segunda-feira, 9 de novembro de 2020

E minha hortinha de 2020?

Bom, desde o fim da primavera tenho cuidado das minhas plantinhas. E devo dizer que estão vivas até agora hahaha uhull!! No entanto, foi meio desapontador os resultados até agora.

Depois do alface crescido dos restos, resolvi plantar alface da semente. Então, peguei umas que a gente tinha comprado e plantei. Nasceram 4, mas nenhum cresceu muito mais que isso e foram morrendo ao longo do tempo. Agora só tem um meio capenga. Acho que plantei na época errada e eles pegaram muito sol no verão... não sei. Ano que vem tentarei de novo. 

Que decepção!

Não nasceu mais morango, apesar de que algumas florzinhas apareceram depois da primeira leva de morango. Mas todas elas secaram. Acho que estava muito quente, ou talvez não coloquei adubo suficiente. Pelo menos, a plantinha está viva ainda! Inclusive, fui regar hoje e achei uma flor solitária! Não acho que ela vai virar morango, porque já está meio seca, mas é um progresso!!

Última florzinha do ano! Será?

E meus brócolis, cresceram muito! Mas não nasceu um nadinha de brócolis :( estou com as 4 plantas aqui, só no aguardo de algo acontecer haha

Até tá nascendo mini plantas onde caiu antigos galhos, mas o brócolis vegetal, nem sinal!

Enoormees!

Cade meu brócoliss??? D:

Também decidi plantar uma cenoura do resto bem no fim do verão. Me surpreendi que nasceu algo!!! Só não sei como ver se e quando está bom pra colher! ^^' aliás, com não estava nem esperando ela crescer, até plantei em um vaso que o tamanho nem vai ser tão bom se ela chegar no full potential!

Quem diria!

Ano que vem vou tentar alugar um pedaço de terra com a prefeitura (se não for muito caro) e ver se faço minha horta na terra mesmo pra ver de qual é =D

Inclusive, o site da prefeitura tem uma sessão sobre crescer plantas na varanda com muitos links interessantes de empresas que aparenttemente podem ajudar nisso. Quem sabe não dou uma olhada no futuro :D

Também achei o site Fruit Picker interessante sobre colher frutas! Aparentemente você paga 10 dólares por season, pra poder colher o que tiver produzido de lugares específicos. Pena que a season de 2020 já acabou. Vai ficar pra projeto de 2021! 

Até mais,

Mari! xD

terça-feira, 3 de novembro de 2020

Histórias inspiradoras de imigração

Toda história de imigração é incrível. E nenhuma é fácil. Requer muito planejamento, paciência, perseverança, criatividade, coragem, otimismo... enfim, uma variedade de habilidades que você não aprende na escola. E muitas você vai desenvolvendo durante o processo no meio do caos e dos perrengues e das frustrações ao longo do caminho. Quando você passa por algumas situações, você entende que imigração não é pra qualquer um, mesmo querendo que todos os seus amigos e familiares venham também. Entende porque muita gente volta, mesmo aqui sendo um dos melhores países do mundo. Entende porque muitos casais se separam quando chegam aqui, já que, além das situações cotidianas de casal, ainda tem a carga das mudanças ao redor sem o suporte e o conforto que antes existia. 

Alguns processos são mais diretos, outros demoram mais, mesmo que os dois sejam extremamente similares. E alguns são extremamentes impressionantes e inspiradores, tanto pela forma como foram planejados ou o tamanho da coragem que foi necessária pra colocar em prática. Eu tive a sorte de conhecer duas histórias que, quando eu ouvi, fiquei de boca aberta como aconteceram. E resolvi pedir para as pessoas pra poder contar aqui, pra mostrar que é possível sim, não importa o quão difícil pareça!

A primeira história a gente teve a sorte de acompanhar desde o começo. O casal chegou um pouco antes da gente pra fazer um college de um ano com co-op, que seria uma especialização pra Monica. Enquanto isso, Elvira iria trabalhar pra sustentar a casa. O detalhe: tinham o dinheiro contado. Pagaram o primeiro semestre do College do Brasil, e tinham o dinheiro pra comprovar que conseguiriam sobreviver um ano, mais o resto do ano do College (que é o que a imigração pede, mas que não é de fato suficiente pra sobreviver aqui). Elas deixaram um dinheiro no Brasil para uma emergência e, caso não precisassem dele, usariam pra aplicar pra residência permanente. Então, no fim das contas, ainda precisariam juntar o dinheiro pra um semestre de College.

Assim que chegaram, começaram a procurar emprego. Elvira começou a trabalhar numa fábrica de fazer nuggets, e depois de um mês, achou uma vaga temporária numa empresa de seguros, mas que pagava menos. Ela acabou conseguindo um emprego permanente depois nessa empresa, mas, ainda assim, precisava trabalhar durante a semana nessa empresa de seguros e no fim de semana em fábricas, que geralmente pagam mais, pra conseguir fechar a conta. Quando Monica chegou na fase do co-op (tipo um estágio) do curso, precisaram comprar um carro. Então, Elvira precisou trabalhar por um tempo na empresa de seguros e numa sorveteria durante a semana e, nos fins de semana, em fábricas. Até que ela conseguiu subir na empresa de seguros, pra uma vaga parecida com o que ela fazia no Brasil.

Depois que começou o curso, Monica descobriu que conseguir o co-op não era tão simples quanto parecia. Teria que ficar entre os 5 melhores da classe pra conseguir. Então, elas decidiram que ela iria focar só nos estudos pra conseguir uma das vagas (ela ainda tentou trabalhar por um tempo nos fins de semana numa padaria, mas ficou puxado manter o ritmo de estudos e trabalho). Com muito esforço e dedicação, conseguiu o co-op! Passou o tempo do co-op trabalhando por aqui e, depois disso, conseguiu um emprego numa empresa e aplicaram pro visto de trabalho pós college de 3 anos. Depois de 3 meses de aplicado, receberam a resposta positiva. 

Com o visto aprovado, foi o momento de buscar a residência permanente, se não, teriam que voltar no fim do visto de trabalho. Elas queriam aplicar o mais rápido possível, pois a nota estava subindo (momentos de tensão). Mas primeiro, precisavam ter um ano de trabalho completo pra conseguir entrar nos critérios e ter uma boa pontuação. Com o ano de trabalho completo, chegou o grande desafio: IELTS. Ansiedade e preocupação vão e vem. Contrataram professor particular pra ajudar a estudar (sim, mesmo com anos de Canadá e estudado em College, IELTS não é brinquedo não). As duas fizeram a prova e conseguiram a nota que precisavam. Mandaram os documentos só da Monica e... conseguiram ser chamadas!! \õ/ receberam o convite pra aplicar pro PR em 8 de janeiro e 5 de junho a aprovação saiu! Próximo passo, começaram a ver uma casa pra comprar! Quando que você iria imaginar que, depois de 3 anos no Canadá, chegando pra fazer College com dinheiro contado, alguém poderia ter conseguido comprar uma casa? Pois é. Acontece :)

A segunda história impressiona pelo planejamento. Julia queria mudar pros EUA, mas Ethan Hunt (referência do Missão Impossível) não queria sair do Brasil. Ethan só começou a querer vir pro Canadá começou depois de uma viagem pros EUA pra conhecer o terreno. O problema: Ethan não tinha um nível de inglês suficiente. Começou a estudar inglês para conseguir nota pra entrar num College. Muita gente teria desistido aqui. Eles decidiram fazer a própria prova de inglês do College pra conseguir ser aprovados.

College encontrado, faltava a comprovação de renda. Pro College é necessário uma quantia grande de dinheiro, que eles teriam quando saíssem do emprego, mas não tinham no momento da aplicação de visto. Então, Ethan teve a ideia de pegar um empréstimo com o valor que eles receberiam quando pedissem demissão pra poderem ter a comprovação. Seria só um "adianto" de um dinheiro que eles já tinham. Julia ficou em desespero, quando viu o empréstimo que teriam que pagar caso não desse certo.

Durante o processo de aplicação de visto, contrataram uma empresa pra ajudar e a pessoa disse que eles não seriam aprovados. Pensa que desistiram? "Julia, acha outra empresa que essa não vai funcionar não". Acharam outra empresa e aplicaram. Deu certo! Depois que chegaram, Julia logo achou emprego com o que tinha experiência e começou a trabalhar. Primeiro em uma empresa que estava meio enrolada pra pagar os salários, mas depois em uma melhor, que os ajudou pra aplicar pro processo de imigração e agora eles estão esperando o PR chegar! Eu fiquei chocada com as sacadas que eles tiveram durante o processo e perseverança de não desistir no 'não' da primeira empresa que contrataram!

Quer dizer que eu quero que você pegue um empréstimo e venha? Não. Que large tudo e venha sem dinheiro algum? Não. Que venha ilegal e veja no que dá? Definitivamente NÃO!!! Maaass o que dá pra tirar dessas histórias é que sim, é possível. Não importa se você está meio apertado de grana ou se recebeu um (ou vários) não's. Tem que pensar fora da caixa e achar o caminho que se encaixa no seu perfil, histórico e habilidades.

Durante todo o processo, planejamento é importante. Assim como criatividade pra pensar em saídas pros problemas que aparecem e estar preparado pra mudar o planejamento se necessário. Determinação e perseverança pra pesquisar e entender os processos de imigraçã, o que encaixa no seu perfil e qual caminho seguir. Coragem pra, mesmo quando a situação não for ideal, enfrentar mesmo assim. Otimismo, pra não desistir no primeiro 'não'. Paciência pra esperar o processamento dos vistos. E, talvez o principal, muita, mas muita vontade de fazer dar certo!

E aí, sua história de imigração também é incrível? Conheceu alguém com uma história assim também? Conta aí nos comentários pra inspirar mais gente também! :)

Até mais,

Mari!

PS: Os nomes foram editados para preservar a identidade das pessoas xD