! Acontece mesmo! É de verdade!" ficamos muitooo felizes e mais relaxados, porque agora não precisávamos mais dos contratos \õ\ \õ/ /õ/ agora sim tínhamos grandes chances de conseguir o PR (visto de residente permanente) direto!!

Recebemos nosso ITA (Invitation to Apply, que é o convite para aplicar para o visto) no mesmo dia 31 :D (eles podem demorar um pouco pra mandar a carta-convite). Agora tínhamos 90 dias para mandar os documentos, se não, nosso perfil seria excluído (pro OINP, eles dão 6 meses pra mandar todos os documentos). Pagamos mais uma taxa para a consultoria e partimos pra pegar os documentos restantes, traduzir o que tinha que ser traduzir e ir atrás dos novos documentos: o exame médico e os antecedentes criminais.

Os antecedentes criminais foram fáceis. Só entrar no site da Polícia Federal e pedir online. Você digita as informações que eles pedem e já sai pronto! Tem validade de 90 dias. Só mandar pra tradução juramentada e correr pro abraço! (Quem morou em outros países por mais de 6 meses tem que pedir os antecedentes destes países também).

Com relação aos exames médicos, tem uma lista no site do CIC tem com todos os médicos credenciados para fazer o exame pro visto. Felizmente, em Brasília tem um (se não, teríamos que viajar pra fazer a consulta). A marcação da consulta é por e-mail e eles mandam um arquivo com as orientações para o dia do exame (jejum, etc...). Eles me pediram um número tal de código IME pra marcar a consulta, mas eu nunca achei que código é esse. Minha consultoria disse que esse IME é um formulário para visto temporário, que era só eu levar meu ITA no dia da consulta que estava tudo certo. E deu mesmo! Eles também me perguntaram se era visto de estudo, trabalho ou turismo e a consultoria recomendou colocar como "trabalho".

Atenção que um dos documentos que o médico pede é uma carteira de identidade com menos de 5 anos!!! Eu não tinha visto isso no papel que eles mandam com as recomendações para o dia da consulta, quem reparou foi meu marido, mais ou menos uns 10 dias antes da data agendada!! Entramos em desespero (mas o que seria todo o processo sem momentos de tensão, não é mesmo? -.-' nem tínhamos tido adrenalina o suficiente até o momento haha) porque nossas identidades tinham mais de 5 anos (aliás, que "regra" é essa de ter que ter menos de 5 anos, hein??) e pensamos em madrugar no dia seguinte no Na Hora pra conseguirmos fazer. Mas olhando na internet descobrimos que eles só fazem por agendamento e que fica pronto em 4 dias úteis. Quando olhamos de noite só tinha lugares longe para agendamento :/ no dia seguinte acordamos cedinho e encontramos mais perto pro dia seguinte. Fizemos nossa carteira e seis dias depois fomos lá (dois dias antes da consulta) para pegar e... Não estavam prontas!!! A policial disse que foi porque trocaram a empresa que imprimia e eles estavam atrasando as entregas!!! Neste momento, entreguei nas mãos de Deus e o que tinha que ser, seria! Não ia adiantar ficar esquentando a cabeça com isso mais. Voltamos lá no dia da consulta, assim que abriu o posto do Na Hora e, por sorte, estavam prontas! UFA!

Eles pedem pra chegar as 9h para a consulta e ter o dia todo disponível. Achei que era "frescura" deles e tentei procurar no Facebook outras pessoas que fizeram exame lá pra me informar se era preciso tudo isso mesmo, mas não achei ninguém :( então, pedi o dia de folga no trabalho, fui lá e descobri porque eles pedem o dia todo. Assim que chegamos (fomos os primeiros, chegamos pouco antes das 9h), a moça nos atendeu e preencheu uns arquivos com as informações (porque, segundo ela, era up front) e tirou nossas fotos. Nisso já vai um tempinho. Então, ela nos mantou para coletar os exames de sangue e urina (tem um Sabin lá perto que dá pra ir a pé e aceita plano de saúde e tem um outro laboratório que paga, que eles recomendam). Depois de coletar a amostra, voltamos pro consultório pra consulta propriamente dita. Se tiver muita gente na frente, eles mandam logo pra fazer o raio-X e faz a consulta depois. Como tinha pouca gente na nossa frente, ficamos esperando. Fomos atendidos mais de 11h. O médico é super tranquilo e simpático, fez os exames clínicos, perguntou algumas coisas e só. Aí voltamos pra recepcionista, que nos entregou o pedido de raio X, que faz lá por perto também. Mas como já era mais de meio dia estavam fechados para almoço e só estariam abertos de novo depois das 14h. Então, aproveitamos pra almoçar por lá. Duas horas fomos fazer o raio X e estava lotaado! Então, demoramos um tanto lá. Quando o raio X ficou pronto, voltamos pro consultório e (teoricamente) já era pra ter os resultados do laboratório prontos, mas os nossos não estavam ainda. Eles conferiram o raio X e disseram que quando tivéssemos os resultados do laboratório (sai no mesmo dia), pra mandar pra eles finalizarem o processo. Quando acabou tudo, era mais de 16h. Não sei se em outras cidades é assim também, acredito que não, pelas histórias que já li no facebook. Mas comigo foi assim!

Então, finalizamos de mandar os documentos pra consultoria, que revisou tudo e mandou pra gente revisar também (encontramos algumas coisas faltando e erros pequenos, que foram corrigidos). Depois de tudo pronto, não estava faltando nada (segundo a consultoria, nosso caso estava bem consistente), todos os documentos foram enviados no dia 29 de junho \õ/ recebemos no dia 29 de junho mesmo nosso AOR (Acknowledgement of receipt, que é uma mensagem dizendo que os oficiais receberam a aplicação). No e-mail que recebemos eles dizem que tentam processar os documentos em 6 meses ou menos, mas que o tempo de processamento varia de acordo com circunstâncias individuais.

Então, mais uma vez, só nos restava esperar pelo processamento dos documentos para sabermos se teríamos o visto aprovado ou não!!! No momento, ainda estou esperando a resposta. E, assim que a tivermos, volto aqui pra contar ;) (espero que eu traga boas notícias nesse dia! *cruza os dedos*)
Até mais,
Mari! =D

A saga IELTS (parte final): Academic de novo!

Marquei meu IELTS para a primeira data de prova que tinha disponível: 25 de maio, que era uma quinta feira!! Achei estranho, pois pensava que o IELTS acontecia somente nos fins de semana, mas aparentemente não! Isso me dava pouco mais de um mês para estudar pra prova (já que marquei no dia 18). Como já tinha estudado muito²²² pro General e a nota que eu precisava não era tão alta, achei que seria o suficiente.

Meu plano de estudo dessa vez foi mais light: eu peguei meu material antigo, que eu tinha estudado pro primeiro IELTS Academic que eu fiz e dei uma revisada na estrutura da prova e vocabulário, focando principalmente no Writing Task 1, que é o mais diferente entre as duas provas. Então, fiz vários Writing Task 1 e alguns 2. Quando faltava 2 semanas pra prova, mandei uns 2 Writings pra correção, pra ver qual seria a nota, e a professora disse que estava entre 6,5 e 7 (tudo o que eu precisava! =D). Além disso, fiz alguns reading e listening, só pra entrar no ritmo (louco) da prova e ver se ainda conseguia pensar rápido, me concentrar e responder tudo. Conseguia. O Speaking foi novamente deixado de lado. Pratiquei alguns simulados com o marido e revi os vídeos com dicas pela terceira vez! Achei que isso seria suficiente.

Meu Speaking foi na quarta, um dia antes da prova escrita. Quando cheguei, estava mais tranquila do que das outras vezes que fui fazer o speaking, mas ainda estava um pouco nervosa. Enquanto estava aguardando para a minha vez, chegou uma moça meio estressada falando que tinha marcado a prova, mas que não tinha recebido o e-mail de confirmação. Acho que deu algum problema com a inscrição dela e ela foi tentar resolver no dia da prova (não recomendo). Para agravar o caso, ela morava em outra cidade, então, viajou e pagou hotel pra vir só pra isso. O pessoal organizador explicou educadamente que eles não poderiam fazer nada, que ela tinha que entrar em contato com o British Council, passaram telefone e ela foi embora. Mas esse pequeno incidente tirou um pouco minha concentração e eu fiquei um pouco nervosa/ansiosa com a situação (e com a prova em seguida).

Após entrar pra sala, o moço começou perguntando como era minha casa e depois começou a falar de sonhos: se eu me lembrava o que sonhava, se achava que os sonhos significavam alguma coisa. Ele me fez uma pergunta sobre bolsas (igual na prova anterior, mas não se demorou nesse assunto, ficou mais no tema sonho mesmo)! Depois veio a parte 2, na qual era pra eu falar de um tempo na minha vida em que eu tive que esperar: quando foi, como eu senti, o que eu fazia... Eu pensei inicialmente em falar sobre o Express Entry hahaha (afinal, que espera, viu?). Mas achei que ia ser meio complicado explicar em 2 minutos tudo o que eu tinha pra falar, então resolvi falar sobre o período antes do meu casamento. Quando achei que já tinha respondido todas as questões o moço me pergunta "Você não quer acrescentar mais nada a sua resposta?". Pra quê. Bateu um desespero e tudo o que eu consegui pensar foi "será que eu não falei o um minuto que eles pedem ou ele está esperando pra completar os dois máximo? Será que minha resposta foi curta/ruim?". Mas eu só olhei pra ele, dei um sorriso e disse que não. Ele esperou mais um pouco olhando pro relógio e seguiu pra parte três, que focou em momentos que as pessoas tem que esperar, o que elas fazem, se as pessoas hoje em dia tem menos paciência que antigamente, se as crianças sabem esperar mais que os adultos, por que geralmente as pessoas esperam.

Fiquei o resto do dia todo encucada com esse negócio do speaking, porque nunca tinha ouvido ninguém falar que já tinha acontecido isso. Mas não tinha mais nada que eu pudesse fazer. Fiquei revisando mentalmente minhas repostas pra ver se seriam suficientes para um 6,0, mas fiquei bastante insegura. No dia seguinte pensei só na prova que tinha a frente e o que tivesse que ser, seria!

Após entrar na sala, a mesma moça do dia anterior apareceu, mas dessa vez não consegui ver/ouvir o que aconteceu. A prova transcorreu normalmente, como no dia do General Training.

No dia 7 de junho acessei o site deles para ver a minha nota: Listening 8,5, Reading 9,0, Writing 7,0 e Speaking 6,0, Overall 7,5. Ou seja, consegui as notas que precisava \õ/ agora poderíamos partir pro próximo passo!

Beijos,

Mari! =D

Juntando os documentos para enviar pro OINP

Assim que contratamos a consultoria em abril, eles nos mandaram uma lista com os documentos que precisávamos mandar e os arquivos para serem preenchidos com algumas informações.

Quando vimos a lista dos documentos que tínhamos que mandar, ficamos meio revoltados (e desesperados haha)! Porque quando fizemos nossa consultoria inicial (uns 2 anos antes), não nos foi falado nada sobre ter que mandar contratos de trabalho e contra-cheques para comprovar a experiência de trabalho, só falaram sobre a carta do empregador! Achei que era "frescura" da consultoria, pra ter mais documentos comprobatórios das nossas experiências, mas resolvi ler a lista no site oficial de documentos necessários para o OINP e lá estavam eles, pedidos como documentos obrigatórios -.-' O problema é que eu não tinha nenhum contrato de trabalho dos meus empregos ou da residência :/ até tinha contra-cheque  da residência, mas não dos meus trabalhos (mas poderia mandar meus extratos bancários, então, isso não seria tanto um problema).

Preenchemos os arquivos que eles pediram e mandamos alguns documentos que já tínhamos pra eles conferirem e verem se estava ok pra mandar pra tradução juramentada. Fomos vendo a parte da documentação devagar, pois a última chamada do Express Entry tinha sido 415 pontos no dia 19 de abril e a pontuação estava vindo de uma tendência de queda, então, estávamos torcendo para sermos chamados no próximo draw! Além disso, eu estava tentando focar no IELTS, que estava chegando. No dia 4 de maio teve outro draw, mas com a pontuação de 423 :( então, decidimos focar 100% no OINP e, se por acaso fossemos chamados, mudaríamos o plano.

A consultoria revisou o perfil que tínhamos preenchido e fizeram algumas mudanças: excluíram uma das minhas experiências de trabalho, pois eu não tinha horas suficientes que fizessem diferença na pontuação e só seria mais trabalhoso ter que comprová-la; alteraram meu NOC (sistema de classificação de emprego que o Canadá tem) de médica veterinária para técnica em química!! (essa foi a alteração que acho que foi a mais significativa que eles fizeram e que eu nunca teria pensado, porque as funções que eu exerço não se enquadram muito no NOC de veterinário ou técnico em veterinária, mesmo minha função sendo veterinária no Brasil. O ideal é que pelo menos mais da metade das funções estejam descritas no NOC colocado, que é o que eles consideram quando analisam a experiência de trabalho); tiraram a experiência de trabalho e o "Bachelor degree" do Armando (porque o mestrado conta mais, então, não tem porque comprovar o Bachelor. E a experiência de trabalho não daria pontos).

Eles disseram que teríamos que mudar a carta do meu emprego (que eu tinha pedido no começo do ano pra tentar adiantar), para que as funções fossem detalhadamente descritas de forma que se encaixassem no NOC colocado. Então, escrevi o que precisava ser acrescentado a minha carta e mandei pra minha chefe, pra ver se ela poderia fazer outra carta acrescentando aquelas informações.

Outra coisa que precisávamos era de uma carta do banco com algumas informações, como saldo disponível para saque imediato e que não tínhamos nenhum problema financeiro com o banco. Fui até minha agência pra pegar essa carta e descobri que minha agência não era mais aquela. Eu havia sido transferida pra uma agência online e teria que resolver isso com meu gerente online. Baixei o aplicativo do banco e entrei em contato com meu gerente por lá. Depois de mais ou menos 3 semanas que eu pedi a carta e após conversar extensivamente com a equipe que me atendeu (eles tinham que conversar com outros setores sobre a carta), eles fizeram uma carta com as informações que eu pedi :D

Também conversei com minha chefe sobre a questão do contrato e ela falou que ia ver o que poderia fazer no meu caso (se poderia fazer um contrato como se tivesse sido assinado quando entrei ou pensar em outras opções). E, com relação a residência, eu não lembrava de ter assinado um contrato, mas ainda assim mandei um e-mail pro coordenador da residência na época explicando a situação e perguntando se tinha algum contrato. Ele encaminhou o e-mail pro secretário responsável pela residência veterinária. Este me disse que não tinha contrato com ele, só o histórico e a declaração  de conclusão (esses documentos eu já tinha), mas me passou um telefone do pessoal que cuidava do financeiro, pra ver se tinha algum contrato lá. Liguei pro número e me disseram que não tinham contratos, quem poderia ter isso era uma pessoa x, que era da secretaria da residência médica e me passou o número. Liguei pro número e expliquei o caso pra pessoa x e ele ficou bravo achando que o cara da secretaria da veterinária não sabia resolver e disse que a declaração de conclusão e o histórico deveriam ser suficientes e o secretário da veterinária que tinha que me dar. Como esses documentos eu já tinha, não entrei mais em contato com eles, já que percebi que não tinha contrato mesmo, como eu já esperava.

Além disso, ainda tínhamos que escrever uma carta sobre os motivos de termos escolhido a província de Ontário. Mas isso só começamos a pensar depois da prova do IELTS.
Até mais,
Mari! =D

NOI de Ontario

Alguns dias depois da nossa consulta com a empresa de educação, no dia 10 de abril, apareceu outra atualização no site oficial de Ontario (que eu olhava quase todo dia, além de acompanhar novidades pelos grupos do facebook) anunciando que seriam feitas mais chamadas para o programa provincial deles, o OINP. Além disso, eles sugeriam que os aplicantes que tinham interesse em ir pra Ontário deletassem o perfil antigo do Express Entry e fizessem um novo, pois teriam mais chances de serem chamados!!! (então talvez a teoria da outra vez não estivesse tão errada assim...)

Já que eles disseram isso, no mesmo dia de noite deletei nosso perfil e fiz outro. Mas até o dia seguinte, não recebi nenhum e-mail de confirmação deles com meu registro. Então, deletei ele e fiz outro, de novo. E esperei. Recebi os e-mails de confirmação (recebi vários, então, acho que da primeira vez já tinha dado certo haha ^^'). E no dia 12 de abril, quando eu estava saindo do trabalho para me encontrar com o Armando para irmos pro Taekwondo, recebi um email dizendo que tinha uma mensagem nova no perfil. E quando abri, lá estava a NOI (Notification of Interest, ou notificação de interesse) da província de Ontário com as instruções que deveríamos seguir caso quiséssemos realmente aplicar para receber a nomeação de lá!! (a nomeação da província dá 600 pontos no processo do Express Entry, então, caso entrássemos no processo e conseguíssemos a nomeação, teríamos 1.013 pontos no Express Entry, o que era garantido de sermos chamados!)

Nosso primeiro pensamento foi: "É de verdade! Está acontecendo mesmo!". Não é tipo aqueles sorteios ou rifas de feira que você compra e nunca ganha. Eles chamam mesmo!!!!! \õ/ Finalmente todo o estresse, trabalho e dor de cabeça estava dando resultados! Ficamos muito felizes e, assim que chegamos em casa, mandei um e-mail pra empresa que trabalha com vistos e imigração (que queríamos contratar desde o início) para eles nos ajudarem no processo do OINP! \õ/ (para não termos erros!!)

Alguns dias depois, agendei meu IELTS Academic, pois o tempo de processamento dos NOI de Ontário de 2016 foi de quase um ano! Tudo bem que eles atualizaram o sistema em 2017 (para um sistema online, ao invés do papel, como era em 2016), mas, ainda assim, caso tudo desse certo e nosso processo fosse rápido, só receberíamos nosso PR (visto de residente permanente) em 2018 (porque depois da etapa provincial, ainda teríamos que passar por todo o processo federal do Express Entry em si). Como queríamos ir "logo", resolvemos adiantar o processo dos estudos, que era "garantido". E quando estivéssemos no Canadá era só trocar os vistos de estudo e trabalho pelo de residente permanente quando tivesse terminado o processamento (o que seria ótimo, porque o preço do College diminui consideravelmente quando a pessoa é estudante doméstico ao invés de estudante internacional). Depois, conversando com nossa consultoria, eles nos disseram que o tempo de processamento de Ontário estava levando cerca de 3 meses, o que era melhor ainda!! xD

Até mais,

Mari! =D

Colocando o Plano B em ação

Enquanto esperávamos uma queda da pontuação do Express Entry ou a abertura de algum PNP que nos enquadrasse, fizemos uma consultoria no começo de abril com uma empresa especializada em estudos no Canadá. Explicamos nosso perfil, nossos objetivos, nível de educação, experiência de trabalho, nível de inglês e, na visão deles, o melhor plano seria eu ir estudando (porque minhas notas no IELTS foram mais altas e porque minha profissão é mais difícil de regulamentar e não tem tanto mercado de trabalho lá). Com isso, o Armando teria um visto de trabalho (conhecido como Open Work Permit, que é um visto de trabalho para a pessoa cujo cônjuge está estudando no Canadá em um College público). Além disso, eles me sugeriram alguns cursos, baseado na minha experiência de trabalho e formação acadêmica: Chemical Technician, Biotechnology ou um curso de administração na área de saúde. 

Também conversamos sobre as cidades que gostaríamos de ir. Por mim, a princípio, eu não tinha intenção de ir pra nenhuma cidade muito grande, porque eu tenho a impressão de que vai ser muita bagunça, trânsito, poluição, etc... (tendo como base as cidades brasileiras, apesar de saber que lá é mais organizado, bem estruturado e etc...). Quando estávamos pesquisando pra "decidir" que cidade gostaríamos de ir, achamos Ottawa bastante interessante. Inclusive, quando olhamos alguns sites de "melhores lugares pra se viver no Canadá" (existem vários rankings na internet), Ottawa é considerada a melhor cidade do país! Porém, a consultoria nos sugeriu ir para Toronto, pois lá tem um polo industrial mais forte, o que pode facilitar para o Armando achar um emprego relacionado a área dele. No começo não gostei tanto da ideia, já que Toronto é a maior cidade do Canadá com quase 3 milhões de habitantes, mas depois começamos a pesquisar mais sobre a cidade e até que não parece tão ruim assim! As pessoas que eu conheço que já foram lá falam super bem, então, achamos que vale a pena tentar!

Voltando aos cursos, alguns Colleges nos foram sugeridos: Centennial (para o curso de Biotechnology), Seneca (para o Chemical Technician) e o Humber (para o curso de administração na área da saúde). Analisei as matérias e grades horárias e o que eu mais gostei foi do Centennial. A ideia era tentar aplicar para o curso fast-track que começaria em janeiro de 2018. Mas, para isso, precisaria de um overall do IELTS Academic de 6,5, com nenhuma nota abaixo de 6,0. Então, lá fui eu agendar mais uma vez o IELTS!! -.-' (a vantagem é que as notas eram beem mais tranquilas do que se fosse tentar refazer pro Express Entry, então, não precisava preocupar tanto).

Agora, era estudar novamente pro IELTS e torcer pra nesse meio tempo sermos chamados pelo EE ou por algum PNP!!

Beijos,

Mari! =D

Perfil no EE

Depois de termos recebido nosso ECA e nossas notas do IELTS, corri pra fazer nosso perfil no Express Entry. Como não tirei a nota que eu precisava no IELTS (só faltou o 7,0 do speaking), nossa pontuação não seria tão alta quanto o previsto (mais de 450). Mas ainda assim, seria acima de 400 e eu sabia que no ano anterior Ontário estava com um PNP (Provincial Nominee Program, também conhecido como programa provincial) que chamava pessoas que tinham perfil ativo no Express Entry com mais de 400 pontos. Poderia ser nossa chance! Como eles fazem os convites meio aleatórios e sem aviso de data exata, quanto antes eu fizesse nosso perfil, mais chance de estarmos no pool de candidatos para sermos chamados.

Então, no dia 24 de janeiro de 2017 nosso perfil estava no pool com 413 pontos! Nós queríamos contratar uma empresa para nos ajudar nessa parte, mas como nossa pontuação não estava tão próxima às que estavam sendo chamada nos draws da época (foi 453 no dia 25 de janeiro), resolvemos esperar para não gastar um dinheiro "desnecessário", caso não fossemos chamados.

Depois que seu perfil está criado, tudo o que resta é esperar (e torcer para que chegue a sua pontuação ou abra algum PNP, caso ela não esteja próxima das que estão sendo chamadas). Nessa época, a gente começa a pensar em possibilidades de como melhorar a nota e fazer estimativas de quando mais ou menos pode ser que chegue a pontuação desejada, se seguirem a tendência das últimas chamadas. Mas uma coisa que eu aprendi foi: com o CIC não tem tendência ou previsão. Eles podem fazer chamada/draw a cada duas semanas e a nota cair muito e de repente esperar 3 semanas pra próxima, e assim a nota sobe (porque dá tempo de mais pessoas entrarem no pool). Eles podem decidir fazer 3 chamadas seguidas em 3 semanas, e com isso a pontuação cai muito. Podem fazer chamadas pra pessoas só com convites de províncias. Podem chamar sempre mais de 3.500 pessoas por draw e de repente chamarem 3.000. Não tem previsão que funcione! Mas mesmo assim a gente tenta, porque é tudo o que nos resta hahah em março eu fiz uma estimativa de que seríamos chamados por volta do meio de junho, se seguisse a tendência de diminuição de pontos que estava tendo. Mas nesse meio tempo eles anunciaram uma mudança prevista pro dia 6 de junho que daria mais pontos pra quem fala francês e quem tem irmão no Canadá, então, esperávamos que fôssemos chamados antes disso, já que era possível que as pontuações subissem depois dessa data, diminuindo ainda mais nossas chances.

No dia 24 de fevereiro, a província de Ontário fez um anúncio no site oficial dizendo que iriam fazer algumas chamadas para nomeações nas semanas seguintes para pessoas acima de 400 pontos. Ficamos esperando pra ver se seríamos chamados, mas não fomos :( acompanhando os grupos do facebook surgiram algumas teorias (ahh, as teorias! Outra coisa que se faz muito com o CIC no período de espera) dizendo que só as pessoas que fizeram o perfil recentemente (ou seja, pouco antes de terem sido chamados), que receberam os convites. Algumas pessoas chegaram a deletar o perfil e fazer de novo pra ver se receberiam os convites. Não acreditei muito nisso e não o fiz.

Nesse período, resolvi adiantar o único documento que eu podia (e que já sabia que seria chato): a carta do empregador. Essa carta tem especificações das informações que ela tem que conter. Então, fui logo pedir pra minha orientadora uma sobre a época da residência e também uma pra cada um dos meus chefes (eu tinha dois empregos). Uma chefe seguiu um dos modelos que eu mandei e me entregou e os outros dois pediram pra eu escrever e mandar pra eles assinarem.

Nesse meio tempo, com as oscilações das pontuações e a expectativa do PNP de Ontario, também ficamos pensando em possibilidades de aumentar nossa pontuação. A mais barata seria eu fazer um outro IELTS pra tentar um 7,0 no speaking (mantendo as outras notas). Mas considerando todo o estresse que foi estudar (e eu tinha estudado muito!), eu não estava com cabeça pra passar por toda essa pressão de novo. Além disso, não achava que iria melhorar meu speaking assim. A minha melhor chance de melhorar seria fazendo uma imersão ou intercâmbio pra estudar inglês intensivamente. Pesquisei uns preços de cursos de inglês na época, considerando até tentarmos um visto de work holiday, mas achei que não valeria a pena. Então, a outra opção seria ir fazendo um College (porque morando lá eu poderia melhorar o nível de inglês na prática. Mas, se mesmo assim não conseguisse a nota, estudar no Canadá me daria mais pontos, bem como a experiência de trabalho que eu ou o marido tivéssemos). O maior problema era o dinheiro, que ficaria beeem contado caso tivéssemos que fazer isso, mas era a única opção que víamos na época, então, resolvemos ir atrás disso também.

Mas isso são cenas pro próximo capítulo!

Até mais,

Mari! =D

Equivalência X Profissões regulamentadas

Muita confusão é feita com relação a equivalência dos diplomas para o processo do Express Entry e a capacidade de exercer a profissão no Canadá. A equivalência do diploma feita para o Express Entry nada mais é do que uma empresa comparar o grau de estudo que você tem no seu país com o que é estudado durante um curso semelhante no Canadá para ver se é parecido (ou "equivalente"). Por exemplo, um diploma de engenharia no Brasil equivale a um "Bachelor degree" de 3 ou 4 anos no Canadá (porque, de maneira geral, você estuda 3 ou 4 anos no Canadá para ter um diploma semelhante). E, dependendo da equivalência do seu diploma, você vai ter mais ou menos pontos no processo do Express Entry. Só isso.

Algumas pessoas pensam que fazer a equivalência já te torna apto a exercer a profissão no Canadá, mas uma coisa não tem nada a ver com a outra. Algumas profissões possuem órgãos reguladores, chamadas de "profissões regulamentadas". Portanto, para exercê-las, você tem que ter uma licença (geralmente dada pela província onde for morar). Outras profissões não tem essa "burocracia" (como a área de TI, por exemplo), então, não é necessário fazer provas nem ter uma licença para exercer a profissão no Canadá. Outras ainda tem uma forma de regulamentação voluntária (ou seja, não é obrigatório por lei ter licença para trabalhar, mas se você tiver é visto com bons olhos pelo empregador, sendo que algumas empresas podem optar/dar preferência pra quem tem licença). Recomendo pesquisar para saber se sua profissão é ou não regulamentada no Canadá. Existem várias listas em sites falando sobre isso.

Vou focar meu post no que eu descobri sobre as profissões regulamentadas que eu tive experiência ao longo do processo: veterinária e engenharia.

Veterinário formado no exterior no Canadá

Quando comecei a pesquisa sobre ir para o Canadá, já sabia que eu teria que passar por provas teóricas e práticas se quisesse trabalhar como veterinária lá. Então, comecei a pesquisar um pouco sobre isso. A medicina veterinária do Canadá tem um órgão regulador geral, o CVMA, e cada província tem também seu próprio órgão, como o CVO, de Ontário. Para ser licenciado pela província de Ontário, entre outras qualificações como bom nível de inglês e não ter cometido crimes, é exigido: completar os NEB (National Examining Board) e um exame local de conhecimentos (que não tenho ideia de como seja).

O NEB é dividido em 4 etapas: The Basic and Clinical Sciences Examinations (BSCE, prova de 225 questões de múltipla escolha feita no computador em 220 min para avaliar os conhecimentos básicos), The North American Veterinary Licensing Examination (NAVLE, feito apenas duas vezes ao ano, é uma prova no computador dividida em 6 blocos de 60 questões que devem ser respondidas em 65 min por bloco e que cobre todas as espécies animais), The Preliminary surgical Assessment for the CPE (PSA, que foi criado pelo alto índice de reprovação na parte cirúrgica da prova. Basicamente é saber preparar você mesmo e um cadáver para uma cirurgia, abrir e fechar o cadáver) e The Clínical Proficiency Examination (CPE que dura vários dias e é dividido em 7 sessões de de 45 min a 4 horas e vai avaliar as habilidades e conhecimentos práticos do candidato em anestesia, prática equina, práticas com animais de produção, necrópsia, posicionamento radiológico, clínica e cirurgia de pequenos animais). Se você tiver se formado em uma instituição acreditada, "só" precisa passar pelo NAVLE em duas tentativas (!!), se não, tem que fazer o PSA/CPE também. Se sua instituição não for acreditada (que é o meu caso), tem que passar por todas as etapas.

Agora vamos falar da parte interessante, as taxas! 

Taxa de inscrição: $500,00 (válida por 2 anos)

Taxa anual: $250,00 (para cada ano após os 2 anos iniciais)

BCSE: $ 450,00

NAVLE: $1.000,00

PSA: $1.000,00

CPE: $7.500,00

Nova tentativa de CPE: $1.800,00

Acrescenta-se um pequeno valor a cada um deles dependendo da província e da etapa da prova feita (variando de $12,50 a $1.125,00)

Depois de completar todas essas etapas com sucesso, você recebe o CQ (Certificate of Qualification), que permite dar entrada a licença para poder trabalhar como veterinário na província que escolheu morar! Caso você seja especialista em alguma área, terá que fazer a prova dessa área para poder se dizer especialista no Canadá também. 

Após olhar todas essas etapas, os valores das provas e as dificuldades das provas (recomendam fazer o último ano da graduação novamente lá para conseguir ir bem), eu decidi que não quero tentar. É uma prova que custa muito tempo e muito dinheiro e eu não vou ter tanto retorno assim (não tem tanta vaga pra médico veterinário assim, ainda mais pra minha área). Além disso, sou especialista em Patologia Clínica, ou seja, só tive experiência de trabalho em laboratório. Teria que rever tudo de tudo para a prova e não acho que vale a pena. Prefiro gastar o mesmo dinheiro que eu gastaria pra fazer essa prova pra fazer um College de 2 anos que vai me preparar especificamente pro mercado de trabalho canadense.

Como opção, me foi dito que eu poderia trabalhar como Técnica em Veterinária (Veterinary Technician). Existe uma prova (teórica, feita 3 vezes ao ano) que pode ser feita para ser licenciado, mas não é obrigatória para exercer essa profissão. Então, pode ser uma possibilidade para mim. Além disso, pelas vagas de emprego que eu tenho observado, existem outras áreas técnicas que eu poderia trabalhar pela experiência que eu tenho e que não precisam de licença :)

Engenheiro formado no exterior no Canadá

Cada província possui um órgão regulador dessa profissão no Canadá, o de Ontário é o PEO. Mas você pode trabalhar como engenheiro sem ainda ter a sua licença, se você for supervisionado por um engenheiro licenciado (P. Eng - Professional Engineer). Além disso, é possível trabalhar com áreas correlacionadas (por exemplo, desenvolvendo projetos), sem ter o P.Eng. Esse site tem informações muito úteis com relação a ser um engenheiro no Canadá. 

Quando você se formou fora do Canadá, para ter o P. Eng de Ontario, tem que seguir esses passos para eles avaliarem seu diploma/curso e ver se será necessário fazer uma prova técnica, caso eles achem que o seu curso não deu conhecimentos suficientes. Esta etapa pode ser feitA sem ter chegado ao Canadá ainda.

Depois que chegar ao Canadá, e ter completado todos os requisitos necessários (ter a experiência de trabalho que eles pedem, que é de 48 meses de trabalho, sendo 12 meses no Canadá, ter feito a avaliação do diploma por eles, ter um bom caráter, mais de 18 anos e, se necessário, ter passado na prova técnica) existe ainda uma prova a ser feita para se tornar engenheiro licenciado no Canadá. Esta prova dura 3h e é feita 3 vezes por ano. O conteúdo é leis, ética, prática profissional e responsabilidade profissional.

A Universidade de Toronto possui um curso que prepara os engenheiros formados no exterior para as provas necessárias pra tirar a licença em Ontário.

Também existem profissões técnicas (engineer technician, ou mais específicas, como mechanical engineer technician) que podem ser exercidas por quem se formou como engenheiro fora do Canadá, já que não precisam obrigatoriamente de licença para trabalhar. Porém, caso você obtenha a licença (para poder ser chamado de Certified Technician ou Certified Engineer Technician), vai ser um plus na hora de achar emprego (algumas empresas só contratam quem tem licença). Cada província tem seu órgão regulador, o de Ontário é o  OACETT. A prova para tirar a licença é de múltipla escolha sobre ética, leis e prática e tem material de estudo no site deles.

Ou seja, cada profissão regulamentada tem uma forma beem diferente de fornecer a licença de trabalho para o profissional, então, é bom pesquisar muitoooooo para saber o que fazer em cada caso.

Até mais,

Mari =D

Edição em 25/08/17: Estou dando uma olhada mais a fundo agora que está tudo certo pra irmos e encontrei esse programa que ajuda veterinários formados no exterior a fazer as provas. Pode ser uma boa pra quem quiser encarar!! :) além disso, descobri que existem vários Bridging Programs que ajudam engenheiros a se qualificarem também, não só o da Universidade de Toronto :)