segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

Existe Natal Canadense?

Fiz uma pequena pesquisa de mercado com alguns colegas de trabalho sobre como é o Natal canadense deles, já pensando em incorporar alguma coisa no nosso Natal. Para minha surpresa, todas as pessoas que eu perguntei (duas) me deram respostas que eu não esperava.

As duas são canadenses, mas de segunda ou terceira geração. Então, basicamente, a resposta que elas me deram era que o Natal era de acordo com a origem da família. Por exemplo, uma tem família filipina, então, o Natal era comemorado com um grande presunto temperado com mel e outros temperos, e cada um da família trazia um prato e ficava por isso mesmo. Nos dias seguintes eles fazem vários pratos variados pra comer os restos desse presunto enorme (o famoso prato francês: resté dontè, ou o chinês qui sobro di onti).

A outra tem avó italiana, então, o Natal é basicamente um rosbife com massa caseira (e eu que tenho família italiana também tinha rosbife no Natal, mas nunca tive massa. Que ideia mais genial!!). Quando eu perguntei se eles assitem filmes de natal (o que aparentemente também é tradição aqui), ela me disse que sim, que eles sempre deixam um ligado no fundo xD

Minha conclusão, baseada nessa pequena pesquisa totalmente tendenciosa, é que talvez até exista um Natal tradicional canadense, mas que deve acontecer mais no interior, onde só tem canadense raiz. Porém, devido a grande imigração, isso se perde ou fica misturado com o que cada um comemora na sua própria família, dependendo da sua própria tradição. Então, talvez pode-se dizer que o Natal típico canadense é comemorar baseado nas tradições particulares da sua família (?). Apesar de querer incorporar algumas tradições locais (como fizemos no Thanksgiving com peru, cranberry sauce, batatas, stuffing e torta de maçã), acho que ficaremos com o Natal mais abrasileirado por enquanto (mas sem faltar o ugly sweater)! No fim das contas, o que conta mesmo é se reunir com as pessoas queridas na sua vida e passar um momento agradável, não importa o cardápio.

Nosso café da manhã/brunch no dia do Natal xD


Aproveitando a folga (do Armando) pra sermos os donos da pista!!

Feliz Natal a todos!!

Mari! =D


quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

Documentos pra cidadania enviados!

 Na semana passada, coloquei a meta que queria enviar os documentos pra cidadania até domingo. Então, e o Armando começamos a juntar o que precisávamos pra isso!

O site do governo canadense tem várias páginas que explicam como faz. São tantas que eu fiquei até meio confusa, porque um dia eu entrava em uma, no outro entrava em outra e agora estou tentando achar o que eu entrei primeiro pra postar aqui e não acho mais <õ> maasss todas contém mais ou menos as mesmas informações (então por que tantas páginas, governo? Facilita nossa vida aí!). Por exemplo, hoje achei essa página, que achei beem didática e explica direitinho (mas tem essa outra, que basicamente diz a mesma coisa, mas não é tão bonitinha). Na semana passada, usei essa pra baixar os documentos e informações que precisávamos. No fim, não importa muito por onde se chega na informação, desde que seja a oficial!

Seguindo as informações encontradas, imprimi o Checklist e fui preenchendo e tirando cópia dos documentos necessários, que foram: o formulário da aplicação (demorado de preencher, mas sem muito mistério), duas fotos, cópia dos passaportes, cópia da identidade, cópia do resultado do teste de inglês (usei o mesmo que apliquei pra Residência Permanente, já que não faz diferença do tempo que fez a prova), comprovante do pagamento das taxas e o Checklist em si.

Eu e o Armando aplicamos juntos, então, mandamos tudo no mesmo envelope (sim, atualmente não existe aplicação online, quem sabe no futuro abram essa opção) pra Sydney em Nova Scotia no domingo dia 13. Nossa parte está feita, agora é aguardar atualizações do governo e o agendamento da prova.

Na semana passada aproveitei e já pedi o livro que eles recomendam estudar pra prova. Ele é de graça e já chegou ontem aqui em casa! Depois de cerca de 3 meses da prova (segundo esse site aqui), teremos a cerimônia de juramento e tals. Considerando que o processo demora 1 ano, acredito que devemos fazer a prova lá pra setembro. Então, é sentar e esperar mesmo.

Todos os agendamentos são feitos pelo próprio governo... pelo que eu entendi do que diz nos sites, basicamente eles vão enviar uma data dali uma a duas semanas pra você comparecer e fazer a prova e, depois de um tempo, mesmo esquema pro juramento. Não tem muita opção pra gente escolher. Vamos ver como vai ser!

Até mais,

Mari! xD

quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

The Porch e Colonel Samuel Smith Ice Trails

Um pouco antes de entrarmos em lockdown de novo, tivemos a oportunidade de conhecer o The Porch. A propaganda que me pegou chama o lugar de "Sky Skate". Fiquei curiosa, chamamos os amigos, marcamos um horário, pagamos a taxa (33 dólares o casal) e fomos.

O lugar fica no centro da cidade, meio difícil de estacionar (problemas de carro em cidade grande -.-') e, quando vi os prédios enooormeees (por que fazem prédios assim?), minhas pernas já ficaram moles pensando que teria que subir até a cobertura deles pra patinar <õ> começamos a andar pela rua (eu pensando na maneira mais educada desistir haha) e encontramos o prédio que fica o The Porch mesmo e veio o alívio: só tem 3 andares ^^'

Descobri que o The Porch, na verdade, é um pub, que monta uma pequena pista de patinação na cobertura pro pessoal patinar. O lugar é beem bonitinho. Fomos colocados numa mesa no centro da pista de patinação, com direito a fogueira, que a garçonete disse que dava pra fazer s'mores (assar marshmallow pra comer num sanduiche de bolacha e chocolate).

Colocamos nossos patins e caímos na pista (não literalmente xD). Mas foi um pouco decepcionante, porque a pista não escorregava. Era de parafina, segundo o Armando, e beeem ruim de patinar. A vista é bem bonita, pra compensar. No geral, foi uma patinação fail, mas valeu a experiência pela companhia, comida, vista e por ser o primeiro lugar aberto pra patinar na cidade e a gente estava com muitaaa vontade de ir!!

Nessa pista é obrigatório usar capacete, e eles emprestam caso as pessoas, tipo nóis, não tenham

E eu achando que ia patinar no prédio da frente <õ>

A decoração estava beeem bonitinha!

Tudo pronto pra patinar!

A pista é esse pequeno espaço branco no chão e compreendia em uma voltinha mixuruca. Mas a vista da CN Tower estava incrível!

Infelizmente, O lockdown chegou mais uma vez em Toronto :'( mas, para a felicidade geral da nação, o prefeito deixou liberarem as pistas de patinação da cidade, com limite de capacidade, pra que as pessoas tenham um lugar pra se exercitar ao ar livre no frio, já que basicamente tudo o mais está fechado.

Entrei no site que ele compartilhou pra ver mais informações e, depois de muito fuçar, achei onde eu poderia fazer a reserva. Só que todos os horários do fim de semana estavam em "lista de reserva". Coloquei meu nome na lista e mandei pros meus amigos fazerem o mesmo e, no dia, a gente ia lá ver no que que dava. O papel que imprimi não dizia nada que estávamos na lista de reserva, though. Só dizia que estava reservado...

Saímos meio atrasados de casa no domingo de manhã e eu já estava certa de que chegaríamos e não teria mais vaga. Encontramos nossos amigos no caminho e fomos falar com os responsáveis, que estavam sentados numa mesa com uma folha de papel pra anotar nome, telefone, etc... Só tinha mais dois espaços livres naquela lista! Sorte que o casal contava como um, então, basicamente, preenchemos os últimos lugares. Enquanto colocávamos os patins, vi outras pessoas chegando e sendo mandadas embora, porque já estava lotado (pros padrões COVID). Nem acreditei que conseguimos!!!!! \õ/

Essa pista é do tipo trilha e é muitooo massa. É maior do que a trilha que fomos no Bentway no começo do ano (quando o COVID não era um problema... saudades dessa época </3) e fica num espaço com árvores mesmo. O bom de ter limite de 25 pessoas é que não ficou cheio mesmo, com crianças passando na sua frente e tals, o que foi bom pra ir no nosso ritmo. Ainda assim, sempre tem aquelas pessoas que com certeza nascer com o patins no pé e a gente fica invejando, querendo um dia patinar naquele nível!

Como estou meio devagar com fotos e filmes ultimamente, tive sorte que o João (ou Joal, segundo a reserva dele xD) gravou uma volta completa na pista! =D


Estamos mega animados pra continuar patinando. Vamos ver se conseguimos agendar mais vezes, ainda mais agora que temos patins, já que a maioria dos lugares não aluga. Além disso, o plano é mais ousado ainda agora que temos carro ^^' tem algumas dessas pistas/trilhas em cidades mais pro norte que parecem ser ainda mais legais, e que gostaríamos muito de visitar (vai dizer que não dá vontade depois de ver isso e isso?). Com sorte, o Covid deixa até lá *cruza os dedos*

Até mais,
Mari! xD

PS: ficamos em dúvida se o Zamboni passa na pista do Colonel Samuel Smith e descobrimos que SIM!! <õ>

sábado, 12 de dezembro de 2020

Peripécias com o carro novo <õ>

Depois de quase 3 meses de carro novo, já conseguimos coletar algumas histórias pra contar! No geral, muitas coisas ficaram mais fáceis ou rápidas (uma ida ao mercado não precisa mais ser planejada com tanta antecedência, e não tem mais tanta dificuldade de ir pros lugares), mas confesso que sinto falta de andar de ônibus/metrô/bike por ai. Inclusive, uma amiga bem me disse, "existe um Canadá quando você não tem carro, e um outro totalmente diferente quando se tem carro". Não posso dizer que concordo 100%, mas com certeza muitas coisas mudaram e já aconteceram desde que compramos o carro. 

Primeiro, começamos a fazer Uber Eats de casal. Eu e o Armando saímos um dia no fim de semana e ficamos rodando por cerca de 3h entregando comida e ganhando dinheiro \õ/ fazemos entre 5 e 10 entregas (dependendo do quanto rodamos) e ganhamos uma média de $50.00 CAD por saída. É meio viciante haha como um jogo de video game, você aceita a entrega e tem que completar aquele objetivo. Quando completa, ganha a recompensa (dinheiros \õ/). Outras vantagens são que acabamos conhecendo a cidade e vamos aprendendo a rodar por aí! A vantagem de fazer de casal é que, enquanto um entrega (a pessoa com aplicativo ativo), o outro fica de piloto de fuga, o que facilita pra não ter que estacionar mesmo. Na única vez que tentamos entregar no centro da cidade isso ajudou muito, porque eu pude ficar rodando o quarteirão, já que não tinha vaga pra parar, enquanto o Armando entregava (essa entrega em particular foi bem ruim e decidimos nunca mais entregar no centro, porque é muito caos e não tem espaço pra nada! Nesse dia vimos vários ciclistas entregando também, o que deve ser uma opção beeem mais interessante pra essa região da cidade).

Segundo, já tivemos que fazer duas visitas ao mecânico (da concessionária). A primeira, pra trocar pro pneu de inverno. Fui no começo de novembro, quando já estava tendo as primeiras previsões de neve. Fui logo pra evitar pegar muita muvuca mais pra frente, além de que não queri ser pega desprevinida, já que onde eu trabalho tem mais chance de nevar que em Toronto. A segunda, foi porque não estava saindo água no limpador traseiro. Acabamos vendo a água vazando perto do pneu do passageiro. Nas duas vezes, agendamos online. Cheguei na hora marcada e entrei no prédio com o carro. O mecânico veio, pegou minhas informações e conferiu no sistema. Depois, sem falar muita coisa, me levou pra um atendente dentro do prédio, que foi com quem eu falei mesmo. Na primeira, só disse que queria trocar o pneu. Na segunda, achei estranho, e perguntei pro mecânico se ele não queria que eu mostrasse o que aconteceu. Ele me disse pra falar com o atendente. Falei. E umas 2h depois ele me chamou e disse que o carro estava pronto. Pediu desculpas pela demora, mas eles tiveram que abrir pra poder reconectar um cano que escapou. E fim. Eles entregaram um papel dizendo o que foi feito, peguei minhas chaves e fui embora. Não paguei nada nenhuma das vezes (a primeira por causa das vantagens que ganhamos por ter comprado o carro lá, a segunda porque estava na garantia). Achei bem estranho não precisar pagar e até sai me sentindo meio mal por isso, apesar de que na verdade tudo já meio que "estava pago" pela garantia e tals. Podia pelo menos ter dado umas gorgetas pro mecânico... mas como, se mal vi a cara do rapaz?

Por fim, ganhei minha primeira multa -.-' Estava eu indo pro trabalho tranquila, quando, de repente, do nada, surge um policial atrás de mim, e toca a sirene. Entrei em pânico. Será que estava sendo parada ou será que ele queria espaço pra passar (aqui todos os carros tem que parar quando passa um carro com sirene)? No fim, descobri que estava sendo parada mesmo (primeira vez na vida) e eu nem sabia o porquê! <õ> o policial, muuito lentamente, desce do carro e vem na minha janela e fala que eu não parei na placa de "Stop". Eu fiquei confusa, porque achei que tinha parado. O policial disse que estava tudo gravado me vídeo, que se eu quisesse poderia recorrer, mas que ele iria aplicar a multa -.-' checou meus documentos (documento do carro, seguro e carteira de motorista), voltou pro carro dele, demorou mais um tanto e voltou com minha multa de $110.00 CAD <õ> obviamente cheguei atrasada no trabalho e bastante chateada com a multa. Acabei dando uma olhada em como recorrer, mas achei muito trabalho pra pouca coisa e resolvi pagar logo. Mas, uma coisa ele conseguiu: toda vez agora eu lembro de parar naquela bendita (e única!) placa de "Pare" no meu caminho! Ou seja, é bom SEMPRE seguir as leis de trânsito, porque nunca se sabe quando vai ter um policial a paisana só esperando um pequeno deslize pra ir atrás de você. E, devo dizer que toda semana vejo alguns policiais parando a galera mesmo. Só acho sacanagem eles não verem todas as vezes que eu sigo as regras, por exemplo, como devo ser uma das únicas na rua que anda na velocidade da pista. Via de regra, TODO mundo anda acima (inclusive esses dias um carro ficou me jogando luz alta porque ele queria ir rápido e eu estava na velocidade da pista de 60 km/h. Obviamente que eu achei engraçado e nem esquentei minha cabeça com isso hahah)

Drive safe,
Mari! xD

segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

Comemorando 3 anos de Canadá!

Dia 5 de dezembro fez 3 anos que aterrissamos aqui! Não dá pra acreditar como passou rápido. E, ao mesmo tempo que parece que foi ontem, temos a impressão que já vivemos muito mais do que isso aqui.

Com certeza, quando chegamos, nunca iríamos imaginar que chegaríamos onde chegamos em tão pouco tempo. Comprar uma casa? Comprar um carro? Ter gerbil? Não estavam nos nossos planos há 3 anos atrás nem se tivéssemos ficado no Brasil. Aterrisamos num mundo novo com milhares de novas possibilidades.

Felizmente todas as nossas expectativas de quando chegamos foram superadas e tudo tem sido melhor do que o planejado! Desde meu emprego de madrugada (quem diria que eu sobreviveria por 2 anos? Quem disse que não era possível achar emprego na área? Quem esperava ganhar mais do que o salário mínimo logo que chegou?), até a paz de andar na rua sem preocupação (dá pra voltar andando ou de bike tranquilamente às 5h da manhã ;) minha maior preocupação era os coiotes, guaxinins e gambás no caminho), passando pelos passeios, pelas pessoas, pelo frio (quem liga se está -30 ou quando você mal consegue ver 1 m de distância por causa de neblina ou neve? xD mas sério... é indescritível a sensação de ver a neve caindo em câmera lenta, tudo parece tranquilo e calmo quando está branquinho, e tem váááárias atividades pra aproveitar no frio), pelo calor (dá pra curtir praia aqui também!), pelas preocupações com dinheiro (no fim das contas, só ficamos no negativo mesmo nos primeiros meses, antes do Armando começar a trabalhar), eu não mudaria nada, porque tudo levou a chegarmos onde estamos. E, com certeza, ainda temos muito pela frente, mas levo comigo a certeza de que estamos no melhor lugar que poderíamos estar!

Além disso, oficialmente, a partir de hoje, baseado nas leis atuais, podemos aplicar pra nos tornarmos canadenses! <3 Claro que precisamos desembolsar ai belos $1200 CAD, fazer mais umas provinhas e esperar mais ou menos um ano (pelo menos, é o tempo previsto no momento), mas é só um pequeno esforço pra finalizar um processo que começou lá em 2016! Na prática, a maior diferença é que vamos poder votar aqui. Mas no fundo, é uma sensação de "agora eu sou dessa terra também" ou de "esse lugar me acolheu". E pode deixar que vou contar por aqui a medida que o processo for andando! ;D

Oficialmente também (apesar de que há umas divergências de opinião aqui), pelas leis brasileiras (aqui está a informação no site do consulado), não poderemos continuar com a nacionalidade brasileira se formos adquirir a canadense. Maas ninguém vem caçar você pra perder a nacionalidade, é mais se der algum ruim e eles forem analisar seu histórico e ver que está lá, perde a nacionalidade. Opcionalmente, a pessoa pode se voluntariar pra perder a nacionalidade. O que também é meio asusstador, por pensamentos do tipo "essa é minha origem e eu vou perder ela (?)". Parece que uma parte importante da sua vida vai ser apagada. E tem todas as implicações de que sua família está toda lá, ai sempre que for visitar, vai ter que ter visto de turista. O que é muito louco de se pensar (e eu nem sei como fazer <õ>). A única outra coisa que muda é que não irei mais precisar votar pra presidente do Brasil (o que por um lado é bom, porque ai não vou mais precisar ficar me mantendo informada do que acontece lá, mas por outro é ruim, porque atualmente é meio que a única forma de tentar ajudar de algum jeito a situação. Se bem que minha 'ajuda' não adiantou nada em nenhuma das eleições, então, não sei se vale a pena). Ainda existe um processo de pedir a nacionalidade de volta, mas tem que revogar a nova nacionalidade adquirida.

Divagações a parte, vamos aproveitar pra comemorar de uma forma bem canadense essa conquista (pena que com o COVID não dá pra fazer muita coisa, mas a gente faz o que dá!)! 


Até mais,

Mari! xD

sexta-feira, 4 de dezembro de 2020

Comprando um carro no Canadá!! <õ>

Depois de muito esforço da minha parte para não comprar um carro, finalmente surgiu a necessidade de um. Tentei me esforçar ao máximo pra não precisar, já que, no geral, Toronto é uma cidade bastante acessivel de transporte público (e esse foi um dos motivos de termos vindo pra cá), e eu estava tentando introduzir a bike pra ir pros lugares (o que, além de divertido e super saudável, é muito possível por causa das ciclovias e ruas não tão movimentadas). Porém, meu novo emprego acabou ficando um pouco distante demais (22.5 km por trecho ainda dava pra fazer em uma hora de bike, o que eu achava ótimo já que ainda fazia exercícios, mas o novo trabalho são 38 km aí fica um pouco pesado!), além de ser em outra cidade com transporte público não tão bom (eu demoraria umas 2h de ônibus), então, precisamos realmente comprar um carro.

Minha sorte é que o Armando sempre quis comprar um e estava ligado já em valores, promoções e carros mais recomendados. Muitas das marcas que eram comuns no Brasil, não são aqui. Sem contar que, além de mais marcas, aqui a gente encontra modelos diferentes dos vendidos no Brasil, então, nossa referência era zero. Conversando com pessoas que moram aqui há mais tempo, as marcas que ele considerou melhores (por causa da disponibilidade e preço de conserto) foram, na ordem: Hyundai, Honda, Toyota e Mazda.

Alguns dos critérios que achamos que seriam importantes devido as condições climáticas (lê-se: inverno com neve) pra encontrar no carro foram: 4x4, alto, com aquecimento no volante e nos bancos (faz toda a diferença quando o carro está estacionado fora). Da minha parte, eu queria muito um carro elétrico, ou pelo menos híbrido. Maaasss infelizmente os preços não são muito acessíveis e acabaram ficando bem fora do nosso orçamento =( então, tivemos que optar por um poluidor de gasolina e teremos que compensar plantando muita árvore ao longo da vida ^^'

Considerando que nossa necessidade de carro foi de "nenhuma" para "pra ontem", assim que fui contratada e dei meu aviso prévio de duas semanas no trabalho antigo, Armando já olhou o que tinha a melhor oferta baseado nos nossos critérios e foi assim que acabamos comprando um Tucson da Hyundai. Na época, eles estavam com uma promoção de 0% de juros, que podia dividir o valor do carro em suaves prestações por 8 anos. Era isso mesmo o que estávamos querendo! 

Então, o Armando entrou em contato com o vendedor da concessionária pra marcarmos um encontro pra venda. Como já sabíamos o que queríamos, o vendedor nem perdeu tempo. Só mostrou os modelos (desde a versão básica, até a ultra mega power com bancos de couro e teto solar), e optamos pelo que tinha o valor mais acessível pra gente. Só tinha mais um em estoque, e só poderíamos pegar dali uma semana. Demos os $1000.00 pedidos pra segurar o carro, enquanto eles iam analisar nossos documentos pra saber se seríamos aprovados para o financiamento. Uns 3 dias depois ligaram falando que estava tudo certo! Agora era só fazer o seguro, dar a entrada e terminar de assinar os papéis.

Pegamos o resto do (pouco) dinheiro que conseguimos guardar depois do (feliz) rombo no orçamento feito pela entrada da casa, e demos de entrada no carro, pra conseguirmos que as parcelas diminuíssem um pouco pra caber melhor no bolso. Agora, estamos pagando cerca de  $165,00 CAD a cada duas semanas. A concessionária ainda nos deu os pneus de inverno (que nos custariam mais de $1200 CAD), revisões de graça e garantia de 3 ou 5 anos, dependendo do item (que foi um dos motivos de não querermos um carro usado: não queremos surpresa no orçamento por um bom tempo).

Com os papeis da aprovação, tivemos que encontrar um seguro de carro (que é obrigatório e você só pode tirar o carro da loja depois que manda pra eles o comprovante). Eles analisam vários fatores pra determinar o valor que vamos pagar, como o histórico da carteira de motorista. Escolhemos o do TD, que o Armando tem desconto por causa do trabalho e que é o mesmo que pagamos pro seguro da casa. Além disso, esse foi o que tivemos o contato mais fácil, os outros foram meio enrolados, e estávamos precisando com urgência. Pagamos cerca de $300.00 por mês <õ> sorte que a gasolina aqui é barato, geralmente fica perto de $1.00 por litro, então, acaba que não sai tão caro essa parte!

Por ter todas essas etapas antes de sair com o carro, precisei alugar um outro por uns dias pra ir nos primeiros dias de trabalho, mas na quarta-feira já conseguimos pegar o nosso mesmo! =D

Depois disso, só faltou comprar acessórios/itens de necessidade, como: tapetes, kit de emergência (que tem coberta para aquecer, caso o carro quebre a estrada no frio!!!), líquido pra limpar os vidros no inverno, removedor de gelo dos vidros (pra quando neva e o carro está do lado de fora), paradinha pra guardar os pneus extras quando não estão sendo usados (que bom que temos um storage!!)...

Duas coisas que achei impressionantes aqui: eu pensava que meu carro era grande, mas, ao andar na rua, percebi que ele é pequeno quando comparado aos carros ao redor; e que as vagas dos prédios e na rua em geral são bem grandes, porque não ficamos apertados em nenhum momento (com excessão de quando fomos ao shopping Yorkdale, que tinha umas vagas bem pequenas).

Até mais,
Mari! xD